IV

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Depois daquela noite em que Perseu me trouxe em casa, não consigo o tirar da cabeça, o que se torna uma vergonha para mim, não posso ficar pensando nisso, é um desrespeito com a deusa Atena a quem sirvo

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Depois daquela noite em que Perseu me trouxe em casa, não consigo o tirar da cabeça, o que se torna uma vergonha para mim, não posso ficar pensando nisso, é um desrespeito com a deusa Atena a quem sirvo.

Depois daquela noite, minha mãe passou a me olhar estranho, além das diversas broncas que de dá sempre que pode.

Então está decidido. Darei um fim nessa história que nem ao menos começou.

Falarei com Perseu, para me deixar em paz.

— Irei para o templo... Até mais tarde. — Me despeço de meus pais.

— Vê se você se controle desta vez. — Diz minha mãe sem me olhar.

— Boa sorte filha, não dê ouvidos a sua mãe.

Apenas aceno com a cabeça e saio de casa.

O dia está lindo hoje, além do clima agradável que se instala.

Pelo caminho estranho por não ouvir nenhum cortejo dos homens que passavam por mim, pelo contrário, eles abaixavam a cabeça quando passavam por mim.

O que será que aconteceu? Será que enfim Atena ameaçou castiga-los caso desrespeitasse as sacerdotisas dela!?

Bom, seja o que for, estou muito feliz por isso, finalmente posso andar pelas ruas sem medo.

Ao chegar no templo faço como de costume, sem interrupções dessa vez, nenhum homem apareceu para me atrapalhar ou ficar me olhando.

Como poderia não ser grata a deusa Atena!? Ela é muito justa.

Em meio a pensamentos Atena surge ao Templo, as sacerdotisas se inclinam para cumprimenta-la e assim eu o faço também.

— Vejo que o templo está vazio hoje, aqueles homens não vieram bisbilhotar, fez algum feitiço? — Ela pergunta a mim, me analisando com o olhar.

— Feitiço? Não... Não foi a senhora que falou para que parassem? — Pergunto confusa.

— Não seja tola, eu tenho coisas muito mais importantes para fazer do que me importar com quem corteja quem.

— Claro senhora...

— Mas que bom que sumiram. Estava quase tendo que tomar medidas drásticas, a seu respeito. — E assim ela sai do templo me deixando assustada com sua última fala.

Passando alguns minutos o semi-deus Perseu adentra o templo.

— A deusa Atena não está. — Uma das sacerdotisas responde.

— Obrigado, foi exatamente por isso que eu vim aqui. — Ele sorri olhando para mim.

— Se quiser deixar algum recado.

— Não, eu só quero saber de uma coisa, veio algum homem aqui hoje? Servir é claro.

— Não senhor, só mulheres, o que é estranho.

— Certo, muito obrigado. — Diz saindo do templo.

Agora faz sentido...

— Meninas, eu já volto.

Saio do templo rapidamente indo atrás dele.

— Espera! — Falo o parando.

— Sim!? — Responde me olhando intensamente.

— Pare de me olhar assim... Por favor. Foi você quem ameaçou os homens?

— Talvez.

— Obrigada... Sério.

— Não precisa me agradecer, só quero que fique bem.

— Eu... Preciso entrar. — Me afasto dele aos poucos.

— Espera! Me diz qual o seu nome?

— Não me procure mais Perseu... Adeus.

— Não pode me pedir isso...

Dou as costas para ele e volto ao templo.

— O que você foi fazer?

— Nada...

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