III

230 27 1
                                    

Aquela mulher

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Aquela mulher... Eu não sei o que ela tem de diferente... Mas por algum motivo sei que ela é diferente, seu olhar é doce, sua beleza é encantadora, não é atoa que muitos homens vão até o templo para corteja-la.

Seus cabelos são lindos, seus olhos, sua boca, sua pele parece ser tão delicada... Não sei ao menos o seu nome, mas de uma coisa eu sei... Estou encantado por ela, e eu a quero para mim, não só para me satisfazer como os outros a querem, eu a quero por inteiro, a quero como minha mulher.

Sei que ela é sacerdotisa de Atena, e que isso parece loucura, parece não, é loucura. Mas eu tenho que tentar, não irei obriga-la a nada, também sei que se eu falar com ela sobre o que sinto agora será tolice, é claro que ela irá me dispensar, então essa possibilidade de falar com ela agora está descartada.

Então tenho que agir melhor, corteja-la todos já fazem, ir ao templo atrapalhar seu trabalho também, então terei que agir diferente, tenho que a tratar de uma forma que ela perceba que sou diferente, e que minhas intenções também são.

Desistir de ser sacerdotisa exige muita coragem, eu nunca vi ou ouvir falar de nenhuma das sacerdotisas de Atena desistir assim, mas se ela tiver disposta mesmo a vir comigo, terá de largar o sacerdócio.

Eu nem a tive ainda mas já anseio tanto por isso.

A noite é quando ela retorna para sua casa, então a espero ao lado de fora do templo, e assim que ela sai se assusta ao me ver alí.

— Olá! Eu estava lhe esperando.

— A mim...? Mas por que?

— Para te levar até em casa, só para garantir que chegue em segurança, você sabe, com tantos homens a cortejando deve ter medo de ir embora todas as noites sozinha.

— Sim... Eu tenho, mas não precisa se incomodar com isso... Eu já estou acostumada a ir sozinha.

— Não me incomoda, pelo contrário, será um prazer acompanha-la até sua casa. — Sorrio para ela que sorri de volta.

E que sorriso lindo.

— Faz muito tempo que é sacerdotisa?

— Um pouco, o tempo passa tão depressa que as vezes eu nem noto.

— E você sempre quis ser isso mesmo?

Ela demora um pouco para responder, parece pensar no que falei. E isso me dá esperanças.

— É complicado... Mas já fiz a minha escolha.

— Nunca é tarde para seguir o que o coração realmente deseja.

— Por que está me falando isso? — Pergunta me olhando finalmente.

— Só que... Se não é isso que você queria realmente, então ainda é cedo para seguir caminhos diferentes, caminhos novos.

— Eu nem deveria está falando nisso, é bobagem.

— Não é... Acredite. — Paro a sua frente olhando em seus olhos, ela parece nervosa quando eu me aproximo dela, desde a primeira vez em que a vi.

— Perseu... O que você está querendo dizer com isso?

— Você nunca quis ter alguém? Digo... Se casar... Alguém para amar, ter uma família?

— Por que está me perguntando essas coisas?

— Olha... Eu sei que parece loucura, mas eu estou...

— O que faz aqui fora até essa hora? — Uma mulher que julgo ser sua mãe aparece me interrompendo.

— Mamãe... Eu, não é nada, é só que... — Ela se embaralha ao tentar dizer algo.

— Eu quis a trazer em segurança, está entregue, tenham uma boa noite.

— Muito obrigada nobre Perseu. — A mãe dela responde.

Dou uma última olhada para ela que tem a cabeça baixa agora, e volto para casa.

Ela parece ter medo de sua mãe, irei investigar isso.

Hoje foi quase, se não fosse pela mãe dela eu teria dito tudo que estou sentindo, mas tudo bem, terei outras oportunidades, sou um guerreiro, não desisto fácil.

MedusaOnde histórias criam vida. Descubra agora