Prólogo

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Boa leitura!.

Minha perna treme à medida que bato o pé no chão, inspirei e expirei diversas vezes na tentativa de me acalmar, mas falhei em todas elas

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Minha perna treme à medida que bato o pé no chão, inspirei e expirei diversas vezes na tentativa de me acalmar, mas falhei em todas elas. Estou muito nervosa, tudo aconteceu tão rápido, um dia eu estava em Manhattan e no outro em um avião para Londres. Um pequeno resumo do que está acontecendo, meu chefe do hospital de Manhattan me indicou para uma vaga de emprego no hospital UBL, um dos mais famosos de Londres e um dos meus sonhos é trabalhar nele e agora aqui estou, sentada na sala de espera aguardando meu nome ser chamado para fazer a entrevista. Tudo isso graças ao meu chefe, preciso agradecê-lo assim que voltar para Manhattan. A porta da sala é aberta e duas mulheres saem e com um aperto de mão se despedem. A mulher olhou para a prancheta em suas mãos me deixando aflita, minha respiração está irregular e, por que eu não consigo parar de tremer a perna?

— Heloísa Evans Cooper — meu nome é chamado devagar, olhei para a porta à minha direita, a mulher passeia seus olhos pela pequena sala à minha procura. Me levantei e seus olhos foram direcionados a mim, seus lábios formaram um pequeno sorriso. — Me acompanhe. — adentramos a sala muito bem iluminada com uma grande vidraça dando vista à linda cidade. Uma enorme estante recheada de livros abrange a parede atrás de sua mesa. Sentei na cadeira à sua frente, ela pegou uma pasta e tirou alguns papéis de dentro lendo-os, logo em seguida ligando um gravador de voz, sobre a mesa apoiando os antebraços e entrelaçando as mãos ela disse:

— Me fale sobre a sua carreira de pediatra até chegar aqui sta. Evans. — seu sorriso simpático me tranquiliza amenizando um pouco meu nervosismo.

— Fiz meu internato e residência no hospital particular de Manhattan, após o fim da faculdade continuei lá, fiz também alguns trabalhos voluntários em outros países, como, África do Sul, Tailândia e Índia.

— O que levou você a ser médica? E por quê?

— Quando eu era pequena eu dizia querer ser médica. Era criança e não sabia de muita coisa, mas foi na minha adolescência que tive essa certeza. Só apareceu depois que vi uma notícia no jornal sobre crianças precisando de ajuda médica. Eu via aqueles médicos voluntários ajudando e então pensei: "quero ajudar essas crianças e salvar quantas vidas eu conseguir". — sinto as lembranças daquele dia tomarem posse de minha mente. É como se o que acabei de dizer tivesse acontecido alguns minutos atrás e isso me traz bons sentimentos.

— Qual a sua maior motivação para enfrentar as lutas de uma médica mulher? — perguntou. Pensei um pouco, minha maior motivação?

— Crianças. Sou apaixonada por elas e sempre que me encontro em uma situação difícil penso nelas. Salvar a vida delas é o que me deixa extremamente feliz. Ver o sorriso de alívio dos pais ao saberem que está tudo bem com os seus filhos me deixa alegre e motivada a continuar meu serviço de cabeça erguida. — ela assentiu.

— Como você se sente quando deixa um paciente morrer?

— Triste, chateada, frustrada, mas faço o que for preciso para que isso não aconteça. — ela assentiu.

— Você trocaria sua profissão? Se sim, qual seria?

— Eu jamais mudaria minha profissão, amo o que faço por mais que seja um trabalho cansativo e exaustivo. Eu nunca o trocaria. — respondi sem nem pensar duas vezes. Salvar vidas é o que eu amo fazer e não me vejo exercendo outra coisa que não seja essa.

— Consigo ver o quanto você é apaixonada pela medicina, seus olhos brilham sempre que fala sobre mesma. — seu sorriso gentil me confortou.

— Obrigada. — acredito que isso foi um elogio, certo?

— A última pergunta: por que você quer trabalhar em nosso hospital? — Precisei pensar um pouco antes de responder, não quero que ela me interprete de uma maneira errada ou pense que estou querendo o emprego apenas pelo salário.

