eu sou mar,
confusa,
não sei nadar.
minha transparência nunca me deixou a ninguém enganar.
só entre se estiver disposto a se aventurar
na beleza de observar as ondas
e observar o luar
e na braveza de enfrentar a tempestade repentina
que quase me faz afogar.
meus medos não me fazem menos intrépida
e não preciso de ninguém para levar meu barquinho.
sozinha eu naufrago, me espatifo
e recomeço da praia, pronta para outra
sigo meu caminho torto,
à solidão já me habituei
se é difícil para mim,
imagine para você.
depois não me diga que eu não te avisei.
[não culpe a imprevisibilidade do vento,
a previsão não pode prevenir a tempestade
Taíssa Bragança
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Finais infelizes - Histórias que ainda não são de superação
PoesíaAqui você vai encontrar metáforas sobre finais incompletos e ciclos de uma ansiosa egoísta mas muito profunda e apaixonada escritora. Espero que goste do que vai encontrar aqui. E que se identifique. Não estamos sozinhos no mundo, temos a nós mesmos...