I like the way you talk

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Louis se surpreendeu quando Harry dirigiu-se a ele espontaneamente mais uma vez no dia seguinte, para elogios ao portfólio do menor, seguidos de uma pergunta sobre enviar a alguém. Tomlinson estava adorando toda essa atenção ao seu trabalho então claro que concordou.

A noite de um dia cansativo fazendo projetos apenas por diversão, já que não tinha realmente uma utilidade para eles, Louis vai se ocupar em jogar o lixo fora. Ele achava que existia alguma espécie de túnel no apartamento porque tudo estava sempre vazio. Acontece que Harry é apenas uma pessoa asseada e responsável.

O menor coloca tudo em um saco apropriado e calça seus sapatos de rua, seguido da máscara. O elevador está vazio, mas três andares abaixo do seu ele para e uma senhorinha entra, com o mesmo propósito de Louis, aparentemente. Tomlinson tenta não demonstrar sua animação porque percebe que aquela é a tão famosa Mary. Ele pensa bem em como começar um papo depois do Boa noite que trocaram, sem parecer que já sabe de metade da vida dela. - Eu sou novo aqui... Me chamo Louis. - É um bom começo.

A moça vira para ele e o de olhos azuis percebe um sorriso simpático através da máscara florida. - Seja bem vindo querido, me chamo Mary. - "Eu sei" Louis pensa, mas não fala, graças ao seu autocontrole recentemente adquirido. Ele, no entanto, precisa fazer algo sobre a situação que a mulher a sua frente nem sabe que está envolvida.

- Muito obrigado! Sabe... eu adoro esse prédio, as pessoas são tão gentis, o porteiro é tão simpático... - ele começa, como quem não quer nada, só para testar.

- Oh sim! - A mulher parece se animar com a tentativa de conversa - Não conheço os vizinhos lá pra cima, mas os do meu andar são ótimos, nós costumávamos jogar nas noites de domingo. - Louis acena e espera que ela continue, entendendo a deixa, ela o faz - Nada elaborado como a geração de vocês, só o velho e clássico baralho de sempre. Espero que tudo isso acabe logo para voltarmos, sinto falta... E Edson é um doce mesmo.

- Ah, então a senhora o conhece... Eu e ele somos meio que amigos sabe... Conversamos bastante.

- Ele é fácil de gostar.

- A senhora acha? Interessante... - Louis agradece por estar de máscara e poder esboçar seu sorriso suspeito sem chamar atenção - Espero que seja mesmo... Ele fala muito bem de uma moça, acho que está meio que 'na dela, estou ajudando com isso sabe... Se ele for mesmo simpático assim com todos, com certeza ela também vai gostar dele, não é? - Jogar verde para colher maduro, é o que dizem.

A senhora a sua frente encara Louis, o menor não sabe que expressão era aquela, mas ele espera que dar uma de sonso tenha funcionado...

- Hum. Não sei.

Oh não... Pelo seu tom parece que ela está brava. Louis jurava que isso bastaria para a senhora perceber que estava falando dela, mas aparentemente ela interpretou errado... Agora ele vai ter de se explicar a Edson.

Os dois caminham até a lixeira na lateral do prédio em silêncio, Louis está se perguntando porque teve que se intrometer na vida alheia e já estava voltando quando a moça, que deve ser alguns centímetros mais baixa que ele, resolve se pronunciar...

- Essa moça, é a Alice do 130? - Está escuro mas Louis consegue ver sua testa franzida, enquanto vão se aproximando do saguão, a luz vai melhorando e ele pode tentar decifrar suas expressões apropriadamente.

- Não! Quer dizer, ele não me disse nomes sabe... - Os dois entram no elevador e Louis pergunta qual o andar antes de apertar os dois botões e continua quando as portas começam a se fechar - Mas me contou que ela mora no 154. - Ele sabe o que fez, e não está arrependido... Quem tem tempo para jogos quando se está acima dos 60?

We could be enough - L.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora