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Em Conflito - Capítulo 13 e Extra! - capítulo 13

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Takafumi estava em desespero. Tinha perdido Yue, mas será que realmente algum dia o teve? Ele já não sabia. Talvez tudo tivesse sido armado pelo menor desde o começo, a pior vingança de todas, dar-lhe esperança e depois abandoná-lo.
T

alvez o "eu te amo" que ele vinha dizendo ao marido durante esse tempo não fosse nada que uma piada para ele. Será mesmo que o que eles viveram até agora tinha significado algo para Yue? Takafumi não sabia e realmente não queria saber, queria permanecer com a ilusão de que sim, que tudo que eles tinham vivido tinha sido real não apenas uma piada. Queria pensar que durante um tempo foi capaz de fazer o outro feliz, que ele, Yue e o filho deles mesmo que apenas por um minuto tinham formado uma família.
Ele já estava quase na garagem da mansão e estava tão perdido que nem sequer ouvia seu nome ser chamado, só percebeu que tinha alguém atrás de si quando olhou para trás e viu Yue, vermelho e arfante correndo atrás dele.
- Yue... - murmurou Takafumi correndo de encontro ao menino que ao ver o marido se aproximando parou de correr, exausto. - O que você está fazendo Yue? Não deveria estar correndo assim.
- Cala a boca! Eu é que pergunto o que você está fazendo. Que negócio foi aquele de "cuide bem dele" que você falou para o Akira? Por acaso estar querendo abandonar a sua responsabilidade? - Disse Yue num fôlego só, ainda tentando se recuperar da corrida.
Yue tinha tomado a sua decisão e ido atrás de Takafumi. Não podia mais se enganar, amava aquele bad boy idiota, a muito já tinha perdoado o que Takafumi tinha feito só tinha medo de admitir e acabar sofrendo novamente.
- Mas eu pensei...
- Pensou errado seu idiota que só tem moto na cabeça. - Brigou Yue. - Eu... Só estava falando para o Akira como ele é um 'amigo' especial na minha vida.
Takafumi sorriu, um sorriso que Yue nunca pensou ver naquele rosto sempre tão sério.
- Na verdade há muito tempo que eu só tenho você e nosso filho na cabeça. - Disse Takafumi ampliando o sorriso. - Eu te amo Yue.
- Para de me olhar assim, com essa cara de bobo. - Disse Yue um pouco constrangido pelas palavras e olhar apaixonado que Takafumi lhe lançava. - Por sua causa agora estou exausto.
- Então eu tenho que resolver isso! - Disse Takafumi pegando o menino no colo. Fazendo Yue espernear e brigar um pouco, mas depois acabar aceitando.
Takafumi não podia estar mais feliz. Ele podia não ter escutado um eu te amo, porém Yue estava sim dando uma grande chance ao relacionamento deles. Ele sabia que agora realmente o casamento deles estava começando de verdade.
- Ei, Takafumi, o que você está fazendo? - Perguntou o menor ao entrar em casa e não ser depositado no chão. O maior continuou seu caminho, subindo para o segundo andar depois de ver que Akira já não estava mais ali.
- Bem, achei que talvez pudéssemos comemorar em grande estilo o começo de uma nova fase em nossa vida. - Respondeu Takafumi entrando no quarto com Yue. - Mas só se você quiser.
Yue olhou para a cama e corou. Estava acostumado a ter sexo com Takafumi ali, naquela mesma cama, contudo agora seria diferente, eles não fariam apenas sexo. Agora existia amor de ambas as partes.
- Sim... Eu quero.
Takafumi sorriu e depositou Yue na cama com delicadeza sentando-se beijando o menor com carinho sendo igualmente correspondido. Enquanto se beijavam ele levou a mão à barriga do menino acariciando como se estivesse tocando diretamente seu filho.
- Yue... Obrigado. - murmurou Takafumi quando o beijo acabou. - Obrigado por me perdoar. Eu sei que não mereço...
- Shii... - murmurou Yue. - Eu também fiz coisas horríveis com você, mas estou disposto a esquecer tudo. Esquecer o tipo de homem que um dia você foi e o tipo de pessoa que eu estava me transformando. Quero esquecer tudo que aconteceu no passado e tentar recomeçar. Não só por você, mas por mim e por nosso filho também. Se vamos conseguir superar o passado e darmos certo ou não, descobriremos com o tempo mas por enquanto eu quero tentar.
- Oh! Yue, obrigado por essa chance. Eu te amo.
- Por nada. Eu sou um homem caridoso Takafumi, mas não vá esperando ter moleza não.
Os dois riram e voltaram a se beijar agora de forma mais intensa, se explorando com intensidade. Yue chupava a língua de Takafumi, depois a enfiava na boca do maior instigando a língua do marido a se mover com a sua.
Takafumi não se faz de rogado e correspondeu a todos os desejos do seu pequeno. Sendo mais ousado o maior subiu sobre o corpo do menino ficando de quatro sobre o menor e levando as mãos a blusa de Yue que já estava parcialmente levantada ele a retirou desconectando os lábios somente para retirar a peça, logo voltando a grudarem as bocas. O maior então levou suas mãos ao peito do menor, e os mamilos ainda mais sensíveis devido a gravidez foram acariciados.
