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Capítulo 72

❥Azevedo

Esse último mês foi um loucura, eu e a loira estávamos nos adaptando a uma nova rotina, a uma nova fase nas nossas vidas e até que a gente tava se saindo bem.

Claro que não tava perfeito porque eu tô zero satisfeito da minha gata tá pra cima e pra baixo com o Pedro mas não tinha muita coisa que eu pudesse fazer, a loira já tinha dito milhares de vezes que o Pedro é como um irmão, minha cabeça entendia mas meu coração ficava bolado. Fora isso o morro tava na disciplina, minha família tava bem então eu não tinha muito do que reclamar.

Hoje era o dia de matar o delegado e eu tava feliz a beça com isso, não via a hora de descarregar a minha raiva naquele filho da puta só que quando eu cheguei em casa o Heitor tava passando muito mal, a dona Cida me disse que ele começou a sentir mal agora no finalzinho da tarde e eu nem pensei muito antes de correr com ele pro hospital.

Queria muito matar o delegado mas o meu filho vinha antes, durante o caminho eu liguei pra loira pra avisar que eu não ía conseguir participar da missão mas como sempre ele me surpreendeu dizendo que ía me encontrar no hospital. Ela simplesmente ía jogar tudo pro ar pra vir pro hospital cuidar do Heitor, eu nunca pensei que eu fosse encontrar alguém que estivesse tão disposta a dividir essa responsabilidade comigo. O amor que a loira tem pelos meus filhos é surreal e eu não podia ser mais abençoado por eles terem essa relação incrível.

Eu sempre fui pai solteiro e nunca me importei em ter todas as responsabilidades que eu tenho com os meus filhos mas eu não posso negar que ter alguém pra dividir tudo isso comigo é foda pra caralho.

Mas enfim quando cheguei no hospital o médico levou o Heitor pra fazer uns exames e eu fiquei sentado na recepção esperando por notícias do meu pequeno.

Mais ou menos uns trinta minutos depois a Helô chegou no hospital e ela entrou parecendo um furacão, tava nervosa ao extremo.

Helô: cadê ele amor? Ele tá bem? Ele tava chorando? - pergunta nervosa.

Azevedo: ei calma - abraço ela e ela vai relaxando nos meus braços - O médico levou ele pra fazer uns exames daqui a pouco eles trazem novas informações.

Helô: tomará que não seja nada sério, e cadê a Mali e o Davi?

Azevedo: tão com a minha mãe e a Vivi.

Helô: a dona Cida falou quando ele começou a passar mal?

Azevedo: já foi no finalzinho da tarde por isso ela não ligou, quando cheguei ela tava cuidando dele com o Davi e a Mali em cima da coitada.

Helô: é melhor a gente contratar mais uma babá, só uma pra cuidar dos três não é fácil...

Azevedo: a gente ver isso depois. - ela concorda e o celular dela vibra.

Ela olha só pela barra de notificações e me encara.

Helô: eles tão saindo agora. - eu concordo.

Azevedo: você não precisava...- ela me interrompe e segura o meu rosto com as duas mão me fazendo olhar bem nos olhos dela.

Helô: são nossos filhos Azevedo, nossas responsabilidades, antes de qualquer coisa vem eles, se um deles tá doente e precisa de mim é do lado dele que eu vou estar. A uns meses atrás quando eles me nomearam como mãe deles eu abracei esse título com todo o meu ser, eu os amo e vou fazer tudo por eles então eu precisava sim estar aqui cuidando do nosso pequeno ao seu lado.

Coração ficava como ouvindo uma parada dessa? Aceleradissimo, nem nos meus melhores sonhos eu imaginava uma mulher como ela na minha vida e na das crianças, ela veio na hora certa pros nossos caminhos.

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