Capítulo 2: Ele Sabe

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— Filho, eu e sua mãe queremos te levar na praça, você gostaria de ir?

— Não obrigado pai, eu vou brincar com meus amigos na casa da árvore. Lembra que meus amigos construíram uma perto da escola?

— Ah, tudo bem. tome cuidado, ok?

— Claro pai, prometo voltar para o jantar. Até algumas horas Capitão!

— Haha, Tchau filho, tenha uma boa aula!

| • Tempos atuais • |

— O quê? Isso é sério? — Mike se surpreende, não acreditando na facilidade na qual Oliver se convenceu que o filho vivia. Mas ele reconheceu que foi bela sua frase.

— Mas é claro que sim, considero que temos pouca informação, mas eu e Wally sempre fomos o tipo de pessoa que tem curiosidade em descobrir mistérios. Ele assistia muito ao desenho do cachorro medroso. Se meu filho queria descobrir o que tem lá, eu também quero. — Oliver fala de maneira orgulhosa. E os amigos o observam com a mesma expressão de estranheza.

— Tudo bem, já que você pretende ir, precisa saber que aquele lugar é aparentemente bem esquisito. Não sabemos o quão avançado é o sistema de segurança. Temos que juntar o máximo de informação possível para evitar que erros sejam cometidos. — Mike já planejava tudo.

Os amigos começam a pesquisar e juntar recursos para descobrir o que o tal hospício realmente é. Depois de três dias, todos já estavam convencidos que tinham tudo para conseguir entrar.

— Você não prefere ligar para Sofia antes? Não sabemos o que pode acontecer... — Oliver interrompe Mike com uma frase direta:
— Não quero dar a ela falsas esperanças. Ligo para ela quando tiver certeza de que nosso filho está vivo. — Diz ele de maneira séria.

— Então pessoal, este é o plano, A secretária precisa acreditar que Oliver é mentalmente desequilibrado, isso é tudo que precisamos para que ela deixe ele entrar. Oliver, você tem um gravador de áudio escondido em algum lugar de sua roupa. Podemos acompanhar a gravação através do computador de Zack para garantir que está tudo indo bem. Lembre-se, a missão aqui é descobrir o que eles escondem lá. — O plano de Mike aparenta funcionar, porém seu único defeito é a prática.

Entrando no Lugar estranho, eles encontram a secretária no computador, ela olha para eles de relance e os aguarda no balcão. Zack e Mike antes de qualquer coisa perguntam em qual sala o paciente deve ser deixado:
— Existem duas salas, mas se vocês trouxeram alguém com problemas mentais, ela vai naquela porta ali — Diz a secretária apontando para a porta mais simples e menos chamativa.

— Entendi, mas e a outra porta? É só para funcionários? — Zack perguntou, tendo certeza de que a moça esconde algo.

— Não moço. Claro que não. Aquela sala é só para os mortos. — A estranha secretária abre um sorriso constrangedor, que casa com a decoração da secretaria. Zack não deixou de reparar nas cabeças de ursos e alces empalhados nas paredes. Cortinas feitas de lã e um tapete de palha decorativo ligeiramente atrativo. Uma porta de entrada grande demais para a de um hospício, além de ser de madeira.

— Mortos? O que isso quer dizer? Pacientes mortos estão sendo descartados como animais? Por acaso o governo sabe disso? Alguém já avisou a vocês que isso é crime...? Já chega... Onde está o seu chefe? Eu pretendo falar com ele agora. — A quantidade de perguntas fez a moça chorar. Por mais que uma secretária comum não tenha chorado, e sim seguido as ordens. Depois de sorrir assustadoramente ela também derrama lágrimas de um jeito inquietante.

3X Medo | O Retorno De Um TraumaOnde histórias criam vida. Descubra agora