Yue gemeu separando as bocas. Ambos já sem ar. Então o maior guiou seus lábios ao pescoço do menor beijando, lambendo e chupando deixando rastros de sua passagem e fazendo o menino suspirar baixinho entre gemidos de contentamento.
O menor também não ficou parado. Queria tocar Takafumi. Todas as vezes que eles tinham se deitado juntos era sempre o outro a acariciá-lo e ele estava curioso e desejoso de conhecer os contornos do corpo firme e tonificado do marido. Mãos pequenas e curiosas então se infiltraram pela camisa do maior acariciando a cintura, barriga e tórax durinhos subindo para o peito forte resvalando os dedos sobre os mamilos do outro, depois repetindo todo processo, só que descendo, depois indo para costas fortes subindo novamente até alcançar os ombros onde do marido onde fincou as curtas unhas. Takafumi gemia baixinho pela carícia enquanto continuava degustando o pescoço de Yue, marcando a pele branca de ambos os lados.
Logo as mãos de Yue ousaram mais e desceram para as calças do Minase enfiando as mãos ali, brincando com o volume desperto do marido ouvindo o outro gemer rouco em seu ouvido.
Takafumi se deixou levar pelas carícias oferecidas, mas logo passou a tocar Yue do mesmo modo, colocando a mãos por dentro das calças do outro. Em instantes eles chegaram ao auge, um gozando nas mãos do outro, mas ainda não estavam satisfeito, precisavam de mais contado, o contato dos corpos era tão essencial no momento como o ar que respiravam.
Estavam confirmando, sentindo e comemorando o amor mutuo, pois Takafumi pode não ter ouvido um eu te amo de Yue, mas ele sentia que o menino o amava e que um dia escutaria essas palavras tão desejadas.
Livraram-se das roupas com pressa e Takafumi se dispôs a preparar o menino com calma e paciência e quando eles finalmente se uniram foi sublime, tão diferente das outras vezes e infinitamente indescritível.
O maior se movia em ritmo lento, deitados ambos de lado por causa da barriga avantajada do menor faziam amor enquanto os lábios permaneceram colados, só se separando para buscarem ar, logo voltando a se encontrarem até que não aguentaram mais. A felicidade e o prazer da união não somente dos corpos, mas também das almas era tanta que chegaram aos seus ápices, juntos, Takafumi mais uma vez dentro de Yue e o menino nas mãos do marido.
Mesmo após o termino os dois continuaram abraçados se beijando e tocando, ainda intimamente conectados até que Takafumi finalmente saiu de dentro do menino e se deitou na cama relaxando pela primeira vez depois de fazer sexo com Yue.
- Eu não vou ter que ir embora hoje não é? - Perguntou Takafumi só para provocar com um pequeno sorriso no rosto.
- Claro que não seu idiota. - Brigou Yue dando um soco no braço do marido e depois se aconchegando nos braços dele. - Nunca mais.
- Ai... - reclamou Takafumi pelo soco mais sorriu feliz com as palavras do menino e se sentiu realizado quando ele se aconchegou em seu peito e adormeceu. - Agora sim a nossa vida de casados começa.
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Realmente a partir dali o casamento dos dois começou de verdade. As coisas mudaram muito na vida não só do casal mas de todos a sua volta. Os dias e meses passaram rápido e não demorou muito para Takafumi ouvir as palavras que sonhava e ansiava ouvir de Yue. Elas vieram exatamente no dia que Yuri, o filho do casal nasceu. Foi logo depois do parto quando a pequena família estava reunida no quarto do hospital que o menino falou pela primeira vez que amava Takafumi e que estava feliz em ter dado aquela chance a família deles que finalmente agora estava completa.
Desde então muita coisa aconteceu.
Toshio tinha dado o golpe de misericórdia nas empresas da família e assumido a presidência. Ao contrário do que ele imaginava o pai não se importou e depois do nascimento do neto Hajime e Akane forma viajar em uma segunda lua de mel, idéia de Takafumi que não aguentava mais escutar os gritos e gemidos dos pais que passaram a se relacionar 'melhor' depois da aposentadoria.
Road deu uma grande surpresa para família quando anunciou que ai casar com um homem 30 anos mais velho que ela, um político poderosos da cidade, mas o que todos não sabiam é que mesmo noiva ela mantinha um caso com o chofer da família Minase.
Sobre Takafumi e Yue eles estavam bem, pois o amor existente entre eles era real e concreto. Yue tinha tido um lindo bebê de cabelos e olhos pretos, um menininho chamado Yuri mas infelizmente para Takafumi ele não era um tal Neo.
A relação deles não tinha mudado muito. O menor mostrou que aquela parte mandona dele não era apenas vingança, aquilo fazia parte de sua personalidade e Takafumi já estava acostumado. O menor era o "homem" da casa mesmo sendo ele que ficava por baixo na hora da intimidade. Fato que não incomodava o casal, muito menos aquele contrato feito no inicio do casamento que ainda era muito válido, porém Yue não queria saber mais de vingança, somente de amar e ser amado.
Takafumi estava se dedicando a faculdade de administração e juntos ele e Yue pretendiam expandir o negócio assim que Yuri crescesse um pouco. Hikaru se tornaria sócio, mas infelizmente Akira estava indo embora do país com o noivo Aaron.
