We can't get closer

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Louis vai determinado jogar o lixo fora depois de um dia inteiro acrescentando detalhes na versão final do site, pequenas coisas que demonstram um cuidado a mais e melhoram a experiência do usuário. O breu noturno não o ajuda quando deixa o saguão do prédio, mas ele já tinha decorado o caminho.

Quando estava perto das grandes lixeiras, ele ouve um som bem baixo de uma música ainda não identificável vindo de algum lugar. Louis olha ao redor e não vê ninguém, mas seguindo o som ele consegue identificar que está vindo do que ele chama de "cubículo de Edson" mesmo que não seja um local tão pequeno assim. Ele vai até lá porque ele é curioso, e no momento, desocupado, e ele também ainda não conhece o porteiro noturno.

Ao chegar mais perto, ele identifica a batida como aquela irritante que tinha visto na internet ultimamente, e resolve ignorar isso para que possa ter uma boa primeira impressão sem levar em conta o gosto musical.

O homem em si, que Louis imaginou ser o mesmo da noite em que foi ao supermercado, parece notar sua presença e se endireita na cadeira em que estava esparramado e pigarreia. - Boa noite senhor, eu- hm.. Precisa de alguma coisa?

Louis sorri para o rapaz educado e muito, muito bonito. Agora que estava mais perto, conseguia ver bem nitidamente graças a luz do ambiente em que ele se encontrava. Além de olhos castanhos brilhantes, o rapaz em questão tinha seu cabelo devidamente penteado em um topete muito bem feito, ele deixou Louis desconcertado só com metade do seu rosto, e agora o menor queria ver o conjunto todo.

Louis dá um passo para frente, ainda longe o suficiente para não ser perigoso e se apresenta. - Oi, eu não preciso de nada... Só vim dizer Oi. Sou o Louis! - Ele sorri alegre demonstrando toda sua simpatia natural.

O rapaz o olha desconfiado mas não leva dois segundos encarando Louis para seu rosto suavizar, Tomlinson acha que ele tem esse efeito. - Oh, muito prazer, Louis. É novo aqui?

- Na verdade sim. Bem, mais ou menos novo. Mas me mudei esse ano então...

- Certo... Qual é o seu?

- 172 - Louis responde orgulhoso de si mesmo por já ter decorado isso, antes era só "a ultima porta do andar".

- Espera - o rapaz diz pensativo - Eu não conheço todo mundo mas... Esse não era o apartamento de um cara.... Eu não sei, algo como carrancas e cabelo brilhoso?

Louis ri, ele genuinamente ri - Oh cara, isso foi bom. Sim esse é Harry, eu meio que moro com ele agora.

- Oh, vocês dois são parentes? - Louis fica desconfiado com o questionamento, mas responde mesmo assim.

- Não, não. Apenas dividindo contas, ele é legal sabe, apesar das carrancas.

- Desculpe, não conte a ele que eu disse isso... - O moreno responde e algo em seus olhos indica que ele deve estar sorrindo.

- Pode deixar. Mas... você não me disse o seu nome.

- Ah, sim. Sou o Matthew.

- Bom te conhecer, Matthew, nome bonito, apesar de muito americano.

Ele ri e Louis o acompanha, a risada dele também é bonita

- Eu meio que sou americano, eu sei... Não me dê um olhar feio, não tenho culpa disso.

- Você sabe que é meio obvio né?

- O sotaque?

- Sim... Mas não tenho nada contra americanos, a não ser o fato de que meu ex me largou por um. Sem ressentimentos, no entanto. - Louis diz e só depois percebe como soou. Era fácil para ele apenas conversar com pessoas e as vezes detalhes desnecessários escapavam no caminho - Oh, eu não- "estou dando em cima de você nem nada" era o que ele ia dizer, mas não teve coragem de possivelmente se envergonhar. Matthew, contrariando a ideia que Louis estava tendo dele, apenas acena e franze a testa de um jeito engraçado.

We could be enough - L.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora