015

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Any Gabrielly

Ao chegamos Josh se senta no sofá com as pernas esticadas no móvel a sua frente. Me deito colocando uma almofada em suas coxas e me deito sobre ela, respirando fundo, o perfume de Josh é um tópico extremamente difícil para mim, eu amo esse perfume e Josh usando e sendo seu preferido me faz adorá-lo ainda mais.

— Josh! – O chamo.

— Estou aqui.

— Me faz um favor?

— Tudo que quiser.

— Me faz um cafuné?

Eu não sei o motivo de ter pedido isso mas sentir a ponta de seus dedos em meus cabelos me faz sentir leve e uma pontada de sono me surge.

— Está carente?

— Eu não sei de fato, só preciso de um cafuné.

Josh não pergunta mais nada e continua o cafune que por sinal está maravilhoso, poderia ficar aqui por dias sem me preocupar. Sem perceber acabo dormindo.

Josh Beauchamp

Nem havia percebido que Any já tinha dormido, ela está toda encolhida sobre o sofá e estou com pena de deixar ela dormir aqui mas tenho medo de tentar levá-la para o quarto e ela me bater.

Vou arriscar, lentamente retiro a almofada que estava em meu colo e me levanto deixando que seu corpo fique deitado sobre o sofá. A pego no colo com cuidado, tentando não acordá-la, Any se mexe minimamente mas não acorda, sua cabeça está deitada em meu ombro e se aconchega na curvatura do meu pescoço, a cena é fofa.

Caminho até meu quarto e a coloco no lado da cama, a cubro e saio do quarto, arrumo as bagunças que fizemos e subo. Tomo um banho, visto apenas uma bermuda de linho e me deito no lado vago da cama. Olho para Any que dorme serenamente, deve estar bem cansada.

Me viro de barriga para cima e respiro fundo. São várias coisas passando pela minha cabeça, minha mãe não iria me contar nada se meus irmãos não contassem. Ela não quer preocupar os filhos mas esqueci que se precisar, estaremos aqui para o que der e vier. Dois de seus quatro filhos já saíram de casa, Jonna construiu um império, é conhecido por aí pela sua mente brilhante para os negócios, Jaden está seguindo a carreira de jogador de Hóquei profissional e terá um futuro brilhante no esporte já Sofya, a caçula sendo um ano mais nova que Jaden sonha em ser bailarina.

Minha mãe tem a estranha mania de não querer incomodar ninguém, ela acha que está perturbando as pessoas, logo ela, que ajuda tudo e a todos com um coração enorme e uma bondade inacreditável. Admiro minha mãe pois sempre está a disposição para ajudar quem precisa, queria ter sua bondade, é tão doce gentil.

Eu só quero que minha mãe fique bem, não iria deixar Any pagar o tratamento mas não tenho escolha, minha mãe também não irá querer mas nesse momento ela não está em condições de exigir nada, o caso de suas costas podem se agravar e não me perdoaria se isso acontecesse tendo um tratamento para curá-la.

O sobrenome Beauchamp é carregado por pessoas teimosas, não é atoa que sou assim, meu pai é assim, minha mãe para encaixar o quebra-cabeças é igual ao meu pai, resultando em três filhos com o mesmo gênio.

Olho para o lado e vejo Any se mexer e se destanpar, pego o lençol que estava em seu corpo e a cubro novamente.

— Boa noite morena.

Me deito me cobrindo com o mesmo lençol respirando fundo, com tudo isso acontecendo perco o sono, e com isso fico encarando o teto, se ele fala-se me xingaria por encará-lo por algumas noites em claro.

Sinto que Any se moveu pois o colchão se move, não vejo nada após desligar a luz com medo de acordá-la. Quando se mexe, virando para meu lado acaba deitando sua cabeça em meu peito. Quando volta ao sono profundo, retiro uma mecha de cabelo que prendeu em seus cílios, encaro seu rosto sereno e sorrio.

