[11] la première fois pour l'éternité

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            HONGJOONG

   Onde quer que meus olhos se fixassem, onde quer que minhas mãos tocassem... eu sabia que meus dias cômodos e repletos de tarefas ligadas unicamente ao reino haviam sido substituídos por uma sequência inconstante de trevas, feito um labirinto com pontos de luz quase inexistentes e a grande questão a aquela altura, mesmo que eu fosse jovem, era por quanto tempo minha mente aguentaria sem sucumbir aos demônios que pareciam ter grande anseio por minha alma.

      Haviam três dias desde que Yeosang sumiu, assim como Hwanwoong e mesmo que Seonghwa estivesse sempre ao meu lado e tentasse me conformar a possibilidade de que meu primo ainda estivesse vivo, havia a parte minha que moveria céus e o inferno para encontrá-lo mesmo que isso incluísse colocar toda a guarda de Hardian nas buscas pelo conde mas durante todos os três dias, não conseguiram nada além de poeira e um dar de ombros cruel vindo da única esperança que tínhamos no peito fazendo com que eu sempre tivesse a mesma reação que se resumia em se isolar na sacada do quarto, como se esperasse ver os cabelos loiros inconfundíveis surgirem nos portões do castelo. Já não via Jongho muito antes e nem mesmo sua mãe que acabara por passar os cuidados para Seonghwa com o consentimento de meus pais... e isso, fazia com que ele tivesse de estar ao meu lado a cada vez que acordo ou quando vou dormir porém, ao ouvir o ronronar macio reverberar pelo quarto até chegar em meus ouvidos e fizesse ecoar a maneira em que meu nome se encaixava bem em seus lábios, parte minha sentia... era preocupação presente no moreno.
 

   ——— Posso entrar, príncipe? —— ele questionou e eu pude ouvir o arrastar de seus pés sobre a madeira após um sacudir de cabeça, e quase junto do vento... quando me dei conta, já tinha seus dedos em meus ombros e seus lábios sendo pressionados em um beijo delicado sobre o topo da minha cabeça. —— escuta, vamos encontrar o duque. Eu prometo.

   ——— Quando éramos pequenos e meu tio Jaebeom nos levava para o bosque, esperando que pudéssemos ver um dia de caça e pegar gosto pela coisa, eu me lembro... —— comecei a ditar calmamente, suspirando em meio uma pausa no momento em que me permitir ser abraçado por Seonghwa, não havíamos conversado sobre o beijo mas na verdade, não parecia preciso. —— eu me lembro que Yeosang sempre me deixava ficar com os elogios que pertenciam a ele já que eu sempre fui péssimo com as flechas mas... meu primo tem cuidado de mim desde que eu me lembro e agora deveria ser a minha vez de proteger ele.

   Senti seus dedos percorrerem sobre meus ombros até me puxarem para perto de si quando se envolveram em minha cintura, fazendo com que ritmado a ele... meus braços se segurassem sobre tua nuca e meu rosto se escondesse contra a pele da curva do teu pescoço de modo tão perto, tão rente e tão certo que parecia mesmo que éramos o encaixe perfeito. Respirei fundo e mordi os lábios com certa força como se aquilo pudesse realmente conter as lágrimas que lutavam para não escorreram por meu rosto mas quando senti sua destra tocar-me o queixo para que nossos olhos se encontrarem, foi como ser transportado para a parte bonita de meus sonhos novamente... a parte em que estou nos braços dele e não existe dor, medo ou trauma capaz de me estabilizar. Seonghwa uniu sua testa a minha e baixou a voz a um sussurro trêmulo com sua respiração descompassada se mesclando a minha, assim como o calor que tomou conta de minha pele parecia se espalhar por cada poro até o encontro de seus dedos.

——— Nada vai acontecer a você... ou a ele... enquanto eu estiver aqui, príncipe. —— meus olhos se fecharam apenas para que eu pudesse estar totalmente imerso em suas palavras naquele instante pois era o único ponto de conforto que me aparecia em dias.

——— Me promete que vai encontrá-lo? —— Seonghwa deixou um selar breve em meus lábios, mas ainda assim tão delicado que fora possível agitar as borboletas adormecidas em meu estômago. Ele assentiu em seguida e permitiu que o silêncio se espalhasse pelo quarto enquanto eu o observava atentamente, cada detalhe, cada marca em seu rosto, cada mínima imperfeição que parecia uma obra dos deuses sob a luz das velas que iluminavam o cômodo... e por um minuto, meu único desejo foi desfazer-me daquela realidade temível por ao menos uma noite... eu queria meus sonhos novamente, queria a paz que eu encontrava naquele lugar antes da morte, queria a liberdade de uma vida sem problemas e queria sentir como se Yeosang estivesse bem, queria novamente confiar nas palavras e na positividade que Seonghwa sempre tentava transparecer e por isso, sem hesitar, sem ter medo, sem pensar no depois... eu ergui meus pés e deixei meus dedos se segurassem sobre as mechas macias e escuras do mais velho enquanto nossos lábios se encontraram outra vez naquele beijo que embora gentil, nos levasse lentamente até uma intensidade que parecia nos caber tão bem.
      
 
         Não havia pressa, não havia medo, era apenas nós... suas mãos deslizaram por meu corpo e me ergueram em seus braços com facilidade, sentia seus lábios grossos e macios tomarem o controle dos meus enquanto minha destra se arrastava pela pele morena do teu pescoço até adentrar a gola da camisa e mesmo que ele tivesse quebrado o toque de nossos lábios para me olhar como se, de forma silenciosa buscasse a minha certeza escondida em meio as pupilas, não custou muito para que ele sorrisse para mim minimamente enquanto lentamente, deixava meu corpo se confortar sobre minha cama. Seonghwa entrelaçou seus dedos aos meus e seus lábios se desviaram até o meu pescoço, formando aquela trilha até o fim dos meus ombros enquanto a manga mais larga de minhas vestes, se arrastava junto a sua boca até me encontrar exposto diante seus olhos enquanto desfrutava de cada segundo por ele proporcionado.

     De fato, eu não estava pensando em muitas coisas e talvez, a clareza havia me abandonado nas últimas semanas... mas também, não poderia mentir... Seonghwa havia me amado naquela noite... com toques que perduram em meio a madrugada densa e aquela, devia ser a primeira vez em que realmente pensei que tudo podia ser possível.

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volteeei, bom... eu realmente não sei quantas pessoas lêem isso ainda e na verdade não me importa se for uma, duas ou meia dúzia mas sinceramente eu quero agradecer por você ainda estar aqui, por ter esperado, por ter paciência e por gostar da história e eu prometo mesmo não decepcionar vocês.

sobre o capítulo, acho que ler com Mist da aquele gostinho de AAAAAAAAA sabe? eu escrevi usando ela e sinceramente amei a sensação, não esquece de dizer o que acharam <3

  te vejo 14/11.

ETERNITY || SeongjoongOnde histórias criam vida. Descubra agora