deux, ce est meux

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deux, ce est meux

Clémence estava sentada no colo de Luke. Ele estava com um de seus braços envolto em seu sofá empoeirado, e o outro entrelaçado nos cabelos da pequena menina. Michael deveria estar chegando para pegar sua filha a qualquer minuto a partir daquele momento, mas como sempre, ele estava atrasado.

"Hey, Lukey," a voz dela se espalhou pela casa que estava silenciosa. Calum estava no quarto dele, com música explodindo para fora de seus fones de ouvido. "Eu tenho uma pergunta."

"O que você quer saber, anjinho?" Luke soltou o cabelo dela, assim que sentiu que ela saiu de seu colo. Clémence se sentou próxima a ele, cruzando suas pernas, uma embaixo da outra.

"Você gosta do meu papai?"

"Ele é bem fácil de gostar."

Ela soltou uma risadinha, e então empurrou o braço dele, "não, eu quis dizer tipo gosta-gosta."

Luke puxou seu braço de onde estava encostado no sofá, colocando em torno dos ombros dela, "eu acho que sim. Não é divertido? Dois pais são mais divertidos do que um."

Clémence pensou sobre isso assim que se encostou mais a Luke, "verdade, mas minha amiga, Milo, ela disse que ter dois pais é estranho."

"Ela simplesmente não sabe o que é uma vida divertida," Luke deu uma pequena risada, se inclinando para beijar a testa dela.

"Você vai morar com a gente, assim como o Steve mora com a mamãe?"

O garoto loiro e alto estava ficando mais e mais nervoso assim que os minutos passavam. Ele não pensou que ser interrogado por uma menina de cinco anos ("quase seis!!") seria tão assustador. "Eu não acho que eu vá, pelo menos, não agora."

"Eu gosto mais de você do que do Steve."

"Isso é bom, aposto que eu sou bem mais legal do que ele."

Clémence sempre era cheia de risos e alegre perto de Luke. Ela se levantou e foi até o sofá, caminhando e ficando no meio das pernas de Luke e posicionando suas mãos na cabeça dele, "você vai conseguir seus olhos de volta?" Ela olhou para os tons de azul claro, que nunca terminavam.

"Eu não sei, bebê, eu não sei."

Ela voltou a sentar no colo dele, "você merece seus olhos, Lukey." Ela descansou a cabeça contra o peito dele, sentindo o inspirar e exalar lento de sua respiração.

Ele sorriu, envolvendo seus dois braços em volta da pequena menina. Luke não entendia como uma garota tão pequena conseguia ter pensamentos tão avançados. Ela vê o mundo em um senso diferente de vida, simplesmente como o pai dela.

Alguns minutos passaram até que se ouviu a porta se abrindo e um cheiro de Taco Bell preencheu o apartamento, "querida, cheguei!" Michael gritou, "eu trouxe burritos e tacos, também!"

Clémence pulou do colo do garoto magro, correndo na direção de Mike, pegando as sacolas de comida em vez de abraçar o pai dela. "Eu estava morrendo de fome, Papai, morrendo!"

"Eu dei comida a ela, eu juro," Luke se defendeu, levantando devagar.

"Eles me deram nozes," a pequena garota se sentou em sua cadeira, na grande mesa de madeira. Ela ficava com Luke e Calum com tanta frequência, que ela tinha seus próprios pratos, tigelas, talheres, e até mesmo seu próprio assento na cozinha.

"Na verdade era pistache," ele corrigiu.

Michael segurou nos pulsos de Luke, assim que ele estava ao alcance, pressionando um beijo bagunçado em sua bochecha, e então guiando o garoto até a mesa. "O que vale é a intenção." Ele chamou por Calum, que chegou correndo até a cozinha quando comida foi mencionada.

the boy with the white eyes (portuguese version) ↮ mukeOnde histórias criam vida. Descubra agora