- E então? Vocês vão se casar antes de irem para frança? - Perguntou Yue a Aaron que estava sentado na cadeira de balanço com um Yuri que estava com um mês, nos braços.
- Nós... - Aaron corou sem saber como contar o que queria.
- Vamos nos casar sim. O Aaron está esperando um filho. - Disse Akira feliz.
- Akira seu pervertido, não acredito que você abusou do Aaron! - Gritou Yue assustando Yuri que começou a chorar. Takafumi olhou de modo reprovatório para o marido que corou e fez menção de pegar o filho, porém Takafumi foi mais rápido e pegou Yuri dos braços do desajeitado e nervoso Aaron que tentava falar, mas se embolava todo de nervosismo.
Yue sorriu tanto pela cena que Aaron protagonizava quanto de Takafumi ninando e acalmando Yuri. Incrivelmente o marido tinha mais jeito com crianças do que ele próprio.
- E-ele n-não abusou...
- Eu sei Aaron. Só estava brincando com vocês. - Disse Yue. - Você parece um bobo Akira, está muito animado com a idéia de ser pai?
- Sim estou. Estou muito feliz com o casamento e com o nosso filho. Espero que ele seja tão lindo quanto o Aaron.
Aaron corou porém nem pôde falar nada pois Hikaru entrava como um furacão na casa.
- O que foi Hikaru? Fugindo do Toshio novamente?
Hikaru bufou e balançou a cabeça em afirmativa. Toshio era como um carrapato, não o deixava em paz e era ciumento como um cão. A relação deles tinha passado de uma brincadeira para algo sério quando Toshio o pediu em casamento a alguns meses atrás mas o loiro tinha alergia a casamentos, não queria se prender daquela forma a ninguém mesmo que amasse muito Toshio.
Depois de recusar o pedido seu inferno começou e só conseguiu parar com o drama de Toshio quando aceitou assinar um contrato de fidelidade. Mesmo assim o namorado era insuportavelmente ciumento, contudo eles ainda continuavam sendo perfeitos um para o outro, pois apesar de dizer que não gostava de ser perseguido por aí por Toshio, Hikaru gostava sim e muitas vezes ele que ia atrás do outro provocá-lo e todos sabiam que eles eram totalmente loucos um pelo outro.
- Por que vocês não se casam logo de uma vez?
- Eu não quero me prender a ninguém. Sou um passarinho livre e....
- Eu adoraria cortar as asas desse passarinho. - Disse Toshio entrando no quarto de Yuri. O loiro nem teve tempo de dizer nada, foi arrastado por Toshio de volta a mansão deixando todos rindo, pois eles sabiam que apesar de fingir que não, o loiro gostava daqueles joguinhos de gato e rato e todos ali presente tinham certeza que muito em breve Hikaru seria membro da família Minane afinal Toshio estava trabalhando muito duro para aquilo e quando um Minase quer, um Minase tem.
E a vida deles se resumia a isso. Não eram 100% felizes ou perfeitos. Yue era mandão e Takafumi explodia as vezes mas nunca mais levantou a mão para o marido ou fez algo para machucá-lo ou magoá-lo. Akira estava partindo, mas ninguém estava triste, ele estava indo estudar ao mesmo tempo em que iria formar sua própria família. Estava construindo sua própria felicidade assim como Hikaru e Toshio o casal mais maluco e apaixonado de todos os tempos. Todos eles formavam uma estranha e grande família.
Yue agora era um Minase, e inacreditavelmente estava feliz com isso. Estavam felizes cada um do seu jeito e o que começou como uma história de dor estava tendo não um final mas um recomeço cheio de amor, amizade e sinceridade. Um novo inicio com uma verdadeira revolução naquela família. A nova família Minase.
Extra
O som de gemidos e pequenos gritos enchiam a casa outrora silenciosa, tal barulho provinham dos dois corpos deleitados em prazer que no chão da sala se entregavam a paixão. Os corpos em questão estavam encaixados e iluminados belamente pelo pisca-piscada árvore de natal que enfeitava o local, totalmente perdidos em prazer.
− Yue... - Rosnou Takafumi em uma voz gutural, enquanto investia contra o corpo do homem que amava.
− Taka... fumi. - Gemeu entre suspiros Yue, enquanto se agarrava as costas suadas do homem em cima de si, arranhando a pele levemente bronzeada do marido, ao mesmo tempo em que, levantava suas ancas aprofundando a penetração do membro do seu marido em seu corpo ardente.
− Estou... - Anunciou Takafumi, aumentando o ritmo da estocadas, deslizando sobre Yue mais rápido e mais forte, pronto para mais uma vez se deixar levar pela paixão e derramar a essência do amor e prazer que obtinha somente com o homem embaixo de si.
− Eu também... - Soluçou Yue, enquanto agarrava-se mais ao marido, sonhando, desejando chegar ao auge do prazer. Seu corpo necessitado endureceu mostrando que estava pronto para liberta-se e entregar-se ao prazer. Sua boca se abrindo pronta para um externar seu prazer, porém seu grito de alívio foi interrompido por um bem mais alto e profundo. Yue arregalou os olhos sentindo o marido endurecer parando todo o movimento enquanto praguejava baixinho em seu ouvido.
− Só... continua. - Choramingou Yue. - Por... - Sua fala foi interrompida por mais um grito estridente, junto com um choro absurdamente alto.
