Capítulo 4

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Ele sorriu e pegou minha mão. Eu devia ter puxado de volta, mas não me pareceu nada demais, enquanto ele parava em frente a um barco.

— Você tem um barco?

— Meu pai tem. — Ele pulou para dentro e estendeu a mão.

Hesitei por um momento.

Ah, nossa. Eu ia mesmo fazer aquilo? Ir para alto mar com Nolan?

Sim, eu ia, me dei conta quando pulei dentro do barco e fiquei observando Nolan preparar o barco para partirmos.

E, simples assim, observei a marina e a terra firme ficando para trás, enquanto o mar se abria à nossa frente.

E tive a assustadora impressão que deixava para trás também toda minha sensatez.

E eu devia estar com medo. Mas me vi sorrindo de volta para Nolan quando ele sorriu pra mim.

Meia hora depois, ainda estávamos velejando mar adentro. Sentia o vento no meu rosto e os pingos de água respingando na minha pele.

De repente Nolan parou o barco e se aproximou.

— Como eu prometi.

Ele olhou para o céu e eu fiz o mesmo.

E lá estava, as nuvens se abrindo. O céu azul e um raio de sol atingiu minha pele como uma carícia.

— Não acredito — murmurei fechando os olhos e levantando meu rosto — É mesmo perfeito.

— Sim, perfeito.

Abri os olhos e ele estava me fitando.

Eu desviei o olhar.

Então, para meu espanto, ele começou a tirar a roupa.

Mas o quê?

— O que está fazendo?

Ele riu, abrindo a camisa e eu sabia que devia desviar o olhar, mas não consegui.

Havia tatuagens ali. Em seu peito. Em suas costelas. Em seus braços.

— Se tem sol, vamos aproveitar.

— Tirando a roupa?

Em resposta, ele tirou a calça e desta vez desviei o olhar, não sem antes notar que ele usava uma cueca boxer preta.

Caramba, isso não estava acontecendo.

— Vamos, tire a roupa também.

— Nem pensar — Abracei meu próprio corpo, como se Nolan fosse agarrar minhas roupas, um conjunto de moleton branco, e tirá-la ele mesmo.

Mas ele se deitou.

— Vem aqui.

— Estou bem onde estou.

— Deixa de ser boba. Vem aqui e curta o sol. Não era isso o que queria?

Eu suspirei e abri o livro de biologia.

— Não te trouxe aqui para estudar, Amanda — ele disse entre incrédulo e divertido.

— Mas eu preciso.

— Você é... singular.

Ignorei suas palavras e tentei ler

Era bem difícil me concentrar. Com o sol me chamando e estava começando a sentir calor.

E Nolan Percy estirado ao meu lado.

De repente mãos impertinentes surgiram fechando o livro e retirando-o de mim.

Se arrependa de mimOnde histórias criam vida. Descubra agora