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Capítulo 87

Heloísa

No momento eu não conseguia pensar em mais nada além da minha filha, quando a Cida chegou em casa desesperada chorando e pálida, eu entrei em pânico total, assim que ela falou o que tinha acontecido eu saí igual uma louca com o Azevedo atrás da nossa pequena e agora já faziam horas que nós não tínhamos nenhuma notícia e eu tô completamente apavorada.

Eu sabia que tinha que me manter a calma pelo meu bebê mas não dava, era minha filha longe de mim e com uma lunática que eu não faço ideia do que ela quer com a minha menina.

Nesse exato momento nós chegamos no endereço que o amigo da Nayara afirmou que elas estavam e nem era tão longe, era uma casa bem simples numa espécie de divisa do morro.

Nando: não é querendo desmotivar não mas isso aqui tá muito fácil. - fala pegando a arma pra descer do carro.

Azevedo: Vanessa é burra, ela não pensa muito não.

Vivi: mesmo assim fica todo mundo ligado.

A tropa toda foi descendo dos carros, cada um com sua arma e em suas respectivas posições. O Azevedo foi o primeiro a entrar na casa dando um chutão na porta, nós fomos entrando na casa que tava absolutamente silencioso ou seja sem ninguém.

Azevedo: porra! - dá um soco na parede - Liga pra esse Denis aí e avisa que se ele não quiser morrer é bom ele me dar o endereço certo.

A Tabata saí pra ligar pro Denis e eu suspiro tentando me acalmar mas é impossível, só consigo pensar na minha filha com a doida, não conheço essa Vanessa mas pelo o que o Azevedo me falou ela é capaz de qualquer coisa.

Tava divagando nos meus pensamentos quando a Tabata voltou.

Tabata: elas saíram pouco antes da gente chegar. - ela mostra um vídeo no celular da Vanessa saindo daqui com a Mali no colo aparentemente dormindo.

Azevedo: ela foi pra onde?

Tabata: ela foi pro matagal aqui perto então provavelmente ela esteja naquela galpão abandonado.

RL: e por que ela parou aqui?

Vivi: ela queria que a gente viesse aqui, tem alguma coisa nessa casa. - fala olhando ao redor.

Azevedo: vasculhem tudo com cuidado, pode ser uma bomba.

Tati: gente pelo amor de Deus onde é que essa doida ía arranjar uma bomba?

Azevedo: Vanessa é bandida, é burra mas é bandida, ela arruma uma bomba muito fácil.

Dito isso todo mundo começou a revirar a casa atrás de alguma coisa e aparentemente não tinha nada, até que o telefone fixo da casa começou a tocar e todo mundo se encarou assustado.

Tati: atende

Helô: e se a bomba for acionada?

Tati: tem bomba nenhum aqui gente, dá licença. - tira o telefone do gancho ouvindo um "não" coletivo.

Todo mundo tava um pouco apavorado mas pra graça divina não aconteceu nada, a Tati olhou pra gente debochada.

Tati: eu disse.

Azevedo: me dá essa merda. - puxa o telefone da mão dela. - Cadê a minha filha? - pergunta grosso. - Sua o caralho, você já abriu mão dela a muito tempo. Bora Vanessa, eu não tenho o dia todo não. - ele se cala e logo volta a falar - Quanto é que você quer?

Suspiro e me aproximo do preto pra tentar ouvir a conversa dele com a maluca mas não tive muito sucesso.

Azevedo: Um milhão? Cê tá chapando né Vanessa? Não tenho todo esse dinheiro assim não. Alô? Alô? Vagabunda do caralho! - taca o telefone na mesinha puto. - Eu vou matar essa desgraçada, desmembrar ela inteira, não vai sobrar um pedaço pra contar história.

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