− Não posso. - Ditou Takafumi retirando-se de Yue com cuidado.
Yue viu com infelicidade e um choramingo seu marido sair de cima de si.
Com um simples beijo no canto dos lábios do Tal Neo, Takafumi apressadamente colocou a calça jeans que ele havia descartado minutos antes, pegando também a blusa que Yue estava usando anteriormente, ele enxugou um pouco do suor do corpo. Sem coragem de olhar para o lindo homem nu e frustrado espalhado no chão da sala o Minase correu para o quarto do filho.
Com um muxoxo, Yue ouviu o marido tentar acalmar o filho deles que berrava a plenos pulmões seu desgosto. Erguendo-se do chão ele começou a se vestir novamente, olhando para o seu membro ainda duro e exigente como se ele fosse um bicho prestes a atacá-lo, ignorando o incomodo de sua ereção, Yue vestiu sua cueca e a camisa que Takafumi havia descartado e foi para cozinha, sabendo por experiência própria que Yuri não os deixaria voltar para as "atividades" anteriores tão cedo. Dando de ombros ele começou a preparar uma mamadeira para o filho preparando-se para juntar-se aos homens da sua vida em um tipo de atividade totalmente diferente da que estava praticando antes, porém não menos prazerosa.
***
Yue observava com um alarmante nível de felicidade a sala de sua casa ser praticamente destruída por seu marido e filho. Takafumi sempre parecia voltar a sua época de infância quando brincava com o filho deles: Yuri, de dois anos, mas hoje a brincadeira estava mais destruidora que de costume, fazendo Yue se perguntar da onde o marido tirava tanta energia. Depois do pequeno interlúdio amoroso deles ser tragicamente interrompido pelo apelo de Yuri ontem à noite, ele e Takafumi tinham passado metade a madrugada acordados a entreter o filho que se recusava a voltar dormir, e agora com menos de seis horas de sono, ali estava Takafumi, rolando pelo chão com o filho.
Um estrondo particularmente alto despertou novamente a atenção de Yue para as "crianças" na sala, o leve sorriso que adornava seus lábios desaparecendo quando ele se deparou com o estrago. O primeiro sentimento que se apossou de Yue foi o temor de que suas pessoas mais preciosas estivessem machucadas mas quando viu seu marido erguendo-se do chão com o filho no colo, onde agora a árvore de natal da família estava espatifada, sem nenhum dano e com as expressões mais culpadas do mundo, outro tipo de sentimento inundou o coração de Yue. Ele olhou mais uma vez a árvore de natal destruída, a mesma árvore que tinha testemunhado a falha tentativa do casal de fazer amor, e então suspirou, engolindo a frustração e aborrecimento, aquele acontecimento só reforçando a decisão que havia tomado na noite passada após ter sido deixado chupando dedo pelo marido.
− Desculpe amor... acho que...
− Fez besteira? - Yue terminou a fala do Marido. - Quando é que você não faz Takafumi? - Questionou pondo as mãos no quadril e erguendo uma sobrancelha em questionamento.
− Foi culpa do Yuri papi... não fica bravo com Fumi. - Pediu aflitamente o filho do casal.
− Papai, me chame de papai, não Fumi, Yuri. - Amuou ainda mais Takafumi mediante as palavras do filho fazendo Yue rir ao ver o marido tão frustrado quanto ele, mesmo que fosse por motivo diferente.
− Enquanto você continuar a corrigi-lo ele nunca vai te chamar de pai. - Declarou Yue em meio ao riso. Ele sabia que Yuri era muito novo para isso mas às vezes achava que o filho fazia de propósito para chatear Takafumi.
Antes que Takafumi pudesse retrucar eles ouviram alguém bater na porta ao mesmo tempo em que uma cabeça aparecia por entre a mesma.
− Vovô! - Gritou o pequeno Yuri se debatendo no colo do pai até Takafumi o larga-lo, então o menino correu até o avô parado na entrada da sala.
− Você demorou séculos para me chamar de pai Takafumi, até seus cinco anos eu era Jime. - Declarou o homem mais velho, mostrando que tinha ouvido a conversa anterior. − Parece que seu filho é tão teimoso quanto você.
− O que está fazendo aqui? - Perguntou Takafumi estreitado os olhos para o pai de forma desconfiada.
− Takafumi! - Yue repreendeu o marido. - Onde está sua educação?
− Você não contou a ele não é Yue? - Perguntou Hajime erguendo Yuri que pedia colo.
− Contou o que? - Questionou o Minase mais novo.
− Estou levando Yuri para passar o final de semana comigo. - Desdenhou Hajime.
− O quê? - Gritou Takafumi, erguendo os braços. - Venha para o papai Yuri, vamos continuar brincando.
− Não! Yuri quer vovô - Berrou o menino enfiando o rosto no pescoço do avô que sorriu presunçosamente para o filho.
Yue ignorou o audível muxoxo do marido e a acalorada discussão que se iniciou entre pai e filho. Indo até o quarto de Yuri, ele voltou segundos depois com uma bolsa que entregou ao sogro.
− Obrigado Hajime por levá-lo para o final de semana. - Agradeceu Yue. − Se comporte e obedeça ao vovô, Yuri.
Yuri balançou a cabeça em afirmativa quase saltitando no colo de Hajime que, abriu um grande sorriso e virou as costas agradecendo a Yue.
