Limes

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Acordo com um barulho distante de água caindo e me remexo na cama, sentindo-a muito mais gostosa e macia do que eu me lembrava, talvez porque seja a cama dela e não a minha. Procuro, antes de abrir os olhos, focar alguns minutos em onde estou e, principalmente, com quem estou. Repasso as memórias boas que já vivi nessa casa e um sorriso involuntário abre no meu rosto porque percebo já ter vivido momentos importantes da minha vida quase que em todos os cômodos desse pequeno castelo.

"Pequeno castelo". Pensar nisso me fez soltar um leve risada. Esse casa é surreal de grande, imponente e conservadora. Ela é a cara da Rafa CEO provavelmente, mas muito incompatível com a minha Rafa.

Meu cérebro sempre desperta a mil por hora, eu divago demais assim que acordo, e eu sei que ela está próxima, de repente sinto seu cheiro e aquele frescor ainda mais forte no ambiente.

Abro os olhos pensando repetidamente que estou segura, que este lugar é seguro, que a mulher que eu amo mora aqui, mas a visão que tenho assim que me viro trata logo de me acordar de vez e me fazer perder qualquer concentração.

Mordo o lábio ao ver a minha Kalimann com uma toalha amarrada na cintura, aquele corpo escultural com um V quente dos infernos saliente, convidativo; com curvas insinuantes e resquícios de água.

Ela já tinha um sorriso meigo nos lábios, mas assim que me vê acordada, ela abre um sorriso daqueles de lado, que percebi que vem se tornando frequente nos últimos dias. Ele é um tanto tímido, mas provocador. É como se ela pudesse dizer que me ama a cada sorriso e é um gesto muito bem-vindo.

Rafa tira a toalha que cobria metade do seu corpo e caralho! Ela fica deliciosamente gostosa nua, com gotinhas d'água pelo corpo moreno e sorrindo assim pra mim. Gostosa e minha.

Ela jogou a toalha na cama de qualquer jeito e eu levantei a sobrancelha curiosa. -- Achei que fosse precisar te arrastar daí...

-- Me...- o que ela disse? -- Arrastar? - ela riu e eu balancei a cabeça pra me concentrar. -- Fala de novo? Não consigo pensar rápido com você assim. - e seu sorriso fica mais provocante.

-- Me preparei pra termos uma manhã agitada, mas além de te pegar rindo sozinha, já passam das 11 horas...achei que precisaria te arrastar da cama...- e veio caminhando na minha direção exibindo toda sua excelente forma física. Ela sentou sobre meu quadril e eu juro que me senti tremer todinha. Nenhuma mulher, ninguém, me fez ter reações assim tão viscerais, espontâneas, incontroláveis.

Minhas mãos alcançaram suas coxas e foram subindo por sua pele macia, hidratada, fresca, até parar na sua cintura e apertar levemente aquela curva tão chamativa.

Ela fechou os olhos e mordeu o lábio com um sorriso safado, senti minha intimidade molhar. -- Podemos agitar as coisas, não vamos trabalhar hoje...

Escutei sua risadinha e seu corpo veio em direção ao meu, sua boca tomando a minha. Eu podia sentir o gosto leve e delicado da pasta de dente na sua língua habilidosa.

-- Você não cansa? - balbuciou ofegante e eu neguei rapidamente, minhas mãos já explorando o seu corpo. Ela riu e vários beijos foram deixados na minha boca, rosto, nariz. queixo. -- Eu queria muito agitar as coisas com você, mas...- e sua boca roçou na minha orelha. -- Estou bastante dolorida...desculpa!

Segurei seu rosto e virei o meu até encontrar seus olhos. -- Te machuquei?! - e mais um beijo gostoso na minha boca. Eu poderia acordar assim sempre, mas agora eu estava excitada pra cacete.

-- De jeito nenhum, é só que...- vi como ela pareceu corar. -- Não tô acostumada com tanto agito assim...- mordi o lábio prendendo o riso e ela encolheu os ombros envergonhada. -- Nós não paramos até o amanhecer, Chef...- dei um sorriso convencido e ela revirou os olhos rindo. -- Você não cansa, é?

A Receita Perfeita [Ranu]Onde histórias criam vida. Descubra agora