°○ Capítulo XVII ○°

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P.O.V Annabeth

Impossível!

Era essa a palavra que gritava em minha mente, isso era totalmente impossível, eu tenho total certeza de que o que eu vi não era um delírio.

- Isso é impossível. É uma ilusão. - Falei ainda não acreditando que quem estava na minha frente era real.

Que porra é essa?! Quem é o desgraçado que está brincando com isso?!

Lágrimas rolavam dos meus olhos sem minha permição, o ser se aproximou de mim e eu não tive reação alguma, não conseguia me afastar ou me aproximar, apenas deixei que deixasse chegar até mim.

XXX: Não é uma ilusão, é real. - Falou carinhoso e colocou sua mão em meu rosto limpando as lágrimas. - Não chore, não combina com sua beleza. - Falou, e com aquela frase tive certeza absoluta que era real.

- Meu Loirinho. - Escapou de meus lábios e ele sorriu.

Jon: Oi meu Pequeno Lírio. - Falou.

Com uma força desconhecida e invisível eu o abracei forte, ato que foi devolvido na mesma intensidade. Escondi meu rosto em seu peito e senti que ele escondeu o seu nos meus cabelos, deixei que minhas lágrimas caíssem sem nenhuma resistência de minha parte.

Eu estava tão feliz que não conseguia descrever, me senti como uma criança, chorando além da conta de tanta saudade, eu estava nos braços do meu irmão, da pessoa mais importante pra mim, aquele que eu achava que tinha partido da minha vida pra sempre, aquele que com sua ausência em minha vida me fez sentir a maior das tristezas e a mais profunda solidão.

- Eu senti tanto sua falta. - Não passava de um sussurro, era tudo o que poderia sair da minha voz naquele momento.

Jon: Eu também minha pequena, você não sabe o quanto. - Pela sua voz ele estava do mesmo jeito que eu.

- O que aconteceu? Como isso é possível? - Perguntei juntando toda a minha força que tinha para poder fazer minha voz sair audível e compreensível.

Toquei em seu rosto como uma garantia de que aquilo era real, algo sólido. Ele segurou e deixou um beijo na palma da minha mão.

Jon: Vamos na sua casa, vai ser melhor se estivermos lá. - Disse e eu assenti.

Pela primeira vez em séculos tive que reunir forças e respirar fundo apenas para me teletransportar, algo que eu fazia fácil, era só piscar. Chegando em casa, nos sentamos no sofá e ele se deitou no meu ombro.

Jon: Naquele dia, a Luiza começou a brigar comigo porque em um acesso de raiva ela começou a dizer que desde que eu tinha nascido eu só tinha atrapalhado a vida dela, e coisas do tipo. - Falou e eu percebi que em sua voz não tinha nenhum sentimento, nenhum amargor ou tristeza, já eu estava mergulhada em ódio puro. - Eu vi que você tinha chegado e antes que eu conseguisse me virar senti meu pescoço sendo quebrado, eu também senti o impacto quando caí no chão, o que era estranho porque eu deveria estar morto. Ela fez um feitiço para que eu realmente morresse, mas que eu ainda pudesse sentir e ouvir tudo, mas não conseguia falar ou me mover.

Eu podia escutar os gritos da Luiza implorando para você parar, escutei quando você se transformou, seus gritos, os ossos se partindo fiquei agoniado. Assim como sei que as horas se passaram lentas para você, para mim também foi do mesmo jeito. Quando finalmente acabou senti quando você ficou do meu lado em forma de lobo, ouvi seus choros e minha agonia aumentava mais. A magia fazia com que qualquer coisa que eu escutasse me deixasse mais triste, principalmente por não conseguir fazer nada, se transformava e acumulava em agonia, eu sentia como se estivesse em meio ao fogo e implorava mentalmente para poder morrer.

°○ A Mikaelson Rejeitada - Elijah Mikaelson ○°Onde histórias criam vida. Descubra agora