Yue sorriu, observando a interação animada ente avô e neto, pensando em como as coisas tinha mudado nos últimos anos. O moreno nunca imaginou que teria um relacionamento tão profundo com o sogro, o homem que ele um dia odiou tão profundamente, ao ponto de entregar seu bem mais precioso nas mãos de Hajime.
− O que você fez? - Perguntou Takafumi como se Yue tivesse entregado o filho deles aos braços da morte.
− Yuri vai passar o final de semana na casa de praia com o avô, qual o problema nisso? - Perguntou Yue ignorando o drama do marido. Sabia que Takafumi morria de ciúmes de Yuri com o avô, mas se ele quisesse um pouco de privacidade com o marido tinha que apelar.
− Qual o problema? Qual o problema? - Exaltou-se Takafumi.
− Escuta aqui Takafumi. - Falou Yue de forma ferina estreitando os olhos vermelhos para o marido. - Yuri vai sim passar o final de semana com o avô enquanto você fode a merda fora de mim.
Takafumi abriu a boca em um "o" perfeito. Ouvir Yue falar aquele tipo de obscenidades era surpreendentemente excitante para o Minase.
− Faz três meses que a gente não consegue transar. - Desabafou o moreno. - Yuri sempre acorda no momento errado ou então sua família ou a minha atrapalha. Você pode falar, reclamar o quanto quiser, mas com sua mãe, irmão e meu primo viajando eu tinha que dar um jeito de me livrar do seu pai, então sim, entreguei Yuri para passar o final de semana com o avô e...
Takafumi praticamente pulou no pescoço de Yue o reivindicando em um beijo profundo. Adorava quando seu homem ficava zangado e falava sem parar daquele jeito.
Quando eles se separaram Yue viu que o marido tinha esquecido tudo sobre Yuri ou Hajime, tudo que importava ao outro era eles e aquele momento. Recuperando o ar perdido pelo beijo intendso Yue continuou:
− Eu vou trabalhar agora, quando voltar para casa essa árvore vai estar concertada e nós vamos continuar exatamente de onde paramos na noite passada.
− Temos mesmo que esperar até a noite? - Ronronou Takafumi com a voz rouca de desejo.
− Infelizmente sim. - Lamentou Yue pensando na reunião para expansão do seu negócio que ele tinha que comparecer, sua voz saindo tão cheia de desejo quanto a do marido. - Mas vai valer a pena a espera, prometo. − Sussurrou o Tal Neo, pegando suas coisas e deixando a casa. Apesar de tudo ele não estava mais com pressa; afinal nessa noite eles não seriam interrompidos, além de terem todo o final de semana somente para os dois, coisa que não puderam desfrutar desde o nascimento de Yuri. − Hoje a noite é só nossa!
***
Hajime observava com um grande grau de interesse e diversão o seu neto tagarelar, era incrível como o garotinho com um pouco mais de dois anos falava, tudo bem que muitas das palavras eram incompreensíveis mas ainda assim era surpreendente.
− Ele não é incrível? - Sussurrou Hajime para ninguém em especial; afinal estavam só ele e Yuri no carro, contudo ele sentiu vontade de externar o orgulho que ele sentia de seu amado neto. Hajime soube no momento que pôs os olhos em Yuri que aquela criança era especial, mas nunca imaginou que cairia daquele jeito pelo neto.
− Vovô, Yuri com fome.
− O que você quer comer Yuri?
− Sovete... - Resmungou a criança feliz.
Hajime sorriu, já pensando onde teria uma sorveteria perto para parar e, mesmo sabendo que não devia, que primeiro deveria dar algo saudável à criança, era sorvete que Yuri ia ganhar; afinal, não tinha nada nesse mundo que o neto não desejasse que Hajime não daria.
− Eu tenho tanta sorte de tê-lo. Obrigado Yue, por me permitir essa felicidade. - Resmungou Hajime, mais uma vez agradecido por ter sido perdoado pelos crimes que havia cometido contra Yue e seu próprio filho.
− Papa? - Perguntou Yuri, ao ouvir o avô mencionar o nome de Yue e inteligente como era começou a procurar o pai pela janela do carro.
− Está com saudades de Yue e Takafumi? Quer voltar para casa Yuri? - Perguntou Hajime orgulhosamente.
− Yuri passear com vovô. - Declarou a criança dando um sorriso tão puro que fez Hajime sorrir também e mais uma vez agradecer a seu genro e filho o presente maravilhoso que era poder ter Yuri ao seu lado.
***
Yue não se surpreendeu ao notar a casa escura, na verdade um arrepio de antecipação tomou seu corpo com a cena que ele imaginou em sua mente. Em suas fantasias ele encontraria um Takafumi gloriosamente nu deitado debaixo da árvore de natal, com apenas as luzes coloridas pelo pisca-pisca da árvore a iluminá-lo. Pensar naquilo fez uma onda de desejo esquentar o corpo do Tal Neo e apressando o passo ele praticamente correu pra dentro de casa. O que ele encontrou não era o que esperava, mas de modo algum o decepcionou.
A árvore de natal tinha desaparecido, dando lugar um futon de casal onde o corpo nu de Takafumi estava estrategicamente espalhado, iluminado apenas pela luz de velas.
