A Droga Do Desejo.
A Paixão É Inimiga Da Apatia....
— O que é isso Maria Vitória? Perguntei para ela.
— Surpresa. Ela disse.
Coloquei o blazer no encosto da poltrona branca e sentei nela.
Passei as mãos no rosto e respirei fundo.
— De onde você conhece o Elias? Perguntei para ela.
— Quando eu estava no primeiro ano do médio, ele estava no terceiro, nós andávamos juntos, éramos do mesmo grupinho. Ela respondeu.
— O que ele era para você? Perguntei.
— Um amigo. Ela respondeu.
— Um amigo não toca do jeito que ele tocou você. Falei e olhei para ela.
Ela franziu a testa e sorriu.
— Endrick, olha para nós dois, todo mundo fala que você é meu amigo e eu sou sua amiga, mas olha nós. Ela falou com exasperação.
— Está defendendo ele? Perguntei.
— Não, só estou tentando dizer que eu não posso controlar a mão, ou o que quer que seja dos outros, porque se fosse o caso, você não estaria sentado nessa poltrona me olhando de longe. Ela falou e sentou na cama.
— Eu vou tomar banho. Falei e segui para o closet.
Entrei no banheiro e tomei uma ducha demorada.
Enrolei a toalha na cintura e fui até o espelho, olhei para meus olhos e a lembrança fresca de poucos minutos atrás surgiu na mente.
— Qual é o seu problema? Perguntei para mim mesmo.
Fitei meus olhos no espelho e respirei fundo.
Saí do banheiro, coloquei uma calça moletom e entrei no quarto.
Maria Vitória já estava deitada na cama de costas para a porta do closet, estava coberta pelo lençol, deixando apenas seus ombros amostra.
Deitei ao lado dela e abracei seu corpo.
— Me desculpe. Falei para ela.
— Isso não importa mais. Ela disse e sua voz estava tristonha.
Virei seu corpo para mim e vi as lágrimas deslizando por seu rosto.
Beijei seu rosto e sequei suas lágrimas.
— Eu fui rude com você, me perdoe. Falei para ela me sentindo um lixo.
— Eu fiquei tão determinada a ter você que nem me perguntei se você me queria. Ela falou com os olhos tristes nos meus.
— É claro que eu quero, mas eu acho que nós estamos indo rápido demais. Falei para ela, mesmo sabendo que nosso tempo juntos parecia uma vida toda.
Um sorriso triste surgiu em seus lábios e ela fungou.
— Parece que eu conheço você a vida inteira. Ela disse.
— Eu estava pensando a mesma coisa, parece que conheço você a uma vida. Falei para ela.
Seus olhos entristeceram novamente e as lágrimas deslizaram pelas têmporas.
— Me beija. Ela pediu.
— O quê? Perguntei surpreso.
— Me beija e me aperta forte. Ela pediu e colocou uma de suas mãos na minha nuca.
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A Droga Do Amor (Pausado)
RomanceAo que parece quando a vida me deu limões eu espremi nos olhos. Eu devia saber que era um grande problema se envolver com aquela ruiva doida, mas não se manda no coração. A quem diga que amores novos curam feridas velhas, mas eu e ela fomos bem dife...