As Marcam Que Ficam

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No capítulo anterior

"Quebra de tempo

Depois daquela situação no banheiro com Roy assim que o avião anúncio meu vôo o rapaz vai embora me deixando para trás.
tá que ele estava ali a trabalho. Mas, penso "se for pra mim cumprir algo que meu pai quer, seria do meu jeito!" e pega o chofer gostoso dele, bom, me parecia um ótimo começo."

🚨🚨 ALERTA GATILHO 🚨🚨

Na cidade de Seoul

- Jimin, tá tudo bem? - sem me dar conta me viro e dou de cara com o professor que estava dando a aula ao lado

Que vergonha, penso

- ôh, desculpa. Eu bati minha mão no bebedouro de sem querer

Quem iria acredita naquilo? nem eu acreditei Logo vejo o mesmo entrar para sua sala de novo.

- ótimo, esquisito. - encho a garrafa de Jihyun enquanto falava comigo mesmo indo para sala.

Entro e vou até o garoto

- sua garrafa - Jihyun se levanta e vem em minha direção pegando a garrafa da minha mão e dando uma bagunçada em meu cabelo.
- obrigado, Jimin. - o mesmo sorri me fazendo observa cada detalhe daquele sorriso, como seu sorriso era fechado abrindo a metade de sua boca quase não deixando muito a mostra seus dentes.
Logo saio de meus devaneios quando Taehyung mete um tapa na minha cabeça

- tá babando aí Ji.

Eu estava literalmente babando por Jihyun

- por favor me diz que ninguém viu isso - falo extremamente preocupado e logo vejo Kim rir

- idiota.

Depois de um bom tempo o sinal do intervalo é anunciado, Jihyun e seu grupinho e os demais alunos saem. Ficando somente eu e Kim na sala

- Ji, não me faça mais ficar aqui por favor. Tem ido na psicóloga? - o garoto pergunta.

- minha mãe você quer dizer - o rapaz faz sinal positivo com a cabeça.

- mas como funciona? - Kim me indaga curioso - ela te trata como filho mesmo nas consultas?
- claro que não né Tae, minha mãe é uma psicóloga muito competente e sabe separar o pessoal do profissional. E na sua sala eu só sou apenas o paciente como outro qualquer.

- entendi. Mas e aí, algum progresso?

- bom, eu já tô tomando os remédios para depressão e a ansiedade.

- e a fobia social? - lembra o garoto.

- Kim, é quase o mesmo que depressão e ansiedade e outra, não tem remédio para isso é mais a terapia mesmo de conversar com a psicóloga. - explico ao menino.

- entendi, poxa Ji. Aqueles meninos mexeram demais com sua cabeça né?

Ao ser questionado pelo garoto, minha mente novamente voa para lembranças que gostaria que fossem apagadas

Passado

Após ter acontecido tudo que aconteceu com Derrick e Sebastian penso seriamente sobre ir ou não ir para escola, estava com medo. Tá e daí que Jihyun havia me salvado uma vez? Quem me salvaria das outras?

Meu braço estava roxo e dolorido, Derrick tinha uma mão muito pesadinha. Resolvo então por hoje pelo menos, voltar para casa.

Chegando em casa dou de cara com minha mãe, essa que olhava para mim com um semblante confuso em sua face.

- Jimin meu filho, não teve aula? - congelo ao ouvir a pergunta da mais velha.

- Jimin, filho! Tô falando com você.

- não - digo num impulso.

- eles estavam pintando a escola, na verdade eu, eu que esqueci de te mostrar o bilhete mamãe, me desculpa. - digo com uma voz doce tentando manter acalma.

E essa foi a primeira vez que Jimin havia mentido para sua mãe, e é claro, como uma boa psicóloga e mãe a mulher havia percebido

- tem dois minutos para me conta a verdade ou ficará de castigo Park Jimin.

Jimin começou a chorar no mesmo estante, descontroladamente como se tivesse levado a maior surra do mundo.

Visão da Senhora Park

- mamãe, eles.. Eles

eu estava desesperada, ele não parava de chorar e eu não sabia o que fazer. Era agonizante vê lo tão amedrontado assim. eu nunca tinha o visto assim, meu coração se partiu naquele momento em mil pedaços. Eu não iria obriga lo a falar o que aconteceu, Jimin estava totalmente arrasado e era nítido em seu semblante pálido mas com as bochechas vermelhinhas por conta de toda as lágrimas que já havia caído do seu rostinho.

Digo por fim

- vem, mamãe vai preparar um leite com nescau quentinho para você tá bom? - o pego no colo e me direciono para cozinha, dando alguns passos e eu o coloco com cuidado sentado em uma das cadeiras que ali havia.

- quer uma bolachinha também? - o pequeno diz que sim com a cabeça.

Logo vou até o armário o abrindo e na última prateleira de cima pego uma bolacha e o entrego. Volto para perto do fogão começando a fazer o achocolatado do meu filho.

- eles não me bateram mais pegaram muito forte em meu braço. - Jimin confessa enquanto eu me mantia virada de costas para ele.

- Derrick e Sebastian e muito mau mamãe. eles sempre me perturbam na escolinha.

Inacreditável, penso.
Como, porque com o meu filho? Eu jamais duvidaria que Jimin estaria provocando eles porque eu conhecia o filho que tinha. Então, porque? E eu acho que no fundo eu sabia.
Jimin não era afeminado mas as vezes se portava de uma maneira que as pessoas estranhavam. A cor favorita do garoto era rosa, ele sempre dizia "mamãe quando eu for adulto meu cabelo será igual um algodão doce" e eu brincava dizendo " se seria gostoso" Jimin era tão ingênuo que nem se quer se dava conta que me referia ao sabor do algodão doce ou qualquer outra coisa. por isso, ele sempre fazia careta e gargalhava em seguida
ouvindo tudo que saia da boca do meu garotinho só me fez ficar mais estagnada

- amor, amor.. Não precisa mais conta tá bem? Mamãe entendeu e eu tô aqui, okay? - digo levando o achocolatado quente até o garoto.

- está bastante quente, espere esfria um pouco. - sorrio para o garoto passando a mão em seus fios delicadamente.

- mamãe, você ainda vai deixar eu pintar o cabelo de rosa quando eu crescer? - a pergunta do menino partiu novamente meu coração.

- ei, amor. - levanto a cabeça de Jimin na altura dos meus olhos - você é livre Jimin! E eu nunca o privaria de ser quem é ou de amar quem o seu coração assim quiser. - o garoto me olhava confuso
poderia não entender agora mas futuramente Jimin entenderia.

O abraço forte e profiro baixinho

- mamãe tem orgulho de você!

- mesmo com meu braço roxo? - o garoto me mostra me fazendo ficar sem reação.

- Jimin isso tá muito roxo, Derrick ou Sebastian fez isso em você? - o menininho ficava em silêncio. - Jimin, confia na mamãe! Diz.

Jimin ainda se mantia calado lembrando das palavras de Derrick sempre que o rapaz o zoava

" se você conta isso para alguém, você levará uma surra do qual ninguém irá te reconhecer, nem mesmo seus papais. "

- NÃO ME DEIXA!!! - o menino grita me fazendo ficar abismada.

- Jimin, você nunca gritou com a mamãe. - o garotinho volta a chorar novamente.

- desculpa mamãe, desculpa. - ele corre para perto de mim e me abraça com suas mãozinha pequenas agarrando fortemente a malha de meu vestido, como se sua vida dependesse desse abraço.

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