Depois de um tempo, Harry e Cedrico retornaram para a arena com a taça tribruxo. Todos vibravam com a vitória dos dois campeões de Hogwarts, meu coração estava quase explodindo de tanta alegria.
Entretanto, havia algo errado com Harry. O garoto, além de ter feridas graves por todo o corpo, chorava e tremia muito. O mais estranho de tudo isso, era que Cedrico não demonstrava reação alguma. Estava apático.
Dumbledore correu até os dois a fim de descobrir o que estava acontecendo.— Ele voltou! Voldemort voltou! — Harry berrava desesperadamente.
— Professor Moody, leve Harry para dentro do castelo, imediatamente. — O professor assentiu, pegou o menino pelo braço e o levou para longe do tumulto.
Saí da arquibancada o mais rápido possível e fui até Cedrico, aquela história não podia ser verdade, era impossível. Ele não teria ficado tão apático se aquilo fosse real.
— Ced! — O abracei com toda a minha força,mas ele não retribuiu o abraço. — O que aconteceu? Do que o Harry está falando?
— O Lorde das Trevas retornou, haverá outra guerra. — Cedrico disse sem medo.
— E você está bem?
— Não importa. — Ele passou direto por mim e foi embora.
Cedrico nunca havia me tratado daquela forma, mas eu não ia exigir nada dele naquele momento. Talvez precisasse de um tempo sozinho, afinal, ele viu o bruxo mais maligno do mundo pessoalmente.
— O que aconteceu? Cedrico contou algo a você? — Fred perguntou quando eu voltei para perto dos meus amigos.
— Ele não disse muita coisa.
— Você acha que Você-Sabe-Quem realmente retornou? — Ele perguntou em um sussurro.
— Sinceramente, não sei, Fred.
Nenhum de nós falou mais nada depois daquilo. Eu voltei para a sala comunal e fui me deitar. Na manhã seguinte, as notícias viriam à tona, a única coisa que me restava fazer agora era esperar.
Coloquei meu pijama e me deitei na cama. Dormi até o meio da madrugada, depois disso, o sono não veio mais, então decidi ir dar um volta no hall da comunal.
Ao chegar lá, vi Cedrico perto da janela, olhando para o nada.— Oi... — Cumprimentei com hesitação. — Como você está? — Ele apenas me olhou de canto, mas não respondeu. — Está sem sono?
— Me deixa em paz. — Cedrico pediu friamente.
— Amor, eu não sei o que aconteceu dentro daquele labirinto, mas você precisa me contar, eu estou muito preocupada com você.
— Olha, só fica fora do meu caminho, tá bom?
— Como assim?
— Eu não quero mais nada com você, nós dois sabíamos que isso não daria certo.
— Calma aí, você não pode terminar assim comigo, sem mais nem menos. Nós estávamos bem mais cedo.
— Eu mudei, tenho coisas importantes para fazer agora.
— Isso não tem sentido algum! Que "coisas importantes" são essas? — Questionei com lágrimas nos olhos.
— Não importa, só se afasta de mim.
— Você me prometeu... prometeu que não ia me machucar de novo, prometeu que não ia me deixar, você é um falso! — Elevei o tom de voz.
— As coisas nem sempre são como a gente quer.
— Tá bom... se é isso que você deseja, não vou impedir. Mas me faz um favor? Não me procura nunca mais, cansei desse seu joguinho.
— Não vou procurar, fique tranquila.
Eu nunca tinha me sentido tão patética em toda a minha vida. Aquelas palavras tinham me magoado profundamente, mas, apesar disso, não conseguia sentir ódio daquele garoto. Cedrico Diggory não era como eu imaginava.
Voltei para o quarto, cobri todo o meu corpo com o lençol e, ali, desabei. Como uma pessoa conseguia ser tão mentirosa? Como o amor poderia ser tão enganoso? Essas foram as principais perguntas que martelaram minha cabeça até eu dormir.
Na manhã seguinte, acordei completamente indisposta, mas, mesmo assim, me esforcei para levantar e prosseguir minha vida, aquele término não podia me abalar. Porém, minha cabeça girou e eu, imediatamente, caí na cama, devia ser uma leve queda de pressão.
Coloquei minha roupa e saí do dormitório para ir tomar café, torcendo para não ver Cedrico no meio do caminho. Mas, durante meu trajeto, comecei a sentir uma náusea terrível, tão forte que não consegui continuar.
Corri até o banheiro mais próximo e vomitei tudo o que tinha no meu estômago, talvez tudo o que aconteceu entre mim e Cedrico me deixou doente.— Rebecca? — Uma voz familiar me chamou. Era Gina Weasley. — Está tudo bem aí? Quer ajuda? — Ela perguntava atrás da porta.
— Não, Gina, não preci... — Não consegui terminar a frase, pois, novamente, o suco gástrico subia pela minha garganta.
— Eu vou chamar alguém, espera!
Fiquei o tempo inteiro rendida no chão do banheiro esperando a ajuda. Eu estava fraca, minha visão estava turva e não conseguia dizer uma palavra.
— O que aconteceu com você? — Angelina entrou pela porta.
— Eu não sei... — Falei baixinho.
— Você está muito pálida... vem cá, vou lhe levar à enfermaria. Gina, me ajude a levantá-la. — Cada uma me segurou por um braço e, assim, fui encaminhada à ala hospitalar.
— Madame Pomfrey, a Rebecca precisa de ajuda! — Gina chamou a enfermeira.
— O que aconteceu? — A mulher perguntou com os olhos arregalados ao ver minha feição abatida.
— Nós não sabemos, a encontramos no banheiro vomitando muito.
— Obrigada, meninas, deixem que eu cuido dela agora, podem voltar aos seus afazeres. — As duas saíram da enfermaria sem parar de me observar.
A única pessoa que havia na ala hospitalar, além de mim, era Harry Potter, o qual parecia extremamente cansado e abalado. O menino dormia em um sono profundo. Eu nem conseguia imaginar o que poderia ter lhe acontecido.
— Ele não acordará tão cedo, se é isso que se pergunta. — Madame Pomfrey comentou ao me perceber encarando o menino. — Tomou uma Poção do Sono muito forte, precisa de descanso, pobre garoto...
— Então é verdade tudo o que ele disse? Você-Sabe-Quem voltou?
— Infelizmente... sim. Mas o assunto aqui não é o senhor Potter, me diga como está se sentindo.
— Bom... eu acordei sentindo uma tontura bem ruim, depois vieram as náuseas.
— Entendi, você tem algum problema de saúde?
— Não, senhora.
— Tomou alguma poção de procedência suspeita?
— Não.
— Tomou alguma bebida com álcool? Seja sincera comigo.
— Não, Madame Pomfrey.
— Talvez seja apenas um resfriado, mas vou precisar tirar um pouco do seu sangue para descobrir, tá bom?
— Tudo bem.
Ela pegou uma agulha fina, a qual me fez estremecer, nunca fui fã de agulhas. O objeto foi introduzido em minha veia e meu sangue começou a ser coletado.
— Prontinho, mais tarde iremos descobrir o que há de errado com você. Enquanto isso, fique em repouso aqui.
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A Maldição-The curse
FanfictionRebecca Lupin, uma garota comum como todas as outras do sétimo ano da Lufa Lufa, se rende aos encantos de seu melhor amigo Cedrico Diggory. Mas como aquele amor poderia se concretizar e por quanto tempo ele duraria?Afinal, ele não era como ela imagi...