Capítulo 01:Piloto

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  Acordei de manhã bem cedo com os raios dourados do sol batendo em meu rosto através da janela que tinha ao lado da minha cama

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  Acordei de manhã bem cedo com os raios dourados do sol batendo em meu rosto através da janela que tinha ao lado da minha cama. Era um dia lindo, não só pelo fato do céu estar limpo e do clima estar bastante agradável, mas sim porque eu retornaria à escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Iria cursar meu sétimo ano e, obviamente, aquele ano não seria nada fácil, já que eu teria que prestar os N.I.E.M.S (na linguagem dos trouxas, era como se fosse um "vestibular").

— Filha, já tá pronta? — Meu pai, Remo Lupin, perguntava atrás da porta. Não o respondi. Apenas levantei da cama e destranquei a porta (eu costumava dormir de porta trancada todas as noites), fazendo ele dar de cara com o meu rosto sonolento e amassado. — Pelo visto, ainda não. Acordou agora?

— É, mais ou menos isso. — Respondi brevemente com a voz rouca. Odiava conversar logo de manhã cedo.

— Certo, se arrume logo, estamos quase atrasados. Já comprei todo o seu material escolar no Beco Diagonal mais cedo, ok?

— Tá, pai.

Então, ele fechou a minha porta, me dando a privacidade que eu precisava.
Éramos apenas eu e ele, nasci quando meu pai era muito novo. Fui fruto de uma relação adolescente entre ele e minha mãe quando eles estavam no último ano escolar. Infelizmente, ela foi assassinada dois depois que nasci por seguidores de Voldemort durante a Primeira Guerra Bruxa. Ela era nascida trouxa.
  Eu era essencial na vida de meu pai, tentava ajudá-lo como podia, principalmente em noites de lua cheia, já que ele era um lobisomem. Graças a Merlin, eu não nasci com tal característica.
No ano passado ele até foi professor de Defesa Contra as Artes das Trevas em Hogwarts, mas no fim do ano letivo pediu demissão por causa do preconceito vindo dos pais de alunos que descobriram que seus filhos estavam sendo lecionados por um lobisomem.
Enfim, depois de me arrumar rapidamente, desci as escadas com o meu malão que carregava tudo o que precisava para enfrentar mais um ano escolar. Meu pai me aguardava na mesa da cozinha com o café.

— Agora espertou?

— Sim. — Respondi e dei um beijo em sua bochecha.

  Ao me sentar à mesa, ele me deu um envelope dourado e marcado com o brasão de Hogwarts. Quando abri, havia uma carta dentro, a qual dizia: " Em razão da última reunião do comitê da diretoria de Hogwarts, foi decidido que a partir desse ano, os novos monitores das casas serão, obrigatoriamente, do sétimo ano, pois são considerados mais capacitados de cuidar dos estudantes mais novos. Por isso, damos os parabéns a Rebecca Lupin e a Cedrico Diggory, por terem sido selecionados como novos monitores da Lufa Lufa".
  Fiquei sem reação, pois Cedrico Diggory era, ninguém menos, que o garoto de ouro da escola, cobiçado por todas as meninas do lugar. Ele era alto, musculoso, tinha cabelo castanho claro e olhos acinzentados, era capitão e apanhador do time, e também era muito, mais muito inteligente.
  Realmente, elas tinham motivos bastante plausíveis para desejá-lo, mas eu nunca me senti atraída por ele e desejava que aquela parceria não prejudicasse a minha vida social, que já era bem precária.

  — O que diz a carta? — Papai perguntou com entusiamo.

— Eles me escolheram pra ser monitora da Lufa Lufa! —Respondi quase sem acreditar.

— Mas os monitores não são nomeados no quinto ano?

— É que ano passado os monitores do quinto ano estavam fazendo muita algazarra. Tinha festa nos dormitórios, os alunos saíam das comunais tarde da noite, etc... Dumbledore já estava ficando furioso.

— Ah é, pensando assim, é melhor que os alunos do sétimo ano sejam nomeados mesmo. Parabéns, filha.

— Obrigada, pai.

— Isso me faz lembrar da época em que eu era monitor...

— Peraí, você já foi monitor da Grifinória? — Arqueei a sobrancelha.

— Bem... já, mas não era muito bom na minha função. — Ele riu.

— Por que?

— Porque eu sempre acobertava os meus amigos, é claro. — Seu tom de voz parecia nostálgico. Era como se um filme da sua adolescência tivesse acabado de passar na mente dele.

— É bem seu tipo fazer isso.

— Mas então... quem é o outro monitor? Pelo que eu me lembre é sempre um casal para cada casa.

— Ah... o famoso Cedrico Zé Bonitinho Diggory. — Revirei os olhos e guardei a carta de volta no envelope.

— Não fale assim do coitado, ele é um bom rapaz. Um dos melhores alunos que já tive. Aposto que vocês se darão bem.

— Pensei que eu tinha sido sua melhor aluna, professor Lupin.

— Eu disse "um dos melhores", não "o melhor". — Ele riu do meu drama.

— Só não quero que nenhuma menina venha me atormentar pelo fato de eu ser monitora junto com ele.

— Isso não vai acontecer, fique tranquila, Dumbledore vai me informar se alguém pegar no seu pé. Nossa! — Meu pai olhou o relógio da parede. — Olha só a hora! Preciso levá-la à estação de trem!

  Fomos até a lareira da sala de nossa casa para usar a rede de flu. Meu pai foi primeiro e eu logo em seguida, então, em um piscar de olhos, já estávamos no Beco Diagonal e como era bem perto de King's Cross, fomos andando até a estação.
  Chegando à plataforma, vi vários rostos familiares que sorriam para mim, me cumprimentando de longe, como os de Angelina Johnson e dos gêmeos Weasley.

— Você vai ficar bem? — Meu pai perguntou com tristeza.

— Vou, você vai? — Meu coração se apertou.

— Sei me cuidar.

— Eu te amo, pai. — O abracei com força. — Me mande cartas sempre que puder, tá? Qualquer coisa que acontecer, por mínima que seja, fale com o Dumbledore e eu darei um jeito de voltar pra casa. — Deixar o meu pai sozinho era extremamente difícil para mim. Eu sempre me vi na obrigação de cuidar dele.

— Não se preocupe comigo, eu vou ficar bem, sempre fico. — Ele sorriu sem mostrar os dentes.

— Tá bom. — O soltei do abraço.

— Boa viagem, querida. — Papai me deu um beijo demorado na cabeça.

— Obrigada. — Comecei a me afastar dele e entrar no trem. — Fique bem.

Enquanto o expresso de Hogwarts partia, eu fazia questão de acenar para o meu pai até ele sumir da minha vista.

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A Maldição-The curseOnde histórias criam vida. Descubra agora