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Any Gabrielly

O lado adulto de Josh se foi, na sessão de snacks e salgados o mesmo encheu o carrinho com besteiras. Eu sabia que ele não iria se controlar por muito tempo.

– Não Josh, chega. Isso é preguiça de cozinhar. – O paro, segurando seu pulso.

– Não, claro que não. – Olho para ele com a famosa expressão: você não me engana. – Tá bom, é mais fácil Any.

– Cara pelo menos uma vez na vida, prepare sua própria refeição.

– Eu há tentei Ok? Não funcionou, eu... queimei a comida. – Sussura.

– Aprendemos com nossos erros então tente, erre até acertar, não importa quanto tempo demore.

– Sem palavras multivacionais por favor.

O que fazer quando você quer ajudar alguém que não quer se ajudar? Se autossabota? Odeio quando Josh faz isso, duvida da sua capacidade.

– Você sabe que consegui, pare com isso, eu ensino você a cozinhar.

– Isso é uma chatice. – Diz ao colocar a embalagem de volta. – Mas por via das dúvidas... – Josh pega novamente a embalagem colocando no carrinho.

– Eu desisto.

Saio empurrando o carrinho pensando nos enfredientes que Ursula utiliza para cozinhar. Pego todos que me lembro e ponho no carrinho, Josh desistiu de pegar suas abesteiras e agora empurra o carrinho pelos corredores restantes.

– Para quantas garotas já disse que sou sua namorada? – Questiono sem perceber, quando vejo, já é tarde demais.

– Por quê a pergunta?

– Curiosidade...

– Não sei, foram muitas. – Merda.

– Hum.

– Qual o problema? – Questiona e sinto que me olha mesmo estando de costas para ele, eu sempre sei quando me olha, não sei explicar.

– Nada demais...

Ele não pergunta mais nada e agradeço mentalmente, eu e minha língua solta.

Pegamos mais algumas coisas e retornamos para a casa de Josh. Imagina se o ranzainza não reclamou de levar as compras para dentro? Josh é um cara de coisas fáceis, rápidas e práticas. Trabalho duro com ele nem pensar.

– Minha mãe vai vir lotada de tralhas que segundo ela, eu preciso ou irei precisar no futuro. Escuta o que eu digo, daqui algum tempo não terei onde colocar tanta coisa.

– Mãe é mãe Josh, a minha também é assim, não tem o que fazer.

– Mas minha mãe extrapola no cuidado.

– É coisa de mãe. Onde coloca as compras? – Pergunto pois é raro ver isso por aqui, não sei nem onde colocar.

– Coloca onde seu coração mandar. – Sabe quando você quer voar no pescoço da pessoa mas sente que vai se arrepender depois? Então, é isso que sinto agora.

Decido eu mesma onde vou colocar, organizo os armários e depois o resto na geladeira, guardo as sacolas de compras e quando percebo Josh está deitado no sofá, caminho até o mesmo e o vejo adormecido. Vou até seu quarto e pego uma coberta pois já se passa das oito da noite. O cubro e beijo o topo de sua testa, o mesmo se mexe, se aconchegando no sofá.

– Boa noite Josh.

Deixo sua comida pronta e um bilhete informando que fui para casa e que preparei algo para o mesmo comer. Quando saio de sua casa chamo um carro por aplicativo, quase adormeço no banco do motorista e só de imaginar que irei trabalhar no outro dia tenho vontade chorar.

Destiny [ Short fic ]Onde histórias criam vida. Descubra agora