Comatose - Larry Stylinson

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— Que coisinha mais linda! — Selena sorri pra foto.

— Eu não vejo porra nenhuma, só um monte de borrado — o comentário de Liam faz Harry rir.

— Então é menino? — Niall pega a foto.

— Sim, vou ter um rapazinho — responde com um sorriso singelo.

— E como estão você e a Alex? — é a vez de Lauren olhar.

— Conversamos sempre e ela vai me atualizando sobre como está se sentindo. Tive que ir correndo pra casa da Emma por causa dos enjoos, estão matando ela, coitada.

— Já conversaram sobre... hum... como isso vai funcionar? — Niall ergue uma das sobrancelhas. — Ela ainda é casada, Harry.

— Eu sei, Niall, não precisa repetir em cada conversa que temos. E ainda não falamos sobre isso.

— Estão é melhor começarem a discutir as opções, meu caro — Lauren fala. — Acredite, nove meses passam voando!

— Estou contando com o contrário disso!

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Sentir os enjoos depois da décima semana foi um porre irritante para Alex, que passava mal e vomitava toda e qualquer comida que tentava mandar pra dentro. A fase dos hormônios já estavam a deixando louca, tentava se manter isolada e não descontar em ninguém.

Hope ficou feliz ao saber que teria um irmãozinho, eles acham, não é como se ela entendesse muito o que falaram, mas Emma adquiriu a mania de fazê-la colocar a mãozinha em cima da barriga ainda bem pequena de Alex, e disso ela gostou já que sempre fazia carinho na região quando sentava perto da mãe.

Sua carga emocional sendo um peso que não conseguia se livrar, Harry a ajudava muito em tudo o que pedia, tentava acompanhar todos os exames — quando não estava em cirurgia, aí Zayn ia nesses — e a escutava chorar ou reclamar no celular enquanto se falavam; também já tentou saciar um desejo ou outro que sentia às vezes. Ela achava adorável todo o cuidado a atenção do médico, e não somente com o bebê. Alex se sentia bem por pelo menos uma pessoa não ter mudado completamente com ela.

Ficou um pouco distante do hospital por uns dias, mas tentava ir com Hope e ficar ao lado do marido adormecido. A criança ainda chamava pelo pai e tentava dar o passarinho de pelúcia pra ele pegar, nunca tendo qualquer movimento em resposta. E as alterações de humor de Alex deixavam Emma doida, Harry confuso e perdido — coitado! Louis também ficou assim — mas pelo menos serviu como gás em seu trabalho; estava criando como nunca antes.

Quando saía do hospital, Harry às vezes passava várias horas no apartamento de Emma para dar alguma assistência às duas e conversar com a barriga de Alex, então ele a via fazer seus rascunhos e disse o quanto ela é talentosa. Era engraçado quando ficava observando as duas xingarem o chefe de Alex até a décima geração do pobre homem, mas nunca ousou se intrometer, não quando uma grávida estava irritada.

Em uma dessas noites, Robert finalmente conseguiu encontrar a filha, pois não sabia que a mesma tinha deixado o antigo apartamento. Harry quis ir embora para dar privacidade aos dois, mas Emma suplicou com o olhar para que ele ficasse porque seria necessário sua presença quando a conversa acabasse. Os dois ficam na sala e Alex leva o pai até o quarto que estava usando, fechando a porta pra tentar não deixar os possíveis gritos escaparem.

— Onde está Hope?

— Foi dormir na casa da tia. Gostaria de se sentar? — aponta pra cama e pergunta com deboche.

— Alessa, olhe onde você veio parar. Pare de agir como uma criança mimada e orgulhosa e abre os olhos de uma vez por todas! Largue essa porcaria inútil que você insiste em chamar de trabalho e faça algo produtivo de verdade! Você tem 26 anos, uma filha pra criar e está morando de favor com uma amiga, seja sensata uma vez na vida!