Se ela souber que dormiu comigo me matará sem que eu tivesse culpa, já que foi ela quem se aconchegou em mim, não direi nada se ela não perguntar, não perdeirei a oportunidade de brincar com sua cara, é meu esporte favorito.

Envolvo meu braço que está por baixo de seu tronco e deixo minha mão sobre seu braço e fecho os olhos na esperança falha de dormir. Quando fico preocupado não consigo dormir, minha cabeça insiste em me deixar preocupado. Repassando meus problemas como um boomerang, minha pior inimiga: minha própria mente.

Any Gabrielly

Tento lutar contra meus olhos, eles querem a todo custo se manterem fechados mas não podem, preciso trabalhar. Depois de três tentativas, consigo enfim abrir os olhos e sinto a luz os fazendo doer, droga, esqueço de fechar essa janela e... Espera, eu não estou no meu quarto, eu dormi no quarto de Josh?

Quando percebo onde dormi me apavoro, eu dormi sobre o peito de Josh? Não, não pode ser, isso não podia ter acontecido, não podia. E aí você se pergunta o motivo, é óbvio, eu não poderia dormir na memsa cama que Josh, por isso pedi que arrumasse o quarto de ospedes.

Me levanto o mais rápido possível e isso faz com que ele acorde assustado, pego meu celular que está ao lado da cama e meu sapato que está nos pés da mesma.

— O quê houve? A casa está pegando fogo? – Pergunta com os olhos cemi-cerrados por causa da claridade.

Não respondo, apenas saio do quarto como se o local estivesse me sufocando. Quando fecho a porta atrás de mim me encosto na mesma respirando fundo, queria evitar isso ao máximo, quanto mais próxima fico de Josh, mais meu coração bate forte por ele, que droga.

— Any, espera aí! – Ouço Josh gritar atrás da porta e corro o mais rápido que consigo para a porta da frente.

Como já havia dito antes em certos momentos não tenho argumentos coerentes para uma conversa, imagina isso que acabei de fazer. Sair correndo sem motivo algum ao ponto de vista de Josh, pois no meu, tenho vários motivos.

— Any, por favor me explica, o quê está acontecendo? – Josh me alcança, ficando em minha frente segurando meus braços assustado. Consigo ver em seus olhos que está preocupado comigo. Droga Josh, tinha que ser tão atencioso.

— Nada, eu só preciso ir embora. – Eu realmente não sei que desculpa dar, meu cérebro não raciocina perto dele no estado que estou.

— Não rolou nada Any calma, você dormiu no sofá, aí levei você pro quarto e você dormiu na minha cama, não aconteceu nada. – Tenta me acalmar.

— Josh, eu preciso ir embora, depois nos falamos.

Com os meus sapatos em mãos saio de sua casa e as vizinhas fofoqueiras já estão apostas. Tenho que me controlar para não revirar os olhos mediante todas, elas são insuportáveis. Pego meu celular e chamo um carro por aplicativo, reso para que Josh não surja na porta para aumentar os murmúrios.

Quando o carro que pedi chega, adentro as pressas, quando olho para janela vejo por um pedaço da cortina aberta Josh, me observando ainda sem entender nada. O carro arranca e aí vejo que exagerei mas entrei em pânico, outras meninas estariam felizes por ter dormido com seu crush ou o cara de quem estão gostando mas eu não. Evito esses tipos de coisas a todo custo, não quero de forma alguma perder a amizade de Josh, sem ele não seria nada e não digo por gostar dele pois isso é só uma pedra em nossa amizade, falo pois ele é tudo que tenho, minha família é ele, a única pessoa que posso contar e que sei que não irá me abandonar. Se pudesse dar uma dica há alguém, diria para não gostar do seu melhor amigo, é a pior coisa que irá acontecer.

Não esqueçam da "⭐" pois ajuda demais e comentem, os comentários me motivam a continuar.💕

Destiny [ Short fic ]Onde histórias criam vida. Descubra agora