− E a árvore? - Perguntou Yue não verdadeiramente interessado, estava mais preocupado em devorar o corpo levemente musculoso do marido.
− Perda total. − Declarou Takafumi, passando a mão pelo corpo sensualmente, parando em seu membro semirrígido e o acariciando um pouco, sabendo muito bem como distrair seu homem. - Mas vou te recompensar... mestre.
Yue arregalou os olhos, mediante as palavras de Takafumi, vendo sem reação o marido rastejar até ele beijando seus pés.
− Acho que deveria te deixar mais a vontade, sim? - Questionou Takafumi.
Yue era incapaz de formar qualquer frase coerente, principalmente quando Takafumi abriu um sorriso cheio de intenções más para ele. O moreno viu, totalmente incapaz de se mover, o Minase se levantar o circulando, antes de deslizar a mão por seu peito e ir para trás dele, começando a puxar o casaco para fora do seu corpo.
Sem a tentação do corpo de Takafumi a sua frente Yue aproveitou para recuperar a compostura, mas foi só olhar ao redor que ele a perdeu novamente, ofegando alto. Além de vinho e alguns doces dispostos estrategicamente ao lado da "cama" feita pelo outro, haviam óleos, cremes, lubrificantes, camisinhas, sem contar os brinquedos sexuais, como algemas, vendas e algumas variedades de plugs anais e vibradores, mas o que surpreendeu mesmo Yue foi o chicote e coleira jogadas displicentemente na beira do futon.
− Takafumi, o que é aquilo? − Perguntou Yue, apontando os objetos, só percebendo agora que o outro homem já havia retirado metade de suas roupas e estava trabalhando no fecho de suas calças.
− Oh! - Exclamou o Minase seguindo o dedo do marido. − Você é meu mestre, meu dono Yue, nada melhor do que eu usar uma coleira para você, mas eu queria que você a colocasse em mim.
− Takafumi... − Sussurrou Yue, enquanto uma lembrança desagradável do passado deles tomava o moreno. Ele sempre se arrependeu de algumas das coisas que fez contra o homem que amava, e mesmo sem querer Takafumi tinha lhe dado uma ideia de como ele poderia se redimir. Se afastando do marido, Yue tratou de retirar o resto de suas roupas e antes de que o outro pudesse fazer algo ele foi até a coleira a pegando e colocando em si mesmo.
− Yue...
− Eu também sou seu Takafumi. - Declarou o moreno sentando-se no futon, tocando a coleira com uma mão e com a outra chamando Takafumi com o dedo para se juntar a ele.
Takafumi sorriu, sabia que certo episódio envolvendo uma coleira no passado deles ainda incomodava o moreno, por isso resolveu unir o útil ao agradável e acabar de vez com aquela lembrança ruim mostrando a Yue que ele não se importava em usar uma coleira para o marido, porém ali estava o marido o surpreendendo e encantando novamente. Aceitando o chamado de Yue com gosto, Takafumi deitou-se em cima do Tal Neo, o obrigando a deitar totalmente no futon no processo, antes de reivindicar ao moreno em um beijo profundo, explorando toda a boca de dele com fome.
− Então... vamos brincar. - Ronronou Takafumi sem ar quando o beijo teve fim.
− Depois... - Sussurrou Yue. - Agora, tudo que eu quero é você profundamente dentro de mim.
Takafumi rosnou, mas ao contrário do que Yue esperava, ele não o atacou ferozmente. O Minase apenas abaixou seus lábios beijando todo o rosto do Tal Neo com carinho, descendo para o pescoço o sugando e beijando mais vorazmente, deixando grandes marcas vermelhas e então, seguindo para o peito com mordidas e lambidas, deixando uma trilha de saliva e marcas vermelhas pelo corpo do marido que apenas gemia e se contorcia embaixo do outro homem.
− Hum... - Gemeu Yue sentindo as mãos grandes do marido se juntarem a exploração da boca talentosa, tocando as laterais de seu corpo, indo para o seu mamilo sensível o acariciando, enquanto os lábios de Takafumi continuavam o percurso pelo seu corpo, lambendo sua barriga, brincando no buraco sensível de seu umbigo e parando perigosamente perto do seu baixo ventre para a decepção do Tal Neo que gemeu amuado.
Yue pensou que Takafumi iria fazê-lo implorar, por isso tudo que ele pode fazer quando sentiu a boca de Takafumi o tomar por inteiro foi gritar. Erguendo-se em suas mãos ele se apoiou de modo a ver a boca sensual do marido subindo e descendo em seu membro, o fazendo gemer e estremecer de puro prazer, seu corpo se arrepiando inteiro quando sentiu um dedo esperto acariciando seu buraco e brincando ali, mas nunca entrando.
− Vamos lá Fumi... Não me provoque. - Pediu Yue.
Takafumi riu do desespero do marido, vendo ele choramingar, mas dessa vez ele não iria entregar os pontos tão facilmente para Yue, por isso continuou a torturá-lo, o chupando lentamente enquanto apenas brincava com a entrada apertada do outro.
− Se você não fizer isso eu mesmo vou fazer. - Falou Yue com um bico.
− Tá aí algo que gostaria de ver. - Respondeu Takafumi parando tudo que estava fazendo para o desespero do Tal Neo.
