Chapitre seize

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Henrique parecia está pasmo.

— Você o quê? — Henrique deixou a bandeja de lado e andou para perto do amigo. — Se isso te consola, você e Brigitte não estão juntos. Você não a traiu.

— Traí. Ainda somos casados no papel. Ela tem direito a quase tudo meu. Descobrindo isso, fico sem nada! Mas o pior não é o dinheiro. — Suspirou sentindo o peito arder. — Eu gosto dessa pessoa.

Henrique sentou perto do amigo ficando longos minutos pensando no que falar.

— Eu só posso te falar uma coisa. Se você gosta dessa pessoa, vai em frente. Deixe a Brie, deixe tudo no off. Se a impressa descobre o que você está fazendo, você acaba com sua paz e pode até perder a pessoa que gosta. Sabemos bem que o mundo digital é cruel.

— Eu não quero tá trocando o certo pelo duvidoso. Não sei se essa mulher realmente gosta de mim! — Bufou colocando as mãos na cabeça. — Eu tenho que ir à reunião. Quando eu voltar no final do dia para o meu quarto, certifique-se que Brigitte não esteja mais. Dói, mas eu avisei sobre as atitudes dela!

— Sim senhor presidente. — Henrique saiu deixando a bandeja. Emmanuel beliscou alguns pães e bebeu um café. Não demorou para os assessores chegarem e começar a rotina de conversas, acordos e lero-lero.

{...}

— Eu pensei que não iria chegar nunca na sala... parece que a noite foi boa... — Grazi riu baixinho da cara da amiga que estava super e mega constrangida.

— Apenas ficamos conversando. Ele é super legal. Não parece aquele ranzinza na tevê. — Revelou causando risos da amiga.

— A propósito... — sibilou baixinho chamando Luciana mais para perto. — Rolou algum... beijo... mãozinha boba... — Graziele conteve o riso e depois ficou olhando a reação da amiga. — Nada?

Luciana faz um não e volta a olhar o caderno.

— Ele é um frouxo! — Exclamou chamando a atenção da turma. — Ainda bem que foi em português. — Retrucou fazendo alguns brasileiros rirem. — Vamos para um bar... aliás, tenho que te contar uma coisa...

— O quê? — Perguntou estreitando os olhos.

— Depois te falo... agora olha pro Fergus... — Ordenou em tom de brincadeira. — Ele gosta de você!

— Não pira!!! — Exclamou Luciana tirando onda da amiga. — Ele é noivo e eu... bom, tenho que sair da França sem muita perspectiva amorosa. — Argumentou causando resmungos de Grazi.

A aula estava quase acabando quando Fergus parou Luciana na porta.

— Vamos tomar Luciana como exemplo... é bem simples não é senhorita Alves? — Sibilou causando murmurinhos. — Vamos supor que Luciana está caída ao chão, com marcas de agressão e... uma fratura exposta, qual o primeiro passo? O que fazemos?

— Olhamos se o local está seguro para nos aproximar e sinalizamos o perímetro para socorrista é vítima caída tenham seguranca. — Falou Grazi.

— Isso Grazi. — Agora o próximo procedimento é verificar os batimentos cardíacos. Estando ok, ligamos para os socorristas e damos as informações.

Enquanto Fergus ensinava a maneira correta de como socorrer, Luciana o fitava inconsolada de achar que Fergus poderia gostar dela. Ele era o professor mais areia pro caminhãozinho dela.

— Assim a senhorita Alves morreria senhor Antonelli. — Disse a um dos alunos. E claro, todos riram. Novamente. No final de tudo, Fergus esperou todos irem embora para ter uma conversa com Luciana. — Estou preocupado. Nunca foi de se atrasar, agora está sempre dispersa e mal compartilha conhecimentos com a turma.

Luciana dar de ombros ficando envergonhada.

— Eu ando trabalhando senhor. Prometo não faltar e atrasar, sei que vocês franceses detestam. — Confessou encostada na mesa, os dedos batiam freneticamente na madeira antiga e Fergus suspirou.

— Eu sei que sua vida não é fácil! Eu apenas quero te ver vencer aqui! Aliás, tenho a melhor biomédica de Paris! — Exclamou a deixando totalmente sem jeito. — Falando sério Luciana, você tem talento e amor pela profissão, não se perde. — Insistiu. Fergus deu um sorriso de lado antes de colocar as pastas embaixo no braço e sumir pelo corredor da universidade.

Continua...

Continua

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Emmanuel Macron - Senhor PresidenteOnde histórias criam vida. Descubra agora