Capítulo 23:O labirinto

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POV Cedrico Diggory:

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POV Cedrico Diggory:

  Harry e eu entramos no enorme labirinto e logo se fez um silêncio. Não dava mais para ouvir o som da banda nem as pessoas gritando nossos nomes. Não ouvíamos absolutamente nada. O ambiente ficou assustador.

— Boa sorte. — Eu disse a Harry.

— Para você também.

  Então nos separamos e cada um foi para uma direção. Eu andava devagar e sempre atento a qualquer barulho ou movimento suspeito. Comecei a acelerar o passo quando percebi que não havia nenhum perigo por perto. Porém, durante minha caminhada, vi algo aterrorizante.
  Rebecca estava estirada na grama com o corpo completamente imóvel e com o rosto pálido, assim como no dia que a encontrei no fundo do lago negro. Provavelmente, aquela seria mais uma prova que envolveria os nossos "tesouros".
  Corri até ela desesperadamente e logo chequei seu pulso, mas não tinha batimentos, ela parecia morta. Puxei-a para junto de mim, a envolvi em meus braços e senti sua pele tão gelado quanto uma pedra de gelo. Eu dava tapinhas em seu rosto e chacoalhava seu corpo sem para. Porém, ela continuava de olhos fechados.
  Comecei a chorar e gritar como uma criança. Rebecca não merecia aquilo, ela era muito jovem, tinha ainda muitas coisas para viver.

— Meu amor, não faz isso comigo, por favor... não me deixa... eu te amo. — Falei com a voz trêmula. — Você não pode estar morta... não pode...

  Fechei os olhos por um breve instante, mas quando abri, não era mais Rebecca nos meus braços, agora era minha mãe morta que eu carregava. Depois surgiu o corpo de meu pai no lugar dela. Então logo me dei conta que aquilo era um Bicho-Papão assumindo a forma do meu maior medo: perder quem mais amo.
  Soltei o bicho e lancei o feitiço Riddikulus, fazendo o cadáver de meu pai sumir e aparecer um elfo doméstico dançante. Foi a primeira coisa relativamente engraçada consegui pensar.
Voltei a seguir meu caminho e virava à direita e à esquerda sem parar, em busca da tão almejada taça tribruxo. Em uma dessas voltas, mais um perigo me apareceu. Era um Explosivim, criatura híbrida criada pelo cruzamento entre Caranguejos de Fogo e Manticoras. O bicho era imenso, media por volta de três metros de altura. Era como se fosse um escorpião gigante. Ao me avistar, ele tentou me ferir com o seu ferrão venenoso.
Todos os meus feitiços estavam falhando, pois ele era grande demais. Por um breve momento, caí no chão, foi a oportunidade perfeita para a criatura me atacar. Ela subiu em cima de mim e me deixou quase imobilizado, porém tive a ideia de usar o feitiço Bombarda em sua barriga, onde a pele era mais sensível.
Felizmente, meu plano obteve sucesso, destruindo o Explosivim de dentro para fora e o matando. Aquela prova era realmente bem mais difícil que as anteriores.
  Após derrotar o bicho, o ambiente ficou quieto de novo, me dando a possibilidade de procurar a taça com mais calma.
Corri por todos os lugares, sem me importar para onde estava indo, apenas queria sair dali. De repente, ouvi um grito horrível, parecia ser de mulher. Faíscas vermelhas surgiram no céu e conclui que provavelmente Fleur saiu do jogo. Ao invés de ter ficado feliz por ter menos um concorrente, eu senti inveja. Inveja por ela ter conseguido ir embora daquele labirinto.
  No meio da minha correria, me esbarrei com alguém e, por conta do impacto, nós dois caímos no chão. Fiquei aliviado quando vi que era apenas o Viktor Krum. Mas Krum estava diferente. Seus olhos estavam completamente brancos e ele me observava com um olhar de fúria, parecia que ia me atacar a qualquer instante. O búlgaro sempre foi bastante introvertido, mas não aparentava sentir raiva de alguém, principalmente de mim, nós nunca havíamos trocado uma palavra.

