Capítulo 5

201 58 28
                                    

O queixo de todos caiu ao ver o enfurecido Jong Suk passar feito um raio puxando Daniela Scheller pelo braço. O que estaria acontecendo? Apesar da estupefação geral, ninguém ousou falar nada. Um era um Idol de personalidade difícil, a outra era a mulher mais poderosa da mídia coreana. Ninguém queria estar em maus lençóis com nenhum dos dois. O jeito era aguardar o que aconteceria. Jong Suk a levou para o saguão do hotel de frente à praia que eles estavam.

- Você ficou doido? Você viu a cara das pessoas? – Disse Daniela tentando se soltar da mão dele.

- Eu disse para você ficar longe desse cara. O que ele está querendo com você? Por que ele não pode falar com você sem te tocar? – Perguntou sério.

- Você pirou mesmo! Ele é meu amigo. Já trabalhamos juntos outras vezes. E qual é o problema dele me tocar? O que você é meu para estar exigindo certos comportamentos de mim? – Ela arriscou também bastante nervosa. Ele a soltou. Daniela acharia isso lindo se eles estivessem em um relacionamento. Ela começava a nutrir sentimentos por ele, mas na cabeça dela, os dois estavam vivendo só uma aventura de verão. Ela não ousaria exigir nenhuma responsabilidade por parte dele. Ele era uma das personalidades mais famosas da Ásia e ela era brasileira e... Mais velha que ele. Ele a puxou até um sofá. Sentaram. Ele, já mais calmo, segurou as mãos dela.

- Dani, pode parecer loucura. Chame como quiser, mas não sei como explicar o que vou te falar. Há muito tempo eu via notícias sobre a diretora brasileira que veio para a Coreia e conquistou espaço na competitiva mídia coreana pela excelência do trabalho, pelo empenho e afinco que ela dedicava a tudo que fazia. A Dama de Ferro que transforma em sucesso tudo que ela coloca a mão. Fiquei muito curioso para saber quem era essa mulher revolucionária com a qual todos os atores queriam trabalhar. Antes de eu ir para o exército, eu ia pegar um trabalho com você, mas a minha entrada se deu antes do que eu imaginei, então tive que abandonar o projeto. Eu também queria fazer um drama dirigido por você, mas os trabalhos que me esperavam, não tinham você como diretora, por causa da correria de seus projetos também. Daí, quando você literalmente caiu em meus braços na sala de embarque naquele dia, eu não acreditei. Finalmente nossos caminhos se cruzaram e eu não vou deixar isso passar. – Daniela ouvia, mas não acreditava. – Eu quero você para mim e não abro mão disso. Sei que não posso exigir nada de você, por causa dos meus sentimentos. Então eu te peço, seja a minha namorada. Deixe-me cuidar de você, fazer parte da sua vida e ficar do seu lado. – Ele a olhava sem piscar, esperando uma resposta dela. Ela não conseguia falar.

- Eu... Eu... Eu não... Não sei o que dizer... – Ela tentava concatenar as palavras.

- Apenas diga sim e me deixe ficar do seu lado.

- Diga-me uma coisa, quantos anos você tem? – Ela  perguntou num ímpeto, lembrando-se da reflexão que teve em seu quarto alguns dias atrás.

- Trinta e dois, por quê? – Respondeu já imaginando a preocupação dela, mas ele esperou que ela falasse.

- Meu Deus... Eu sou onze anos mais velha que você... Como você acha que isso pode dar certo?

- Olha para mim e diga que você não se sente pelo menos um pouquinho atraída por mim também. – Ele segurou o queixo dela. Ela abaixou os olhos em concordância. – Então presta atenção no que eu vou te dizer. Eu sei que você também se sente atraída por mim. Seu corpo reage muito bem ao meu toque, você já provou isso involuntariamente várias vezes. Eu gosto de você pela mulher linda e incrível que você é. Eu me apaixonei por você antes mesmo de te conhecer. Não diga que você não sente nada, porque eu não acredito e quanto à nossa diferença de idade, qual é o problema? Onde está escrito que um homem para se relacionar com uma mulher tem que ser mais velho que ela? Por que esse preconceito? – Daniela não tinha resposta.

LEE JONG SUK & EUOnde histórias criam vida. Descubra agora