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Capítulo 73

Pedro

Acordei com a Helô me ligando pra avisar que já tava em casa com a cria dela e chamando pra resenha que ela e o Azevedo tavam organizando hoje a noite pra comemorar a morte do delegado e obviamente eu já confirmei a minha presença.

Matar esse delegado foi articulado minuciosamente então todo mundo tava merecendo essa comemoração, a missão foi muito bem executada por todos os envolvidos inclusive eu.

Ontem por volta das nove da noite nós cercamos o carro do delegado e metemos bala, mais foi muita bala mesmo, só saímos quando os outros policiais chegaram querendo trocar tiro com a gente.

Essa missão foi muito bem pensada, observamos o delegado o mês inteiro e ele tinha uma rotina bem doida, o único momento que nós teríamos a oportunidade de fazer alguma coisa era exatamente as nove porque era a troca de turno dos cana e o horário que o delegado sempre saía pra casa então nós aproveitamos a oportunidade que tínhamos.

Até pensamos em invadir a casa dela mas não tinha como, tinha polícia pra todo lado e a Becca descobriu que tinha até uns capitão do exército, é esse delegado não era pouca coisa mas agora ele não é mais um problema.

Já estava em todos os jornais a notícia da morte dele e isso sim era motivo pra gente comemorar com esse homem morto muitos dos nossos problemas estavam resolvidos.

Mas enfim me arrumei e meti o pé de casa, meus pais nunca tavam em casa pela manhã porque depois de velho eles resolveram virar um casal fitness e saem todas as manhãs pra caminhar. Eu ri bastante dos coroa mas também dou todo apoio pra eles, depois que o Breno morreu foi difícil pra todo mundo mas pra eles foi do caralho afinal era o filho deles. Sempre que eles invetam essas atividades aleatórias eu incentivo, é bom pra eles manterem a cabeça ocupada.

Dei um pulo na boca pra falar com o NT que é meu braço direito em tudo que envolve o morro, se não fosse esse cara eu não dava conta de cuidar do morro e trabalhar diretamente com o Nando. O NT resolve os b.o. do dia-a-dia mas se o caldo engrossar eu venho aqui dar o meu veredito.Troquei uma idéia rápido com ele e tava tudo na paz, a contabilidade certinha e tudo no seu devido lugar.

Me despedi dos moleque e fui pra casa do Nando, o velho já deve tá ficando maluco que nem eu e nem a Helô chegamos e quero só ver o piti que ele vai dar quando souber que a Helô não vai nem aparecer hoje. Ela me avisou quando me ligou mais cedo que ía passar o dia em casa pra cuidar do moleque dela e eu dei todo apoio, lembro que quando eu era moleque e ficava doente só queria ficar com a minha mãe.

Quando cheguei na casa do Nando tava tudo em ordem fora ele que tava sempre fora da casinha, o homem é doido e difícil a beça de lidar mas eu amo ele de qualquer forma. Tenho um carinho gigantesco por ele e sei que é recíproco, ele faz a pose dele mas sei que me ama.

Nando: até que fim né? Pensei que o gostosão não ía vir hoje. - fala debochado.

Pedro: cê acha? - sorri e levantei a camisa - Gostoso pra caralho mesmo.

Nando: ah Pedro vai se fuder. - eu ri - cadê a Helô? Pensei que ela fosse vir com você.

Pedro: ela não vem hoje.

Nando: que? Já não basta ontem ela não ir pra missão...

Pedro: filho dela tá doente, ela tá cuidando dele.

Nando: você defende demais a Heloísa, até quando ela é irresponsável você fica passando a mão na cabeça dela.

Pedro: irresponsável? Ela foi cuidar do filho dela caralho. Vai dizer que você não faria o mesmo? - ele fica calado. - Eu disse pra você que a Helô pode até gostar dessa vida, da grana, do poder... mas isso daqui nunca vai ser uma prioridade pra ela.

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