— Tá tudo bem com você? — Perguntei ofegando e me aproximando dele, mas ele não respondeu.

— Crucio! — Viktor Krum me lançou a maldição Cruciatus.

  Eu nunca tinha sentido uma dor daquela proporção em toda a minha vida. Eu berrava, me contorcia e chorava de agonia, preferia morrer a sentir aquilo de novo.

— Expelliarmus! — De longe, ouvi alguém gritar e imediatamente minha dor cessou. Harry conseguira desarmar Viktor e me salvar, mas Krum ainda tentava atacá-lo com as próprias mãos.

— Petrificus Totalus! — Lancei o feitiço em Krum e ele caiu como uma pedra na grama, totalmente imobilizado.

— Você está bem? — Harry me perguntou.

— Estou... — Eu ofegava e tremia. — Você ouviu alguém gritar ainda pouco?

— Ouvi, acho que foi a Fleur, será que o Krum a pegou também?

— Não sei, mas o que faremos com ele agora? — Nós dois olhávamos o corpo com indiferença.

— Acho que devemos lançar faíscas no céu para alguém vir buscá-lo antes que alguma criatura o ataque.

— Seria bem merecido se algum bicho o atacasse, mas acho que você tem razão. — Peguei minha varinha e lancei o feitiço Periculum. — Então... melhor nos separarmos agora. — Sugeri.

— É...certo. — Harry foi para direita e eu para a esquerda, ficando sozinho mais uma vez.

  Caminhando com cautela e concentração, consegui encontrar o que queria: a taça tribruxo. Ela refletia um brilho azulado e estava em um pedestal, finalmente eu ia sair dali. Para não perder tempo, corri o mais rápido que pude em direção ao troféu, mas ao mesmo tempo estranhei aquela situação. Seria assim tão fácil? Sem obstáculo algum? Minhas perguntas foram respondidas quando Harry apareceu novamente e deu um berro.

— CEDRICO! À SUA ESQUERDA! — Havia uma grande Acromântula perto de nós, me fazendo tropeçar devido ao susto. Porém, ela atacou Harry ao invés de mim. O menino gritava vários feitiços, mas nenhum adiantava.

— Expelliarmus! — Lancei a magia e ela saiu de perto do garoto, me deixando surpreso. Não imaginei que aquele feitiço funcionaria.

  Então ele se levantou e correu para próximo de mim. Nós dois, ao mesmo tempo, lançamos o feitiço Estupefaça e a aranha foi morta. Os dois feitiços combinados era mais potente que um só.

— Acho que esse foi o último obstáculo. — Harry falava sem fôlego.

— É, agora vá buscá-la. — Eu disse tentando recuperar a respiração.

— Que?

  — Apanhe a taça.

  — Não,ficou maluco? Você achou primeiro.

  — Não tem importância pra mim, pode pegar. Eu só quero sair daqui.

  — Não posso fazer isso, você é muito melhor que eu, merece ganhar esse torneio.

  — Você salvou minha vida mais de uma vez durante essa competição, me contou sobre os dragões e me ajudou com o Krum ainda pouco.

  — É, mas você fez o mesmo por mim, me contou sobre o ovo de ouro e me livrou daquela acromântula, então estamos quites. — Ele fez uma pausa e ficou pensativo. — Talvez... talvez Hogwarts possa ter dois campeões.

  — É sério, Harry, eu não me importo de ficar em segundo lugar.

  — Pare logo de ser modesto e agarre essa taça junto comigo!

  — Está bem,então no três.-Sugeri.

  — Um... — Harry começou.

  — Dois...

  — Três! — Nós dissemos juntos e pegamos a taça.

Mas tudo começou a girar, parecia um "furacão" cheio de cores. Ao abrir os olhos, percebi que não estávamos mais no labirinto, mas sim em um cemitério. O taça era a chave de um portal.

A Maldição-The curseOnde histórias criam vida. Descubra agora