Capítulo 25:Doença misteriosa

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  Depois de um tempo, Harry e Cedrico retornaram para a arena com a taça tribruxo

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Depois de um tempo, Harry e Cedrico retornaram para a arena com a taça tribruxo. Todos vibravam com a vitória dos dois campeões de Hogwarts, meu coração estava quase explodindo de tanta alegria.
  Entretanto, havia algo errado com Harry. O garoto, além de ter feridas graves por todo o corpo, chorava e tremia muito. O mais estranho de tudo isso, era que Cedrico não demonstrava reação alguma. Estava apático.
  Dumbledore correu até os dois a fim de descobrir o que estava acontecendo.

— Ele voltou! Voldemort voltou! — Harry berrava desesperadamente.

— Professor Moody, leve Harry para dentro do castelo, imediatamente. — O professor assentiu, pegou o menino pelo braço e o levou para longe do tumulto.

  Saí da arquibancada o mais rápido possível e fui até Cedrico, aquela história não podia ser verdade, era impossível. Ele não teria ficado tão apático se aquilo fosse real.

— Ced! — O abracei com toda a minha força,mas ele não retribuiu o abraço. — O que aconteceu? Do que o Harry está falando?

— O Lorde das Trevas retornou, haverá outra guerra. — Cedrico disse sem medo.

— E você está bem?

— Não importa. — Ele passou direto por mim e foi embora.

  Cedrico nunca havia me tratado daquela forma, mas eu não ia exigir nada dele naquele momento. Talvez precisasse de um tempo sozinho, afinal, ele viu o bruxo mais maligno do mundo pessoalmente.

— O que aconteceu? Cedrico contou algo a você? — Fred perguntou quando eu voltei para perto dos meus amigos.

— Ele não disse muita coisa.

— Você acha que Você-Sabe-Quem realmente retornou? — Ele perguntou em um sussurro.

— Sinceramente, não sei, Fred.

  Nenhum de nós falou mais nada depois daquilo. Eu voltei para a sala comunal e fui me deitar. Na manhã seguinte, as notícias viriam à tona, a única coisa que me restava fazer agora era esperar.
  Coloquei meu pijama e me deitei na cama. Dormi até o meio da madrugada, depois disso, o sono não veio mais, então decidi ir dar um volta no hall da comunal.
  Ao chegar lá, vi Cedrico perto da janela, olhando para o nada.

— Oi... — Cumprimentei com hesitação. — Como você está? — Ele apenas me olhou de canto, mas não respondeu. — Está sem sono?

— Me deixa em paz. — Cedrico pediu friamente.

— Amor, eu não sei o que aconteceu dentro daquele labirinto, mas você precisa me contar, eu estou muito preocupada com você.

— Olha, só fica fora do meu caminho, tá bom?

— Como assim?

— Eu não quero mais nada com você, nós dois sabíamos que isso não daria certo.

— Calma aí, você não pode terminar assim comigo, sem mais nem menos. Nós estávamos bem mais cedo.

— Eu mudei, tenho coisas importantes para fazer agora.

— Isso não tem sentido algum! Que "coisas importantes" são essas? — Questionei com lágrimas nos olhos.

— Não importa, só se afasta de mim.

— Você me prometeu... prometeu que não ia me machucar de novo, prometeu que não ia me deixar, você é um falso! — Elevei o tom de voz.

— As coisas nem sempre são como a gente quer.

— Tá bom... se é isso que você deseja, não vou impedir. Mas me faz um favor? Não me procura nunca mais, cansei desse seu joguinho.

— Não vou procurar, fique tranquila.

  Eu nunca tinha me sentido tão patética em toda a minha vida. Aquelas palavras tinham me magoado profundamente, mas, apesar disso, não conseguia sentir ódio daquele garoto. Cedrico Diggory não era como eu imaginava.
  Voltei para o quarto, cobri todo o meu corpo com o lençol e, ali, desabei. Como uma pessoa conseguia ser tão mentirosa? Como o amor poderia ser tão enganoso? Essas foram as principais perguntas que martelaram minha cabeça até eu dormir.
  Na manhã seguinte, acordei completamente indisposta, mas, mesmo assim, me esforcei para levantar e prosseguir minha vida, aquele término não podia me abalar. Porém, minha cabeça girou e eu, imediatamente, caí na cama, devia ser uma leve queda de pressão.
  Coloquei minha roupa e saí do dormitório para ir tomar café, torcendo para não ver Cedrico no meio do caminho. Mas, durante meu trajeto, comecei a sentir uma náusea terrível, tão forte que não consegui continuar.
  Corri até o banheiro mais próximo e vomitei tudo o que tinha no meu estômago, talvez tudo o que aconteceu entre mim e Cedrico me deixou doente.

— Rebecca? — Uma voz familiar me chamou. Era Gina Weasley. — Está tudo bem aí? Quer ajuda? — Ela perguntava atrás da porta.

— Não, Gina, não preci... — Não consegui terminar a frase, pois, novamente, o suco gástrico subia pela minha garganta.

— Eu vou chamar alguém, espera!

  Fiquei o tempo inteiro rendida no chão do banheiro esperando a ajuda. Eu estava fraca, minha visão estava turva e não conseguia dizer uma palavra.

— O que aconteceu com você? — Angelina entrou pela porta.

— Eu não sei... — Falei baixinho.

— Você está muito pálida... vem cá, vou lhe levar à enfermaria. Gina, me ajude a levantá-la. — Cada uma me segurou por um braço e, assim, fui encaminhada à ala hospitalar.

— Madame Pomfrey, a Rebecca precisa de ajuda! — Gina chamou a enfermeira.

— O que aconteceu? — A mulher perguntou com os olhos arregalados ao ver minha feição abatida.

— Nós não sabemos, a encontramos no banheiro vomitando muito.

— Obrigada, meninas, deixem que eu cuido dela agora, podem voltar aos seus afazeres. — As duas saíram da enfermaria sem parar de me observar.

  A única pessoa que havia na ala hospitalar, além de mim, era Harry Potter, o qual parecia extremamente cansado e abalado. O menino dormia em um sono profundo. Eu nem conseguia imaginar o que poderia ter lhe acontecido.

— Ele não acordará tão cedo, se é isso que se pergunta. — Madame Pomfrey comentou ao me perceber encarando o menino. — Tomou uma Poção do Sono muito forte, precisa de descanso, pobre garoto...

— Então é verdade tudo o que ele disse? Você-Sabe-Quem voltou?

— Infelizmente... sim. Mas o assunto aqui não é o senhor Potter, me diga como está se sentindo.

— Bom... eu acordei sentindo uma tontura bem ruim, depois vieram as náuseas.

— Entendi, você tem algum problema de saúde?

— Não, senhora.

— Tomou alguma poção de procedência suspeita?

— Não.

— Tomou alguma bebida com álcool? Seja sincera comigo.

— Não, Madame Pomfrey.

— Talvez seja apenas um resfriado, mas vou precisar tirar um pouco do seu sangue para descobrir, tá bom?

— Tudo bem.

Ela pegou uma agulha fina, a qual me fez estremecer, nunca fui fã de agulhas. O objeto foi introduzido em minha veia e meu sangue começou a ser coletado.

— Prontinho, mais tarde iremos descobrir o que há de errado com você. Enquanto isso, fique em repouso aqui.

A Maldição-The curseOnde histórias criam vida. Descubra agora