06/Julho/2005 07:35 AM
Existem ovos mexidos meio queimados e salgados no balcão da cozinha no dia seguinte, junto com uma nota vaga de agradecimento, assinada com o nome de Shuji e um coração idiota, assim como a blusa de moletom preta que ele usava antes que Takemichi o trouxesse para sua casa.
Takemichi a vestiu com um sorriso.
É gigante, literalmente alcança suas panturrilhas, cheira a cigarros, mas também está impregnado com um cheiro estranhamente doce de açúcar queimado e abacaxis. Você pensaria que alguém tão grande e intimidador quanto Hanma teria um cheiro correspondente, mesmo que fosse ômega, no entanto, ele cheirava doce e reconfortante. Takemichi inspirou o forte odor sentindo-se satisfeito com a peça de roupa.
Definitivamente iria parar em seu semi ninho.
Após o jantar da noite passada e sua ousada declaração, eles foram para cama, Takemichi se recusando a deixar Shuji ir embora sem ter certeza que o outro garoto estava totalmente recuperado. Dormir era a intenção, até Shuji comentar sobre como ele 'não esperava que sua primeira festa do pijama fosse mais uma coação do que qualquer outra coisa', fazendo Takemichi levar isso como um desafio pessoal.
Shuji tinha dezessete anos, ele aprendeu mais tarde, mas nunca teve uma festa do pijama com seus amigos, principalmente porque ele não tinha amigos. Takemichi estava quase insultado, ele só esteve em uma festa do pijama, mas ainda era algo, então ele desenrolou um par de futons extras, porque Shuji era alto e metade de suas pernas ficou para fora de um único futon, e os colocou no chão de seu quarto.
Ele se lembra de cair no sono apenas depois das cinco da manhã.
Era honestamente um milagre que ele tivesse conseguido acordar tão cedo. Mas era ainda mais surpreendente que Shuji tivesse acordado ainda mais cedo do que ele, o suficiente para fazer seu café da manhã e ir embora furtivamente, deixando para trás apenas um moletom e uma nota. Nem sequer seu telefone ele deixou. Ele parecia quase como um caso de uma noite escapando sorrateiramente da casa de seu amante ou algo assim.
O pensamento fez Takemichi corar.
De qualquer forma, ele provavelmente não veria Shuji em breve, portanto era melhor tirar o outro da cabeça.
Era quarta-feira e Takemichi provavelmente deveria estar se preparando para sua aula em dias assim, no entanto, com a proximidade da chegada de seu cio, ele ficaria em casa, confiando em Akkun ou Takuya para avisar seus professores sobre isso. Era uma realização que o pegou de surpresa ontem, em algum ponto da tarde.
Ter quinze de novo significava voltar à escola.
Para qualquer pessoa, provavelmente era uma maldição ter que reviver o colegial, mas uma bênção já tê-lo terminado antes; embora fosse obrigada a voltar aos dias de escola, a pessoa no mínimo sabia como lidar com seus valentões ou com os professores, além de poder tirar boas notas. Para Takemichi, era o oposto; era uma benção reviver aqueles anos que ele perdeu e abriu mão, mas uma maldição já ter aberto mão disso; para ele era o mesmo que frequentar o segundo ano pela primeira vez.
Da primeira vez, mesmo antes de fugir, Takemichi era ruim na escola, suas notas o permitiam avançar o ano, mas era apenas isso. Ele era burro, era um fato inegável.
Ele piscou, com um gemido fraco ao lembrar disso.
Bem, não realmente. Muito semelhante a Yamagishi, ele sempre precisou estar interessado em algo para conseguir aprender corretamente, além de se distrair facilmente. Takemichi não era verdadeiramente burro - ninguém era, no entanto era difícil para ele aprender certas coisas. Com sorte, talvez alucinações tenham um modo calculadora, para ajudá-lo com a matemática atroz do segundo ano do ensino médio.

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( glass heart )
Fanfiction"O que te faz pensar que está morto?" Como sempre, quando se tratava de Hanma, a pergunta veio do nada. Takemichi não perdeu o ritmo, no entanto. "O que te faz pensar que está vivo?" Hanma gargalhou com a pergunta, olhando para ele com olhos brilhan...