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"Sabe, por um tempo eu estava vivendo apenas pela Clémence," Michael disse a Silver enquanto se curvava no caixa em qual eles trabalhavam, "ela era meu sol e minha lua. Agora eu vivo pelo Luke, também. Ele é as estrelas e os planetas no meio, é incrível."
Silver colocou uma mão sobre seu coração, "não me faça chorar." Ela consertou seu cabelo rosa desbotado, fazendo um coque no topo de sua cabeça, "posso ir até sua casa conhecê-lo?"
"Você já o conheceu."
"Foi uma vez só, e eu confessei o seu amor por ele. Foi estranho." Ela deu uma cotovelada de leve nele, sabendo que ele não era o tipo de cara que diria não.
"Talvez para o Ano Novo ou coisa assim. Ele está na casa dos pais dele por causa do feriado de Ação de Graças agora."
"Isso é um absurdo. Quem precisa de pais?" Ela riu. Uma cliente chegou até a linha deles e eles pausaram sua conversa, não querendo mais problemas com seu chefe do que eles já tinham.
"Bem, quando você está estudando em uma universidade onde você tem que pagar vinte e um mil dólares por ano eu acho que você meio que precisa dos seus pais," Michael admitiu, pensando nos milhares de dólares em débito que ele demorará uns dez anos para pagar.
"Você fizeram alguma coisa no seu aniversário?"
Ele riu, "eu não disse a ele que era meu aniversário. Deixe-o acreditar que eu ainda tenho vinte e seis anos, ele vai perguntar algum dia."
"A Clémence gosta dele, não é?" Silver pulou para se sentar no balcão, não havia muitas pessoas entrando e saindo do Much182 na quinta-feira de Ação de Graças. Apenas alguns que haviam deixado a carne tempo demais no forno e estavam atrás de substituto.
"Enfeitiçada," ele respondeu, desabotoando um dos botões de sua camisa polo.
"Vocês dois vão se casar e então ter oitenta e quatro filhos?" Silver perguntou, olhando para Michael com um sorriso agradável. Ela era muito como ele, ambos fingiam ser tão punk rock, ainda assim tinham rostos fofos como gatinhos.
Ele riu, "ele malmente é maior de idade, e eu não tenho certeza se eu quero ele desse jeito."
"De que jeito? Pelado? Você já o viu? Eu estou positiva que ele tem um corpão."
"Não, seu peixe ignorante, eu quis dizer como um namorado."
"Quantos anos você tem? Treze?" Silver não conseguia compreender porque os dois, maiores de vinte anos, falavam de Luke como se ele fosse a criança boba em sua sala de aula. Eles são todos adultos, Mike poderia arrastá-lo pelo colarinho e beijá-lo até que seus lábios se tornassem azuis. Não é grande coisa, mas ainda assim o rapaz de cabelos vermelhos fica fazendo disso um problema.
Ela sorriu para Michael, enquanto a cabeça dele descansava em suas mãos. Ela queria ajudá-lo em mais do que apenas uma maneira, mas não sabia como. As olheiras embaixo dos olhos dele cresciam cada vez mais, os olhos dele ficavam mais para baixo, e ele parou de reluzir como Clémence reluzia na manhã de Natal. Silver se preocupava que Michael pudesse um dia até mesmo parar de sorrir.
Michael apertou o cinto em suas calças khakis que ele odiava muito, passou uma mão por seu cabelo bagunçado por culpa do spray que ele havia passado, "eu vou fazer a reposição, tenha certeza de contar quantas senhoras vão perguntar sobre os seus piercings,."
Ela riu,"sempre Michael, sempre."
Michael constantemente ainda se sente como se sua vida fosse uma grande rotina. Talvez seja por isso que ele esteja tão atraído por Luke. Luke é algo novo, algo diferente, algo imprevisível. O garoto alto e magrelo é algo sobre qual Michael não sabe nada sobre.
Ele era tão novo quando Clemencé nasceu. Um cara de vinte e um anos não está pronto para ter uma criança. Ele malmente tinha sua vida organizada, ele não havia encontrado a razão pela qual havia sido enviado para a Terra, e francamente, ele acha que nunca vai encontrar.
