dîtes-moi

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dîtes-moi

"Fale-me sobre você," Luke pediu, um pedaço de pizza escorria pelo canto de seu queixo. Ele estava com a jaqueta jeans de Michael sobre seus ombros, porque alegava que estava frio na pizzaria.

Michael estava sentado de frente para Luke, vestindo uma camisa do Weezer, limpando a gordura de seus dedos. Ele não chamaria aquilo de encontro a menos que Luke o fizesse primeiro. Atualmente, eles são apenas dois caras saindo juntos às uma da manhã, comendo uma pizza média. "Bom, você foi expulso do seu apartamento, pelo menos, uma vez por semana, no último mês, e você fica como babá da minha filha quatro vezes por semana, eu tenho certeza de que você sabe muito sobre mim," ele riu, limpando a boca de Luke com um guardanapo limpo.

"Eu só sei que você deixa uma chave numa planta perto do elevador e que sua filha pensa que é mais punk rock do que você," o loiro riu. Aquela estava sendo uma das melhores noites que ele já havia tido em algum tempo, ele é capaz de se esquecer do mundo quando está com o Michael, e isso é tudo que Luke mais queria.

O bobo (agora) de cabelos vermelhos sorriu freneticamente para o garoto mais novo, "certo, tudo bem. Pergunte-me alguma coisa, qualquer coisa."

"No que você estava graduando antes de desistir?" Luke perguntou entre as mordidas na pizza. Ele já havia comido cinco fatias, mas nada se comparava às fatias de Nova York, e ele sentiria falta daquilo.

"Eu era um engenheiro da computação, nada de mais. Faça uma pergunta melhor."

"Como eu sou?"

"O quê?" Michael soltou um pequeno riso antes de tomar outro gole de sua bebida, e então olhou novamente para Luke, que tentava enfiar outro pedaço de pizza goela abaixo.

"Eu não me vejo desde que eu tinha quatorze anos, eu era cheinho e estranho, por favor, me diga que eu estou diferente agora," Luke admitiu, colocando sua touca por cima de suas orelhas.

Mike colocou seu lábio inferior entre seus dentes, "você definitivamente não se parece com um menino na puberdade, Luke." Ele não conseguia encontrar palavras para descrever a obra-prima em sua frente, "mesmo que Clémence não acredite que você tem um pouco de barba, tem sempre um pedaço embaixo do seu queixo que você não tira. Você tem um queixo fendido, acho que é assim que se chama. É fofo, o que quer que seja." Michael engoliu um nó em sua garganta, "quando você fala, ou franze as sobrancelhas, ou sorri, você tem uma covinha mais evidente no lado direito do que no lado esquerdo. Você tem uma mandíbula firme, e eu estou extremamente com ciúmes dela."

Ambos os garotos riram, "continue."

"Seus lábios são de um tom de rosa que eu não consigo descrever, eles são tão claros no topo, ainda assim escuros próximos ao centro. Seu piercing no lábio faz você parecer mais gostoso do que qualquer um que eu já tenha visto — e meu melhor amigo é um modelo. Você tem esse nariz de botão, que é inclinado perfeitamente. No geral, honestamente, eu invejo sua genética."

"Seus olhos têm algo a mais. Eles são do tom mais claro de azul que eu já vi, eu sinto como se estivesse olhando para sua alma. Embora você seja incapaz de enxergar, você sempre olha em volta, como se estivesse intrigado com o mundo."

"Quando eu vi você pela primeira vez, seu cabelo era mais curto e mais claro, mas quanto mais os dias passaram, você mais parecia um homem das cavernas com estilo. As raízes ficaram mais escuras do que eu me lembro, mas você ainda é muito loiro, mesmo assim ainda não é platinado. Eu acho que é o Calum que arruma, porque eu não conseguiria fazer essa ondulação do jeito que ele faz. Jogo de cabelo muito forte."

Luke soltou uma risada, escondendo seu rosto em suas mãos.

"Você é esguio e alto. Eu sei que você diz que só tem um metro e oitenta e dois, mas você tem tipo uns dois metros e setenta. Eu me sinto um completo anão perto de você, é embaraçoso. Eu tenho que ser os seus olhos quando estou com você, mas é como se você estivesse me guiando."

"Você tem esses pés gigantes, e eu sei que mesmo se você não fosse cego, você iria tropeçar sobre eles constantemente. No entanto, não é uma coisa ruim, você é inacreditavelmente adorável." Michael ficou com medo de que ele tivesse ido muito longe, ele estava com medo de ter deixado Luke assustado.

"Obrigado Mikey. Obrigado." Luke sorriu, esperando que o rapaz a sua frente soubesse quão perfeita ele havia tornado aquela noite.

"Agora me fale sobre você, Lucifer Hemmings. Tudo que eu sei é que você veio de um lugar de fim de mundo e deixa minha filha desenhar no seu rosto quatro vezes por semana."

"Eu tenho dois irmãos mais velhos, e eles são desagradáveis, eu espero que você nunca os conheça. Mamãe é superprotetora e me liga cinco vezes por dia, o Papai é o Papai, eu não sei de que outra forma descrever. Eu estou graduando em coisas estúpidas que fazem minha cabeça doer, e eu ainda tenho que ganhar meu doutorado depois, então nem estou perto de terminar."

"Muito estudo," Michael se queixou, fechando a caixa de pizza e jogando-a fora. Ele achou que Luke perceberia que ele havia deixado a mesa, mas ele não havia percebido, continuando a falar com a mesa sozinha. Michael voltou a se sentar em seu lugar, decidindo não contar isso a ele.

"Eu não nasci cego, só foi colocado fogo nos meus olhos quando eu era um adolescente," Luke disse abruptamente. "O mundo é tão horrível, também, eu nem mesmo sinto falta da minha visão, na maior parte do tempo."

Os dedos de Michael bateram levemente na madeira da mesa, lentamente chegando mais perto da mão de Luke. Ele não queria fazer algo de mais, ele só queria saber o que sentia sobre Luke. Isso fazia sentido em sua cabeça.

Uma música acústica tocava por perto assim que ele esticava sua mão para mais perto da mão pálida de frente para ele. Ele ainda estava ouvindo Luke falando mais sobre seu ódio pela Flórida, e por universidades, mais especificamente sobre as universidades da Flórida. Michael virou sua mão, escovando seus nós dos dedos com os de Luke.

Ele segurou na mão de Luke, alcançando a parte de baixo da mão mais larga, entrelaçando seus dedos. O garoto mais novo continuou falando, assim que apertou a mão do outro, gostando do calor.

Há neve caindo lá fora, e Mike se pergunta se Luke sabe como ela é.

"Você é uma pessoa especial," Michael sussurrou, "quer que eu leve você para casa? Está ficando tarde."

No final da noite, Michael decidiu que sim, aquilo foi um encontro.

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essa história me dói tanto :( tô com vontade de traduzir tudo de uma vez, mas também não quero que acabe logo?! haha

obrigado pelos votos, comentários, vocês são o máximo ♥♥♥

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the boy with the white eyes (portuguese version) ↮ mukeOnde histórias criam vida. Descubra agora