Vizinho barulhento

2.3K 215 238
                                    


Já fazia quase um mês desde que você tinha começado a morar ali e acabar sendo vizinha de Rengoku às vezes era um pouco incômodo já que o homem costumava falar tão alto ao telefone ou quando recebia visitas cotidianas de seu irmãozinho que o som de sua voz acabava chegando até seu apartamento, mas não era nada que afetasse seu relacionamento com ele.

Você tinha começado a vê-lo bastante nos últimos dias quando andava pelo prédio, como se ele magicamente brotasse nos lugares onde você estava. Era incrível como havia tantas pessoas morando ali, mas Kyoujuro era aquele que você mais via.

Era sexta-feira e no apartamento ao lado já se podia ouvir a voz alta e animada de seu vizinho ao conversar com o irmão mais novo. Você sabia que era chato atrapalhar a diversão deles, todavia, não podia evitar já que estava cansada e começou a se perguntar se as paredes eram finas demais ou a voz do homem que realmente era muito alta. Talvez fossem as duas coisas.

Você então saiu de seu apartamento e deu três passos para o lado, parando em frente a porta de seu vizinho e em seguida batendo algumas vezes na superfície dura até ouvir a barulheira ser substituída por passos vindo em sua direção. A porta logo foi aberta e a primeira visão que você teve foi um Rengoku animado vestindo uma regata branca que marcava e deixava seu corpo musculoso evidente. Você sabia que ele parecia ser grande e meio forte a julgar por seu tamanho, mas não esperava que fosse tanto assim. Ver aquilo te fez corar e você ficou ainda mais constrangida ao perceber que ele sorriu ladino para você.

- Olá [ Seu nome ], como vai? - Kyoujuro falou meio alto. Inicialmente aquilo te incomodou, mas você já tinha se acostumado com aquele jeito dele.

- Vou bem... - Você nunca fora muito boa lidando com homens, ainda mais os bonitos, então preferiu cortar o papo furado e ir direto ao assunto antes que tivesse um treco ali mesmo. - Sei que isso é chato, mas poderia fazer menos barulho? É que a semana foi meio agitada e eu preciso descansar.

Para sua sorte, você tinha conseguido um emprego de meio período como garçonete em um restaurante chique da cidade que não ficava assim tão longe do seu apartamento, e apesar de ser um trabalho um tanto quanto exaustivo, pagava consideravelmente bem.

- Ei irmão, quem está aí? - Você ouve uma voz masculina, porém infantil, vindo de dentro do apartamento de Kyoujuro e não demora para uma cópia praticamente idêntica a ele, porém mais jovem e menos barulhenta aparecer atrás do mais alto. - Oh, ela é a vizinha bonita que você me falou?

De repente, as bochechas do Rengoku mais velho coraram e pela primeira vez você o viu fazer uma cara de espanto e nervosismo muito engraçada que teriam te feito rir se você não estivesse ainda mais envergonhada do que ele.

- Senjurou, seu peste! - Ele deu um tapa leve na cabeça do irmão mais novo que reclamou e em seguida olhou para você com um sorriso sem graça. Então quer dizer que seu vizinho havia mencionado você para outra pessoa? Mesmo que tivesse sido para o irmãozinho, ainda assim era vergonhoso. - Bem, este é o Senjurou, acho que você já o viu algumas vezes por aqui já que ele costuma me visitar com frequência, mas agora vocês podem se conhecer formalmente.

Você podia ver na expressão sutil o rosto de seu vizinho que ele ainda estava puto com o garoto mais novo por ter revelado algo que não devia, no entanto, procurou não prolongar ainda mais aquele assunto estranho e sorriu para a pequena cópia de Kyoujuro.

- Olá, você é muito parecido com seu irmão, poderiam ser gêmeos se não tivessem tanta diferença de idade. - O garotinho sorriu e acenou para ela. - Quantos anos você tem?

- Doze anos, senhorita. - Você achou o jeito de falar do pequeno uma graça e sorriu ainda mais, contudo, ao fazer isso, acabou sentindo um arrepio ruim passar por suas costas como se aquilo fosse um sexto sentido lhe avisando de que algo ruim aconteceria se você continuasse a ser tão simpática com o garotinho.

- Você quer entrar? Estamos jogando video-game. - O mais velho olhou para você com um sorriso, no entanto, seu subconsciente começou a achar aquilo estranho e preferiu negar o convite.

