Daniela se assustou e se apoiou no tórax dele para se equilibrar. Seus olhares se encontraram. Ela era uma mulher alta e mesmo assim teve que inclinar a cabeça para cima para vê-lo. Ele a olhava perdido na intensidade do azul infinito dos olhos dela. Ele a segurava e parecia que não tinha intensão de soltá-la.
- Você está bem? – Perguntou mais uma vez. Ela apenas balançou a cabeça afirmativamente. – Por um acaso você é a Daniela Scheller? – Ele estava sussurrando.
- S-Sim! Você me conhece? – Perguntou muito surpresa. Ele abriu um sorriso. O mais lindo que Daniela já tinha visto.
- E quem na mídia não conhece a poderosa Dani Scheller? A mulher que faz o tempo parar. – Ele disse sorrindo sem tirar os olhos dela. Daniela arregalou os olhos. Se a terra começasse a girar ao contrario, não causaria tanta surpresa como o que ela acabou de ouvir. – É um prazer imenso conhecê-la. Você é ainda mais bonita pessoalmente. – Ele vagarosamente a soltou.
- Obrigada por não me deixar cair e desculpe a falta de atenção.
- Sem problemas. Você vai pegar o voo para a Nova Caledônia?
- Sim. – Ela respondeu ainda sob efeito daquele contato tão próximo. Ele apenas sorriu e estreitou os olhos. – Vou passar duas semanas lá. Você está indo de férias ou a trabalho?
- Também ficarei duas semanas, mas a trabalho. Vou representar uma marca de cuidados para a pele e o diretor escolheu as praias do Pacífico Sul para as filmagens.
- Onde está sua equipe? – Quis saber notando que ele estava sozinho.
- Eu pedi para viajar na frente para não causar alvoroço e como venho de filmagens sem parar, vou ter dois dias de descanso, até todos chegarem. Você já conhece a Nova Caledônia?
- Não. Será a primeira vez lá. E você?
- Também não.
- Eu vou tomar um café. Quer um? Eu preciso comprar um travesseirinho de pescoço também.
- Não, obrigado. Mas eu te acompanho. – Ele colocou o boné. Foram. Quando Daniela estava no caixa pagando pelo travesseirinho, a voz metálica anunciou o embarque.
- Bem na hora! – Comentou. Ele apenas sorriu levemente.
Eles foram para a fila. A única bagagem de mão dela era uma bolsa. Ele não tinha bagagem, segurava apenas um casaco. Ele a olhava sem parar. Daniela notou e ficou incomodada. Ela imaginou que tivesse uma folha de alface no dente ou algo similar. Ela pegou um espelhinho na bolsa e discretamente se olhou. Não tinha nada de errado com sua aparência. Do nada ele pergunta:
- Seus olhos são azuis ou cinzentos? – Ela olhou para ele achando estranha a pergunta, mas respondeu.
- Depende do meu estado de espírito. Se estou alegre, eles ficam azuis violeta, se estou triste ou choro, ficam azuis mais claro, quase cinza. Por que? – Ela estava curiosa.
- Porque são muito bonitos. – Respondeu sério.
A pessoa que estava atrás de Daniela na fila, bateu gentilmente com o dedo no ombro dela avisando que a fila andou. Ela olhou para o senhor e muito constrangida pediu desculpa. Entraram. A confortável poltrona da primeira classe de Daniela ficava na fila do meio. A dele logo atrás, mas do lado direito do avião. Ele estava impaciente. Daniela associou a impaciência dele ao voo. Os comissários de bordo ajudaram a todos a se acomodarem, deu os avisos de praxe e informaram que assim que o avião saísse do procedimento de decolagem, os serviços de bordo começariam. Quando eles passaram com o carrinho, Daniela pediu apenas um copo de vinho e umas torradas com queijinho. Ela reparou que Jong Suk pegou apenas um copo de whisky. E ele continuava olhando para ela sem parar. Passado mais um pouco, eles passaram de novo com o carrinho recolhendo os utensílios e sobras das refeições. O sinal de desatar o cinto foi emitido. Quando encerraram o recolhimento, eles fecharam as cortinas e desejaram a todos uma boa noite. Os poucos passageiros da primeira classe não estavam com o monitor de TV ligado. E alguns já dormiam. A luz no ambiente era somente uma tênue luz azul embaixo das poltronas para que as pessoas pudessem se locomover sem tropeçar. Os comissários foram servir a classe econômica.
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LEE JONG SUK & EU
FanfictionDaniela Scheller, ou Dani Scheller, como era conhecida, era uma brasileira de 43 anos que vivia há muitos anos em Seul. Ela se tornou uma das diretoras de cinema mais influentes na competitiva mídia coreana. E um determinado dia ela tira férias e va...