Yue bufou e empurrando Takafumi de seu caminho ele pegou um plug anal de tamanho mediano e lubrificante, espalhando uma quantidade generosa sobre o objeto; ele se pôs de quatro, abrindo ao máximo as pernas e empurrando o plug profundamente dentro de si, fazendo uma careta com a queimadura que seu ato apressado provocou.
− Yue... - Ofegou Takafumi excitado, porém preocupado. - Você enlouqueceu?
− A culpa é sua que fica brincando ao invés de me comer logo. - Resmungou Yue, vendo seu marido estremecer. Ele sabia que Takafumi ficava louco quando ele falava sacanagem e para adicionar ao tesão do marido ele começou a mover o plug, gemendo descaradamente.
− Você quer que eu te coma lindo? - Perguntou Takafumi com a voz gutural. Batendo na mão de Yue que estava com o plug, ele assumiu o controle, enfiando o objeto profundamente dentro de do Tal Neo, antes de retirar e colocar novamente, indo cada vez mais rápido e fundo dentro do outro, fazendo o moreno gritar.
− Sim fumi... Vem. - Falou Yue abrindo mais as pernas e se empalando descaradamente no plug.
− Seu pedido é uma ordem, mestre. - Declarou Takafumi arrancando plug de Yue e jogando longe. Puxando o moreno ele o virou, empurrando as pernas do marido até elas tocarem seu ombro e se enfiando entre elas, penetrou o amado em uma única estocada, se enterrando até as bolas no moreno, ouvindo o Tal Neo gritar e gozar, sujando todo o peito e parte do pescoço e queixo.
− Sinto muito querido mas não vou parar agora. - Falou Takafumi com uma careta mediante o aperto da passagem de Yue sobre seu membro. Tomando a boca do Tal Neo em um beijo faminto, o Minase começou a se mover dentro do moreno.
Yue gemeu por entre o beijo sentindo Takafumi ir profundamente dentro dele, o membro raspando sua próstata, fazendo com que o próprio pênis de do Tal Neo começasse a dar sinais de vida.
− Yue... amo você. - Rosnou Takamuki libertando a boca do marido, os dentes procurando e raspando o pescoço salgado do moreno.
− Takafumiii... - Gemeu Yue, sua ereção ganhando vida total com a declaração sussurrada de forma tão sexy e verdadeira. Circulando a cintura do marido com as pernas, o Tal Neo pôs-se a se mover junto com o Minase, rebolando contra Takafumi, seu membro duro como pedra se esfregando contra do abdômen cinzelado do maior. - Mais amor... quero sentir seu sêmen me enchendo por dentro. Me faz gozar de novo.
Takafumi rosnou e investiu mais contra Yue, totalmente disposto a realizar os desejos do outro. Mais fundo, mais forte, mais rápido, ele estava em frenesi, agarrando as pernas do Tal Neo ele o curvou mais, levantando ainda mais o traseiro de Yue, o penetrando mais profundamente, sorrindo quando viu os olhos do marido revirarem em suas órbitas, enquanto ele pedia por mais, balançando a cabeça de um lado a outro totalmente perdido em seu prazer.
Satisfeito por proporcionar prazer a Yue, Takafumi se deixou levar. Vibrando, pronto a estourar ele olhou bem no fundo dos olhos do marido, que estremeceu e abriu a boca para um grito sem som enquanto gozava entre eles, apertando Takafumi tão deliciosamente que foi impossível para ele não se deixar levar, enfiando o rosto no pescoço do marido, ele abafou seu rosnado de prazer, enquanto enchia seu marido com sua essência. Movendo-se até derramar a última gota dentro do Tal Neo ele largou o moreno, saindo lentamente de dentro do marido e deitando-se ao lado dele, suas mãos continuando sobre o corpo do menor não querendo largá-lo.
− Wow... isso foi...
− Incrível. − Completou Takafumi depois do que pareceu uma eternidade em silêncio, mas não foram mais que cinco minutos que eles usaram para recuperar o fôlego.
− Sim. - Concordou Yue. − Mas estou pegajoso. − Completou sorrindo, enquanto passava a mão por seu estômago molhado, sentindo também o sêmen de Takafumi escorrendo por sua bunda e coxas.
Takafumi sorriu, vendo o movimento da mão de Yue. Com um sorrido diabólico ele abaixou-se sobre o corpo do outro, tirado a mão de Yue do caminho ele lambeu a poça de sêmen do estômago do marido, vendo o moreno arregalar os olhos e gemer alto, o membro flácido querendo ganhar vida.
− Takafumi...
− A noite é uma criança, somos jovens e temos muitos brinquedos para usar em um tempo tão curto, então acho que temos que recomeçar agora, mestre.
Yue só pode sorrir e concordar; afinal, o que ele poderia dizer? No final, ele queria tanto Takafumi quanto o outro o queria, tinha sido por isso que ele havia perdoado o outro anos atrás, e por esse mesmo motivo tinha dado um jeito de passar o final de semana a sós com Takafumi, porque ele sabia, os anos continuariam passando, mas independentemente de qualquer coisa ele ainda iria querer aquele homem para o resto de sua vida.
***
− Tampe bem os olhos Yuri, você ainda não está na idade de ver coisas indecentes como essa.
