Capítulo 3

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Ele virou o rosto de lado, rindo da feliz coincidência. Só poderia ser sonho... Encontrar sua musa poderosa nessa noite de céu enluarado era demais.

- Senhor, eu mudei de ideia. Posso compartilhar a mesa com ela. – Disse se referindo a Daniela. – Já que ela está aqui, seria um desperdício não aproveitar essa oportunidade, além do mais é difícil conseguir uma vaga aqui, não é mesmo? – Ele sorriu e deu uma piscadinha para Daniela que nem respirava de tanta estupefação. O maitre olhou para ela dando graças a Deus da situação ter se resolvido ali mesmo. Ele foi até Daniela e já a ia levando de volta à mesa pelo braço.

- Mas não mesmo! O que você está pensando que você é? – Disse indignada com a total falta de senso dele, mas o coração em chamas com a piscadinha.

- Você não vai fazer uma cena aqui, vai? Sou bem capaz de te carregar se você se recusar. – Disse cochichando ao ouvido dela, com a cara mais cínica do mundo – E aí? Você vai ou posso te levar eu mesmo? Daniela sacudiu o braço e se "livrou" das mãos dele. O maitre não estava entendendo mais nada.

- Está tudo bem. Eu o conheço. Iremos jantar sim. Não queremos mais causar problemas. – Disse tentando ser simpática. Jong Suk fez uma breve reverência.

- Que sorte a minha te encontrar aqui. – Disse puxando uma cadeira para ela se sentar.

- Por que você tem que ser tão intransigente? – Perguntou.

- O erro foi deles, então isso é um problema que eles têm que resolver. Por que eu tenho que ser prejudicado por algo de errado que outra pessoa fez? Se bem me lembro da sua fama, você é conhecida por ser implacável com erros de terceiros. – Daniela abaixou a cabeça. Ele não estava errado e ela ficou sem argumentos. Ele sorriu feliz com a "vitória silenciosa". – O que você vai querer comer? – Perguntou com o cardápio em mãos.

- Qualquer coisa que seja rápido, eu tô morrendo de fome. Você pode escolher que eu te acompanho. – Respondeu sem mais forças para brigar. Ele escolheu uma sopa gelada e um assado típico da ilha com legumes. Os pratos logo chegaram. Ele pediu uma garrafa de vinho.

Ele ficou impressionado com a disposição de Daniela para comer. Ela não tinha frescuras, comia de tudo e apesar da delicadeza, ela tinha um apetite voraz. Tão diferente das tantas moças que tentavam chamar a sua atenção. Mimadas e sem conteúdo, segundo ele. Parou e ficou olhando para ela. Satisfeito com a naturalidade dela. Ele colocou uma porção de legumes no prato dela e a observava contente. Ela parou e olhou para ele.

- Por que você não está comendo?

- Eu vou comer. Não se preocupe. – Ele apoiou o queixo com as mãos, o cotovelo sobre a mesa e ficou olhando para ela. Daniela não entendeu, deu de ombros e continuou comendo.

- Afff... Eu tava com tanta fome. Que comida gostosa. Que tempero será esse que eles usam?

- Não faço ideia. – Respondeu colocando um pedaço de carne e salada no prato.

- Prova isso. – Dani colocou uma porção de legumes. Ele comeu.

- É realmente delicioso. O que você vai fazer após o jantar? – Ele quis saber.

- Nada, vou voltar para o hotel. Por quê? – Ela perguntou, mas ele não respondeu e colocou uma porção de salada na boca sem tirar os olhos dela.

Eles acabaram de comer. Jong Suk pagou a conta sob protestos de Daniela. Ele apenas ria da bronca dela sem se importar na verdade. Ele a convidou para dar uma volta na praia. Ela aceitou, não tinha nada a fazer e caminhar um pouco seria bom, afinal de contas ela comeu além do que devia. A praia mais próxima era um pouco longe do restaurante que ficava numa área nobre da ilha, mais afastado das praias. Eles pegaram um taxi e foram para uma praia que tinha o maior farol da ilha. Pagando uma pequena taxa, eles poderiam subir e observar a imensidão do mar lá de cima. Entraram e subiram oito lances de escadas, mas valeu a pena. Apesar de ser noite, a lua banhava todo o redor e a vista era infinita. O reflexo da lua nas águas negras da noite deixou Daniela sem fala. De um lado via-se a cidade e do outro o mar sem fim. Havia poucas pessoas no farol porque já eram quase dez horas. Logo eles teriam que sair. O lugar fechava às dez horas.

LEE JONG SUK & EUOnde histórias criam vida. Descubra agora