the boy with the white eyes (portuguese version) ↮ muke

vous serez bien

Caum estava sentado ao lado de Luke nas cadeiras enormes no escritório do diretor do departamento de psicologia. As mãos deles estavam juntas, de modo apertado, enquanto Luke tentava não chorar.

"Não conseguir entrar nesse programa não é o fim do mundo, Mr. Hemmings, muitas opções estão disponíveis," o homem mais velho falou com palavras gentis.

"Eu sei, eu entendo," Luke falou, com sua cabeça pendendo para baixo.

"Eu vou entregar alguns pacotes para seu amigo, há várias opções. Você vai ficar bem." O professor entregou uma pasta para Calum contendo centenas de pacotes. O garoto de cabelos escuros assentiu para o homem mais velho, ajudando Luke a se levantar de seu lugar. Eles não se despediram do homem.

Luke tinha muitos pensamentos rondando sua cabeça. Isso não era parte do plano. Ele deveria ter sido aceito, não rejeitado. Ele não quer se mudar de novo para sua casa, mas ele também não poderia ficar morando em Nova York agora.

Calum voltará para casa; ele vai ser um professor na escola de ensino fundamental dos dois. Ele já definiu tudo até o outono, onde tem tudo planejado. Esse deveria ser Luke. Luke deveria ser quem estava com o próximo ano inteiro planejado, dia a dia, semana por semana, mês por mês, ano por ano.

"Pare de chorar, Lukey, por favor," Calum sussurrou à orelha de Luke, envolvendo-o em um abraço longo. As pessoas que passavam por ali grunhiam já que os dois estavam abraçados no meio da calçada.

"Eu não estou tentando chorar," ele soluçou.

"Vai ficar tudo bem, só vamos para casa." Calum segurou na mão do loiro, puxando-o até o complexo onde moravam, passo a passo.

Luke soltou um pequeno choro, "nada está dando certo." As ruas da cidade estavam movimentadas, todo mundo deveria estar fazendo alguma coisa ao meio dia da sexta-feira. Luke só queria ir para casa e comer um pote inteiro de sorvete.

Ele iria sentir falta daquelas ruas.

"Vai dar tudo certo um dia, amigo."

"Todo mundo diz isso. Eles dizem que um dia tudo vai dar certo, dizem que algum dia eu vou estar melhor, mas adivinha? Eu não vou!" Ele gritou.

"Por favor, vamos só ir embora." Calum odiava levar Luke pelas ruas lotadas porque ele sempre temia que fosse perder o garoto alto. Ele tem que ser um par de olhos para os dois, e é estressante. Eles são empurrados algumas vezes, enquanto Calum apenas segura firme com suas unhas na palma de Luke.

"Podemos ir para o Much182? Por favor?"

"Ficar dizendo 'por favor' como se você fosse um menininho de cinco anos não vai me fazer querer nada que eu não queria antes."

"Por favor?"

Cal olhou de volta para seu melhor amigo, soltando um pequeno riso, "Eu te odeio, Hemmings." Ele virou bruscamente para a esquerda, quase acertando uma moça com um carrinho de bebê. Mais alguns passos e os dois universitários estavam fora da neve e dentro do aquecimento da mercearia.

Michael enxergou os dois do caixa de onde estava, "babe! Como foi—" Ele parou sua frase quando Calum balançou a cabeça para a esquerda e depois para a direita, em negação. "Oh." Ele se virou para Silver, que olhava entediadamente para suas unhas lascadas.

"Sim, sim. Eu cubro para você."

Mike pressionou um beijo na bochecha dela, "eu te devo o mundo." O Converse preto dele fez barulho no chão assim que ele puxou Luke para um abraço.

"Eu vou encontrar nuggets com formato de dinossauro," Calum anunciou, derrapando em alguma sujeira do corredor, com sua cabeça baixa.

"Eles nem me colocaram na lista de espera," Luke murmurou contra o material áspero da camisa de trabalho do Michael.

"Eu sinto muito," ele disse, não sabendo muito que dizer para confortá-lo. Mike se separou de Luke, levando-o até a sala de serviço bege. Nenhum de seus companheiros de trabalho estava ali já que nenhum deles deveria estar descansado naquela hora.

Ele ajudou Luke a se sentar no sofá, mexendo em alguns jornais do local para que Michael pudesse se sentar próximo a ele.

"Eu não sei o que vou fazer, Michael, eu não quero voltar para casa."

"Existem outras opções," ele sussurrou, passando suas mãos para cima e para baixo na coxa de Luke tentando confortá-lo. Os jeans escuros do loiro eram tão justos, que Michael podia jurar que pareciam pintados.

"Pare de dizer isso! Todo mundo precisa parar de falar isso! Isso era o que eu queria e—mais uma vez—não vai acontecer!"

"Algumas vezes as coisas não acontecem como nos nossos planos de vida, Lucas, mas elas se transformam em coisas boas. Pense na Clémence, você acha que alguma vez eu quis alguma criança? Eu não queria uma criança! Mas agora eu tenho uma, e ela é a melhor coisa na minha vida," Michael envolveu seu braço em volta de Luke, puxando-o ainda mais perto do que antes.

"Eu não sou você," ele falou severamente, "eu não tenho um plano B, eu precisava que o plano A funcionasse."

"Bem, não funcionou. Você pode lamentar sobre seus sonhos o quanto quiser, mas você não deveria simplesmente desistir. Encontre outro caminho."

"Pare de me tratar feito uma criança. Eu tenho vinte e um anos."

"Eu não estou te tratando feito uma criança! Eu estou dando um conselho amigável, já que ninguém mais fez isso."

"Eu não quero seu conselho, o que diabos você sabe? Você parou de estudar aos vinte e um anos. Você não sabe o estresse puro que eu estou passando. Eu tenho muito para provar, e pouco tempo."

Michael riu, pegando Luke de surpresa. "Você acha que eu não tinha a minha própria vida? Eu tinha planos, também, Luke. Eu tinha sonhos e ambições, mas eles não deram certo. Eles não deram certo, e eu segui em frente." Ele se afastou ainda mais de Luke. "Eu vou parar de tratar você feito a droga de uma criança quando você parar de agir feito uma."

Luke fez um beiço com seus braços cruzados. Eles não terminaram sua conversa. Calum entrando na sala com um pote cheio de nuggets com formato de dinossauro não ajudou em nada no caso de Luke em agir como um adulto.

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eu fiquei muito puta com o luke por ter falado daquele jeito com o michael, mas fiquei com dó também dele não ter passado?! enfim, tem smut daqui há 2 capítulos  kk

sobre as notas do último capítulo, fico feliz que alguns de vocês tenham lido e sido tocados pelo que eu escrevi! cara, eu me emocionei quando vi o que vocês falaram, de verdade (isso foi brega, mas né). 

obrigado, de novo, vocês são os melhores leitores que eu poderia querer pra essa história.

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