Capítulo 28:Nascimento

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— Ai, pelas barbas de Merlin, o que eu faço? — Tonks perguntava desesperada tentando me ajudar enquanto eu sentia contrações

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— Ai, pelas barbas de Merlin, o que eu faço? — Tonks perguntava desesperada tentando me ajudar enquanto eu sentia contrações.

— Não há como fazer nada, precisamos levá-la ao hospital o mais rápido possível! — Meu pai respondia histérico.

— EU NÃO AGUENTO MAIS ESSA DOR! — Eu berrava devido às contrações insuportáveis. Por mais que estivesse deitada em uma cama, a dor não diminuía.

— Remo, não tem como irmos ao hospital! — Tonks respondia.

— Vamos ter que fazer o parto aqui, — Molly Weasley dizia com calma. — ela não tem condições de percorrer uma distância tão longa.

— ELA VAI PARIR AQUI? — Os gêmeos perguntaram em uníssono.

— SAIAM DAQUI VOCÊS DOIS! — Molly forçava os meninos a saírem do quarto. — Bom... ok... talvez eu consiga fazer o parto.

— TALVEZ? — Meus nervos ficaram a flor da pele.

— Calma, querida, eu já tive sete filhos, acho que tenho uma noção. Tonks, você vai me ajudar.

— EU?

— É, você! Tudo bem... vai dar tudo certo. — Molly tentava me tranquilizar.

  Quando Molly ia tirar minhas roupas íntimas, percebeu que os homens ainda estavam no quarto. Logo, ela deu um berro que espantou todos eles, fazendo com que o cômodo só ficasse ocupado por mim, por ela e por Tonks. A senhora Weasley achava que as meninas ainda eram muito novas para presenciar aquilo, então também não deixou que Gina e Hermione ficassem.
  Ela continuou a tirar minhas partes de baixo e, com muita delicadeza, abriu minhas pernas para dar espaço para o bebê sair.

— Agora, meu bem, você precisa fazer força.

  Tirei todas forças que ainda restavam em mim e me esforcei para o meu filho nascer. Eu gritava de dor, nunca imaginei que aquele processo fosse tão doloroso, era como uma tortura.
Toda a força que eu fazia era como se não valesse de nada, parecia que não obtinha resultado algum.

— Eu não consigo mais... — Estava quase desistindo.

— Não, não, você consegue sim! Está quase lá!

— É, não desista! — Tonks segurava minha mão.

Dessa vez, fiz toda a força que pude, meus sentidos já estavam começando a se alterar, era bem provável que eu desmaiasse a qualquer instante. Porém, logo me espertei quando ouvi o choro de meu filho. Ele havia nascido.

— Olha só... é um lindo menininho... — Molly carregava o pequeno bebê em seus braços. — Quer segurá-lo? — Afirmei lentamente com a cabeça e ela me deu a criança.

— Oi, meu amor... — O segurei com cuidado. Ele parecia tão frágil, era como se fosse feito de vidro. — Meu Noah... eu te amo, a mamãe vai estar com você sempre, tá bom? Nada vai lhe acontecer enquanto eu estiver aqui. Você é minha vida agora. — Sussurrei para ele.

— Ele é tão fofinho. — Tonks comentava. — Vou chamar o Remo,ele vai amar conhecer o neto. Quer descer comigo, Molly?

— Claro, vamos.

Eu estava sozinha lá com o meu filho. Então decidi conversar com ele, por mais que não me entendesse.

— Eu sinto muito por você não ter um pai presente, mas juro pela minha vida que tentarei suprir todas as suas necessidades, meu filho.

— Quem diria? Agora eu tenho um neto! — Meu pai entrava alegremente no quarto.

— Parabéns, vovô.

— Ele é lindo, filha. — Ele se dizia se sentando na beirada da cama.

— É, ele é...

— Me lembro como se fosse ontem o dia que você nasceu.

— Queria que a mamãe estivesse aqui...

— Eu também, meu amor, eu também... — Meu pai fez uma pausa e logo se lembrou. — Você precisa ir ao hospital! Não pode ficar assim com o meu neto nesse estado!

  Ele me ajudou a sair da cama rapidamente e seguimos para o Hospital St.Mungus.
  Durante os dias que fiquei em repouso no hospital com o Noah, todos foram me visitar e paparicar o bebê, mas eu não os culpava, ele era um doce.

— Você vai arrasar muitos corações futuramente, Noah. — Jorge dizia com o meu filho do colo.

— Jorge! — O censurei.

— O que foi? O moleque é um gato, igualzinho a mãe. — Ele ria.

— Você é um idiota. — Eu também ria.

— Descobriu que ele é um idiota sozinha? — De repente, alguém falou entrando no quarto. Logo vi que era Angelina.

— Angelina? — Uma euforia tomou conta de mim. — C-como chegou aqui? Faz tanto tempo que eu não lhe vejo!

— Espera aí! Não tente se levantar,você precisa repousar. — Ela se aproximou rápido de mim. — Como está?

— Bem melhor agora, senti sua falta.

— Eu também. — Angelina segurou minha mão. — Jorge, deixe eu conhecer meu afilhado, pare de monopolizar o bebê!

— Afilhado? Você é muito convencida. — Brinquei.

— Convencida não, sou realista, ou por acaso você ia nomear um dos gêmeos malucos para ser padrinho do Noah?

— Tem razão.

— Ei! Doeu, tá? — Jorge falou dando o bebê para Angelina segurar. Ela, imediatamente, se apaixonou pela criança.

— Cheguei! — Fred anunciava.

— Que demora, hein. — Seu irmão exortava. — Eu estava quase desistindo de dar a notícia.

— Notícia? — Angelina e eu perguntamos juntas.

— Jorge e eu vamos, finalmente, abrir a nossa loja no fim do ano!

— Meninos, isso é maravilhoso! — Parabenizei. — Como conseguiram a grana?

— Bom... digamos que o Harry nos deu uma ajudinha.

— Como?

— Ele doou todo o dinheiro do torneio tribruxo para nós.

— Mas... o Cedrico não recebeu nada? — Perguntei.

— Teriam dado parte do prêmio a ele se ele não tivesse sumido do mapa.

— É... faz sentido.

  Naquele momento, tudo estava perfeito, mas minha vida nunca foi um mar de rosas, então eu me perguntava: por quanto tempo aquilo iria durar?

A Maldição-The curseOnde histórias criam vida. Descubra agora