Yue e Takafumi acordaram com essas palavras praticamente gritadas. Com os corações a mil, eles viram um sorridente Hajime com um obediente Yuri com as pequenas mãos cobrindo os olhos, no colo do avô.
− O que está fazendo aqui pai? − Perguntou Takafumi se erguendo em um salto, rapidamente recolhendo as roupas de Yue, as entregando ao marido, enquanto enfiava as provas da divertida noite dos dois para debaixo do futon.
− Desculpe Yue. - Pediu Hajime ignorando propositalmente o filho apenas para provocá-lo. − Mas Yuri quis voltar antes do tempo. Pelo menos consegui uma noite de folga pra vocês.
− Yuri, você voltou pro papai. - Declarou Takafumi em um grito empolgado, antes que Yue pudesse dizer algo, parecendo notar somente agora que o filho deles estava em casa.
Yue viu com um misto de surpresa e diversão um muito nu Takafumi tentar pegar o filho do colo de Hajime, porém o homem mais velho correu do filho, para dirversão de Yuri, que estava apreciando a perseguição, resmungando algo sobre falta de pudor e que ele não entregaria o neto para um homem nu.
Emburrado Takafumi parou de correr atrás do pai, indo para o quarto, prometendo voltar rapidinho e se vingar de Hajime.
− Desculpe Yue. - Pediu o Minase mais velho novamente, soltando Yuri que andou até o pai o abraçando. - Ele sente mais falta de vocês a noite, só dormiu quando prometi que o traria de manhã.
− Que isso Hajime. Obrigada pelo tempo a sós que você nos proporcionou. - Agradeceu verdadeiramente Yue.
− Para compensá-los vou fazer o almoço, que tal? - Sugeriu Hajime, acrescentando maliciosamente. - Afinal, você parece muito cansado.
− Você não está flertando com o meu marido não é papai? - Rosnou Takafumi já completamente vestido, correndo até Yue e Yuri. - E como você entregou Yuri para o Yue se ele está sem roupas e não entregou pra mim?
− Porque você é um tarado. - Falaram Hajime e Yue ao mesmo tempo, não conseguindo segurar o riso da cara emburrada de Takafumi. Para surpresa de todos, Yuri se juntou a diversão com uma deliciosa gargalhada, fazendo Takafumi sorrir e se jogar no futon, abraçando o marido e o filho que estava entre eles.
- Amo vocês. - Sussurrou o Minase mais novo.
- Também. - Falou Yue no mesmo tom, o sorriso não querendo deixar seu rosto. O que importava se Yuri tinha voltado mais cedo e "estragado" o final de semana deles quando eles tinham uma vida toda pela frente? Mas bem, não custava nada ele torcer para Yuri crescer bem rápido.
EXTRA ~ Na praia com o vovô. ~ EXTRA
Hajime sentia suas costas reclamarem. Depois de horas sentado na fofa areia da praia tudo que ele queria era deita-se um uma cama contudo, toda vez que ele olhava nos profundos e expressivos olhos negros do neto que brilhavam de felicidade enquanto o menino brincava na areia, ele pensava que podia aguentar mais um pouco.
- Vovô não brinca igual papai. - Reclamou a criança.
- Ah! Agora você chama Takafumi de pai? - Perguntou Hajime, obtendo apenas um sorriso do neto, o fazendo se questionar se aquela criança era realmente tão esperta, ou ele que era coruja demais e via coisas aonde não existiam.
- Yuri com fome.
- Você, garoto esperto... vai conseguir tudo que quiser com essa fala mansa e carinha fofa. - Declarou Hajime lembrando a quantidade de mulheres que haviam se aproximado deles ao longo do dia, todos atraídos por Yuri, claro que ele ser um coroa bonito ajudava, mas ele tinha certeza que as pessoas que haviam se aproximado eram por terem sido cativados por seu neto. Yuri, apesar da pouca idade era espontâneo e simpático, além de ser lindo, Hajime só podia imaginar o belo e capaz homem que o neto seria um dia.
Pensar no futuro o fez pensar também em sua empresa que hoje estava em posse de Toshio, seu filho mais velho, mas se um dia ele pudesse escolher tinha certeza que gostaria que Yuri comandasse seu império. Sabia que Yuri comandaria a empresa com graça e sabedoria, atraindo bons negócios como atraia as pessoas, porém ele nunca forçaria nada em Yuri, tinha feito isso no passado e quase havia perdido Takafumi e com isso a oportunidade de conhecer e conviver com seu neto.
- Vovô triste?
Hajime arregalou os olhos sentindo a pequena mãozinha do seu neto em seu rosto, percebendo então que tinha se deixado levar pela emoção, e lágrimas escorriam de seus olhos. Abrindo um sorrido ele ergueu o neto pela cintura e o rodou, correndo para o mar com Yuri.
- Que tal um mergulho antes de irmos embora?
Mediante a concordância do neto eles foram para a calma água do mar. Hajime sabia que quando saíssem Yuri não iria querer ir embora e como só um avô bobo faria, ele ficaria na praia até o sol ir embora, mas o que ele podia fazer se era um vovô coruja.
- Eu estou muito feliz Yuri! - Sussurrou O Minase mesmo sabendo que o neto não estava escutando. - Eu sou muito feliz desde o instante que você nasceu.
Fim!

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⏰ Última atualização: Nov 14, 2021 ⏰

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