- Melhor não, eu realmente estou bem cansada, então quem sabe numa outra hora... - Você exibiu um sorriso amarelo e lentamente se afastou.

- Entendi, bem, desculpe pelo barulho, vamos tentar maneirar! - Rengoku falou animado e vocês se despediram.

Você então volta para seu apartamento ainda confusa com aquele sentimento estranho que ocorreu a poucos momentos atrás mas acaba ignorando isso por não conseguir encontrar uma resposta e decide deitar em sua cama para tentar dormir um pouco e descansar.

POV Kyoujuro Rengoku

Já fazia um tempinho que Kyoujuro havia estranhamente se interessado por [ Seu nome ] mais do que devia e nem mesmo ele próprio conseguiu decifrar o porquê daquilo. Inicialmente o mesmo pensou que poderia ser apenas curiosidade por haver uma pessoa nova ali e ele queria saber mais sobre ela, todavia, quando Rengoku foi se dar conta, já estava a seguindo pelo complexo de apartamentos e fazendo com que aquilo parecesse um encontro ocasional entre ambos. Foi aí que ele percebeu que aquilo que sentia era bem mais intenso do que tinha imaginado.

Kyoujuro não tardou a notar e admitir para si mesmo que tinha começado a gostar dela e queria ter sua companhia perto dele o tempo inteiro. Aquilo havia evoluído muito rápido de uma curiosidade momentânea por haver carne nova no pedaço para uma espécie de obsessão. Ele sabia que aquilo era muito estranho e até mesmo errado, mas não conseguia evitar de se sentir assim toda vez que a via e pensava nela. Na verdade, os pensamentos que a envolviam eram frequentes e muitas vezes nem um pouco apropriados.

A uns dias atrás, [ Seu nome ] acabou cometendo o deslize de deixar a porta do apartamento destrancada e percebendo isso, Rengoku secretamente entrou lá e furtou alguns de seus objetos pessoais como uma camiseta que via ela usando com frequência e até mesmo um par de peças de roupa íntima, coisas que a mesma sequer percebeu que haviam sumido. Ele era bem discreto quando queria.

Havia o cheiro dela naquela camiseta, e Kyoujuro fez questão de fechar os olhos para apreciar o momento enquanto aspirava seu perfume e se deleitava com o cheiro que envolvia suas narinas. Ele sentiu algo despertar e não conseguiu se controlar ao levar a mão até o zíper da calça e tirar seu membro para fora. O homem de cabelos loiros e rebeldes sentou na beirada da cama e começou a se tocar enquanto pensava na sua bela e fofa vizinha.

Ele começou a imaginá-la embaixo dele, o olhando com seus olhos [ cor da sua preferência] semicerrados e a boca entreaberta, gemendo e ofegante enquanto ele se encaixava dentro dela e entrava fundo em seu interior.

Kyoujuro ficou mais um tempo tendo pensamentos obscenos com a garota até finalmente se desfazer em suas próprias mãos. Tinha de limpar aquela sujeira antes que Senjurou chegasse e foi isso que ele fez já que seu irmão possuía a chave reserva do apartamento e poderia entrar ali quando bem quisesse.

Minutos depois, o Rengoku mais novo estava simplesmente entrando ali como se a residência fosse dele. Passar um tempo com Senjuro era divertido, eles passaram boa parte da tarde brincando, jogando vídeo-game e falando alto até a vizinha ir até ali reclamar do barulho. Os vizinhos sempre reclamavam que ele era uma pessoa barulhenta, no entanto, tinha começado a fazer mais barulho de propósito apenas para fazer ela ir até ali e pedi-lo para parar apenas para ver seu lindo rosto de novo.

Porém o Rengoku mais velho definitivamente não gostou quando notou que sua querida [ Seu nome ] ficou toda sorridente e agiu fofamente com Senjurou. Em sua mente, aquele tipo de reação deveria ser destinada apenas a ele e a mais ninguém, mas ao contrário disso, o fato de a garota parecer arredia na presença dele o deixava frustrado, mas também o fazia ficar ainda mais obstinado a conquistar sua confiança. 

.

.

.

.

.


Olá, essa é a primeira história que eu escrevo nesse estilo, então epsero que estejam gostando!

Seu vizinho YandereOnde histórias criam vida. Descubra agora