— Porque vejo uma grande oportunidade para me ajudar a crescer em minha carreira além da realização de um sonho. Desde que ouvi falar sobre o hospital fiquei encantada com os voluntários, os alunos de medicina sendo ensinados me deixou deslumbrada. — ela assentiu.

— Senhorita Evans sua entrevista fica por aqui agora passarei suas informações, a prova e a gravação da nossa entrevista para meus superiores eles irão analisar cada candidato isso pode levar alguns meses, pois são cerca de 150 candidatos assim que o candidato for escolhido mandaremos uma carta para a sua residência — assenti — Foi um prazer conhecê-la senhorita Evans. — ela esticou a mão para que eu a apertasse e assim fiz.

— O prazer foi meu, senhorita... — esperei ela responder e me dizer seu nome

— Davis, Emily Davis.

— O prazer foi meu Emily Davis. — me despedi e saí da sala aliviada por não ter acontecido nada de errado durante a entrevista, até que fui bem agora é só esperar a resposta. Ao sair do hospital liguei meu celular para ver as mensagens desliguei ele assim que coloquei os pés aqui dentro conheço minha família e sei que se tivesse deixado ligado meus pais teriam me ligado no meio da entrevista como eu disse 50 ligações da minha mãe, 70 mensagens e 65 ligações da Carolina elas estão realmente ansiosas para saber sobre a minha entrevista desliguei o celular e comecei a andar pelas belas ruas de Londres vou embora amanhã então acredito que posso aproveitar um pouquinho para dar um passeio por aqui vi um táxi vago entrei e pedi que ele me levasse para algum lugar turístico o motorista sorriu e deu partida.

— Uau — murmurei encantada com a beleza do museu, o taxista me trouxe para o Museu britânico e eu estou apaixonada por esse lugar é tudo tão grande, espaçoso e perfeito não tenho palavras para descrever esse lugar. Olhando para essas peças antigas me fez lembrar do filme Uma noite no museu sorri boba lembrando das cenas do filme continuei andando e observando tudo adquirindo um pouco mais de conhecimento.

Demorei mais do que deveria para ir embora daquele lugar encantador o guarda precisou me chamar para eu sair sorri lembrando dele me chamando e eu distraída tão longe da realidade só o ouvi me chamar quando ele gritou o lado bom é que pude aproveitar um pouquinho da minha estadia aqui em Londres ainda deu tempo de passar em uma lojinha para comprar alguns presentes para minha família e amigos. Me levantei da cama indo até à varanda do quarto abri as portas e me sentei na cadeira observando a bela vista que meu quarto me proporciona observo as luzes acesas dando um pouco de vida a cidade um lugar lindo me sinto tão relaxada e confiante eu não estava assim mais cedo antes da entrevista, mas depois durante a conversa Emily me tranquilizou e me deixou um pouco mais confiante e com esperança de que posso conseguir a vaga de pediatra nesse hospital o toque do meu celular me despertou dos meus pensamentos atendi a vídeo chamada e a imagem dos meus pais preenche a tela sorri e acenei com a mão.

— Oi! Frutinha. — minha mãe falou animada com um lindo sorriso no rosto.

— E então como foi a entrevista? — perguntou meu pai curioso.

— Foi até que tranquila no começo eu estava bem nervosa, mas a Emily foi muito gentil e simpática me deixando um pouco mais calma.

— E você já deu um passeio? É bonita a cidade? — sorri e troquei a câmera para a traseira mostrando a vista do meu quarto — Uau! Que lindo. — voltei a câmera para mim e concordei com eles.

— Acabei de chegar do Museu britânico o senhor iria gostar pai. — ele assentiu.

— Esta trazendo presentes para nós? — minha mãe perguntou assenti rindo conversei um pouco mais com eles e depois desliguei por mensagens conversei com Felipe e Carolina contei-lhes como foi as coisas por aqui sobre a entrevista, o museu e a vergonha que passei com o guarda depois fui me deitar fechei a porta da varanda e desliguei as luzes deixando apenas a luz natural da lua iluminando o quarto me deitei na cama e relaxei deixando todos os meus pensamentos guardados estou cansada e acordarei cedo amanha preciso de uma boa noite de sono.

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