Michael não se arrepende de ter tido Clémence, como ele já havia dito antes, ela é o tudo dele, e ele nunca iria querer isso tirado dele. Ele só queria que ela tivesse vindo um pouco mais tarde do que o tempo em que ela veio. Só mais alguns meses depois, e ele jura que algo poderia ter acontecido. Ele foi deixado se perguntando todos os "E se" de sua vida. E se ele nunca tivesse parado de fazer shows? Muitas gravadoras estavam matando para conseguir assinar um contrato com ele, ele jura que poderia ter conseguido sucesso. E se ele tivesse percebido que gostava de garotos antes de ter engravidado Rosie? A vida inteira dele iria ser diferente, de alguma forma, ele poderia ter encontrado a si mesmo antes de Clémence ser concebida. E se ele tivesse conseguido aquela graduação? Nunca havia sido grande coisa para ele, ele odiava escola, nunca quis terminar o ensino médio, muito menos começar a universidade. Os pais dele estavam cansados de vê-lo ficando apenas em sua casa de três quartos, eles queriam que ele fizesse alguma coisa com sua vida. Eles não planejavam serem avós, no entanto.
Ninguém quer ser um empacotador em uma mercearia, não é nada divertido, e nem mesmo paga bem.
Michael não sabe o que ele quer, mas ele queria ter tido alguns meses ou anos a mais antes de ser jogado para a vida real tão rapidamente. Ele queria poder ir para sua casa na Califórnia com seus pais, para apenas deixá-los envolvê-lo em um abraço. Ele quer saber o que é se sentir bem normalmente, de novo, porque ele não se sente dessa maneira já há algum tempo.
Luke estava de volta na Flórida, com shorts muito curtos em suas pernas. Ele se sentou no pátio da casa onde ele passado sua infância, esperando que o sol bronzeasse sua pele clara e branqueasse seu cabelo escuro. "Querido, você vai se queimar," a mãe dele chamou de onde estava perto das portas de vidro corrediças. Ele conseguia ouvir os movimentos rápidos dela fazendo purê de batatas, na cozinha.
"Avise quando eu começar a pegar fogo, então," ele respondeu, tomando um gole da cerveja que estava em sua mão. Os raios de sol pareciam tão calorosos e acolhedores, muito diferente do que toque cinza dos verões do norte. Luke queria poder ver a neve, poder brincar com ela. Sendo um típico morador da Flórida, ele desejava o toque do inverno por vários anos. Isso foi, claro, até quando ele experimentou seu primeiro inverno rigoroso; cheio de lagos congelados, granizo, batidas de carro e pura escuridão.
Luke não conseguia ver formas ou cores, ele apenas conseguia enxergar diferenças na luz. Era como se cada sala estivesse cheia de uma névoa densa e intensa. Ele conseguia dizer quando estava chovendo, porque seu quarto ficava em um cinza escuro. Ele conseguia dizer quando o sol estava nascendo, porque ele conseguia ver uma tonalidade laranja misturada com branco. Ele não conseguia ver figuras, ele não podia ver quando alguém estava na frente dele.
"O jantar logo estará pronto, seus primos e os Hood vão estar aqui a qualquer minuto. Por favor, vai se arrumar," ela implorou, fechando a porta.
Ele ajustou seus óculos de sol que estavam caindo; ele nunca gostou do dia de Ação de Graças, era sempre cheia de parentes tentando ignorar a cegueira dele como um assunto de conversa. Mas uma tia em particular sempre diria, "quando é sua cirurgia, mesmo, querido?" como se ela se importasse. "Julho de dois mil e dezoito," ele responderia suavemente, mexendo com o canudinho em sua bebida. Tudo que Luke queria era deitar em sua cama até que ele não sentisse mais nada.
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mil perdões pelo sumiço, mas a vida anda corrida, e eu tive que me afastar do wattpad. por favor, me perdoem, não foi minha intenção :( eu realmente sinto muito!!!
o que foi esse mês de março na one direction, cara? mais drama que novela mexicana da thalia, tem que rir pra não começar a chorar!
me desculpem, de verdade, eu vou voltar à ativa quando as coisas melhorarem, obrigado pelo apoio sempre <3
.xx
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the boy with the white eyes (portuguese version) ↮ muke
Fanfictionpapai!michael tem problemas para manter a bebê clifford quieta. isso é apenas uma tradução. © 2014-2015 fivesecondsofsheeran.