Capítulo 7

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De algum recanto escondido de minha mente confusa e alcoolizada, eu tinha essa consciência. Que a boca sobre a minha, doce, quente, úmida, era a de Nolan.

Mas era uma parte bem pequena da minha consciência, porque eu estava além de qualquer pensamento coerente.

Era como se tudo se resumisse às sensações.

Deus, quantas mãos ele tinha? Parecia que estavam por toda parte, por cima da minha roupa. Quando ele tocou meu rosto, eu tinha me perguntado o que sentiria se aqueles dedos estivessem em outras partes do meu corpo.

Agora eu sabia. Era como se houvesse brasa e me queimava.

Mas era bom. Deliciosamente intoxicante. Como seu cheiro, que aspirei, inebriada, como seu gosto, que eu sentia em minha língua.

Gemidos trêmulos e inéditos escapavam dos meus lábios, enquanto eu passava minha perna por seu quadril, e foi a vez dele gemer, a boca se apartando da minha para traçar um caminho por meu rosto, meu queixo, meu pescoço.

Meus dedos torciam seus cabelos e eu o trazia ainda para mais perto, mas não era mais suficiente.

Precisava desesperadamente de mais. Algo doía dentro de mim. Muito.

Então, levei minhas mãos até a barra da sua camisa e a tirei. Nolan usava apenas uma camiseta branca e eu a tirei também. Meus dedos espalmaram em seu peito e seu coração batia no mesmo ritmo que o meu.

Nossos olhares se encontraram por um instante.

E eu vi a mesma fome que havia em mim.

Sim, ele sentia o mesmo.

O rico, lindo, perfeito Nolan Percy estava ali comigo.

E ele queria o mesmo que eu.

Talvez querer não fosse a palavra certa.

Necessitar. Desejar. Precisar.

Era algo além de qualquer razão.

Meu corpo estava tremendo. Ardendo.

Desejando.

Ele levantou a mão e seus dedos tocaram meus lábios.

Eu ofeguei, perdida.

Algo se enroscando dentro de mim, começando na boca do meu estômago e descendo para meu baixo ventre e mais além.

E sem pensar eu me apertei mais contra ele, nossos quadris se buscando e arquejei.

Era isso. Fechei os olhos, deixando a pura onda de desejo me traspassar.

— Amanda... — Sua voz era como música.

Eu não sei se ele me chamou, ou me avisou de algo. Ou apenas disse meu nome como eu queria dizer o dele.

Eu queria apenas que ele não parasse nunca de fazer o que estava fazendo. Senão eu morreria.

E voltei a beijá-lo. Com uma fome redobrada.

Agora não tinha volta. E quem queria voltar?

Eu não era mais quem eu sempre fui.

A filha do pastor. A virgem sem graça.

Eu era a Amanda do Nolan.

Nolan gemeu roucamente, me beijando de volta e lá estavam aqueles dedos por baixo da minha blusa, subindo e tocando meus seios.

E eu parei de beijá-lo e tirei a minha própria blusa de qualquer jeito e seus dedos buscaram meu sutiã.

E quando ele me olhou, era como se eu fosse algo de comer e isso me deixou ainda mais perdida.

Se arrependa de mimOnde histórias criam vida. Descubra agora