O tempo se passou rápido como o vento, Noah crescia cada vez mais, ele já tinha oito anos, dois anos de diferença comparado ao meu irmão Teddy, o qual tinha seis anos. Cedrico e eu cuidávamos dos dois com muito esforço, sem ele, eu estaria totalmente perdida.
Harry era padrinho de Teddy, então ele também nos ajudava a criá-lo. Consequentemente, nós nos aproximamos, pois Harry sempre frequentava a nossa casa junto com a sua noiva: Gina Weasley.
Por causa do Harry, desenvolvemos uma amizade sólida com Rony e Hermione, que também estavam noivos.
Angelina e Jorge, por mais improvável que fosse, se casaram. A relação dos dois era algo que me preocupava bastante, porque tinha medo que Angelina fizesse de conta que Jorge era outra pessoa: Fred. Porém, eu tentava não pensar nisso, já que era um assunto extremamente delicado.
A Gemialidades Weasley voltou a funcionar após a guerra, Rony trabalhava no lugar de Fred e Cedrico também contribuía na loja. O salário não era tão alto, mas era suficiente para nos sustentar. Eu não trabalhava por opção própria, preferia ficar em casa e dar o máximo de atenção possível aos meninos, mas, às vezes, aquilo me cansava.
Eu e Cedrico estávamos preparando o café das crianças enquanto elas brincavam no quintal, quando, de repente, alguém bateu em nossa porta.— Eu atendo. — Cedrico se ofereceu.
— Oi, Cedrico, cheguei muito cedo? — Era Harry.
— Não, imagina, pode entrar.
— Obrigado. — Ele agradecia e colocava o seu casaco no cabideiro de parede.
— Harry, que bom que você veio! — Dei um abraço nele. — O Teddy e o Noah já estavam perguntando quando viria, eles estão brincando lá fora. Aceita um café?
— Ah, não, obrigado, eu vim mais por sua causa.
— Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa?
— Está tudo bem sim, fique tranquila, é só a Hermione, ela quer lhe ver no ministério hoje. — Hermione tinha sido eleita como Ministra da Magia naquela mesma semana.
— Que horas?
— Se pudesse ser agora... seria melhor.
— Certo... amor, você pode tomar conta dos meninos um pouco? — Perguntei a Cedrico.
— Claro, sem problemas.
— Não os deixe lá fora por muito tempo, hein. — Eu o alertava. — Está frio e eles podem adoecer.
— Tá bom, tá bom. — Ele ria da minha preocupação em excesso.
— Vamos? — Harry oferecia seu braço para aparatarmos.
— Vamos. — Afirmei e peguei em seu braço.
Em questão de segundos, já tínhamos chegado ao nosso destino. Aparecemos no hall principal do Ministério, onde vários bruxos e bruxas andavam com pressa e se esbarravam para chegarem a tempo em seus compromissos.
Fomos ao elevador para conseguirmos ir à sala de Hermione, que ficava no lugar mais alto do Ministério. O elevador estava lotado, tivemos que parar em vários andares para, finalmente, chegar.— Ok, chegamos, a sala dela é aquela logo no fim do corredor. — Harry apontava para a última porta.
— Tá bom, obrigada por ter me acompanhado, nunca saberia como chegar sozinha.
— Disponha.
Caminhei pelo longo corredor até chegar à porta que Harry dissera. Respirei fundo e dei três batidas leves. Hermione me recebeu com um grande sorriso.
— Oi, Rebecca! Pode entrar! — Ela me conduziu ao seu enorme escritório e se sentou em sua mesa. — Sente-se. — Hermione pediu quando percebeu que eu ainda continuava de pé,deslumbrada com a beleza da sala.
— Harry disse que queria falar comigo.— Disse me sentando em frente à sua mesa.
— Ah, sim, sim, bom... como Ministra da Magia, estou querendo recrutar alguns novos aurores, e como você é uma pessoa que eu confio de olhos fechados, gostaria de saber se não queria se juntar ao time.
— M-me juntar ao time?-Gaguejei.
— Sim, ao time de aurores!
— Mas e-eu... eu nem terminei meus estudos em Hogwarts... nem prestei os N.O.M.S, muito menos os N.I.E.M.S! — Eu dizia eufórica.
— Mas você fez coisas mais importantes, participou da Ordem, lutou na batalha ao lado de seu pai e de Tonks sem hesitar, uma prova não define quem você é.
— Eu nem sei o que dizer.
— Promete que vai pensar na proposta?
— Pensar? Não preciso pensar! É claro que eu aceito!
— Ai, que maravilha! Então nos vemos na semana que vem.
— Com certeza! Muito obrigada, Hermione, muito obrigada mesmo! — Agradecia saindo de sua sala saltitando.
Eu sorria de orelha à orelha, pois conseguiria contribuir com a renda em casa e ajudar minha família a viver melhor agora. Fui até uma das lareiras que tinham no Ministério e usei a rede de Flu para voltar para casa.
Apareci, imediatamente, na minha sala de estar, onde Cedrico lia um livro sentado no sofá, com as pernas esticadas sobre a mesinha de centro.— Oi, voltou cedo! — Ele sorria.
— É.
— Que sorriso é esse? — Cedrico me questionava com desconfiança.
— O que? Não gosta mais do meu sorriso? — Perguntei sorrindo ainda mais.
— Claro que gosto, eu amo, pra ser sincero, mas não é todo dia que você aparece com um sorriso desse tamanho, o que aconteceu lá?
— Você está olhando para a mais nova auror do Ministério da Magia!
— Mentira!
— É a mais pura verdade!
— Meu Deus! Isso é ótimo! — Cedrico me abraçou tão forte que fez meus pés saíram do chão. — Que orgulho que eu tenho de você! — Ele beijava cada canto do meu rosto.
— Calma, mas antes, precisamos conversar sobre uma coisa.
— O que? Se for em relação aos meninos,eu posso chamar a Andrômeda para ficar com eles nos dias que nós dois formos trabalhar, ou posso deixá-los na casa dos meus pais.
— Na verdade, não era isso.
— Então o que foi?
— Você vai ficar chateado se, de repente, meu salário for maior que o seu? — Perguntei envergonhada.
— Isso é uma piada?
— Quero que me responda com sinceridade.
— Meu amor, que pergunta ridícula, é claro que eu não vou ficar chateado, o seu sucesso sempre vai me deixar feliz. — Cedrico me pegava pela cintura.
— Você é o melhor. — Falei e beijei sua bochecha.
— Tento ser. — Ele respondeu corado. — Ei, agora que me toquei! Precisamos comemorar!
— Como?
— Faça o seguinte: leve as crianças para a casa dos meus pais e fique com eles lá até o anoitecer. De noite, você volta e vê a surpresa, o que acha?
— Já estou ansiosa.
— Pois então vá logo! — Cedrico me apressou. — Tenho muita coisa para fazer!
Ele me deu um beijo rápido, se despediu dos meninos e eu fui com eles para a casa dos Diggory.
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A Maldição-The curse
FanfictionRebecca Lupin, uma garota comum como todas as outras do sétimo ano da Lufa Lufa, se rende aos encantos de seu melhor amigo Cedrico Diggory. Mas como aquele amor poderia se concretizar e por quanto tempo ele duraria?Afinal, ele não era como ela imagi...