Rebecca Lupin, uma garota comum como todas as outras do sétimo ano da Lufa Lufa, se rende aos encantos de seu melhor amigo Cedrico Diggory. Mas como aquele amor poderia se concretizar e por quanto tempo ele duraria?Afinal, ele não era como ela imagi...
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No dia 24 de junho, uma semana após minha ida à Hogsmeade, acordei muito entusiasmada, pois chegara o dia da terceira tarefa do torneio tribruxo. Levantei da cama, coloquei minhas vestes e fui, imediatamente, ver Cedrico para lhe dar apoio moral. Todo o medo e preocupação que senti acerca do torneio havia desaparecido, talvez eu estivesse subestimando demais as capacidades mágicas de Cedrico e ficando paranóica, mas agora tinha certeza que tudo terminaria bem, ele era um bruxo espetacular. Quando o vi no Salão Principal, Cedrico estava cercado de alunos da Lufa Lufa, os quais lhe encorajavam com tapinhas nas costas e palavras como: "vai ficar tudo bem" e "boa sorte".
— Acredito em você, Diggory, não vai nos desapontar. — Ernesto MacMillan dizia.
— Você é incrível, com certeza vai vencer essa competição. — Ana Abbott tentava flertar.
— Ah, ele vai vencer sim, Ana. — Acabei com o ânimo dela.
— Tenho que ir, boa sorte, Cedrico. — Ana corou e foi embora. Intimida-la era uma sensação muito boa. Depois de tantos anos sofrendo bullying por ela, finalmente consegui dar a volta por cima.
— Quantos fãs, hein. — Caçoei Cedrico para aliviar sua tensão.
— Isso tudo está me deixando nervoso demais, nem consigo comer.
— Amor, você precisa comer pelo menos alguma proteína, senão vai ficar fraco e não vai conseguir ter um bom desempenho na prova. — Insisti.
— Parece que eu vou vomitar a qualquer instante.
— Ei, me escuta, — Segurei em suas mãos. — olha só onde você chegou, enfrentou dragões e sereianos e agora está com medo? Por mais que eu deteste a Abbott, preciso confessar que ela tem razão, você é incrível e vai ganhar esse torneio.
— Obrigado pelo apoio.
— Agora coma alguma coisa, deixa eu lhe servir.
Peguei um prato e coloquei o que Cedrico mais gostava: ovos, bacon e torradas. Com muita dificuldade, ele conseguiu comer tudo e ficar mais animado. Depois do café da manhã, nos separamos, porque Cedrico precisava se reunir com os outros competidores. Então, aproveitando o tempo que tinha, fui à biblioteca para estudar um pouco. Porém, foi inútil, pois não conseguia me concentrar, eu lia os textos do livro várias vezes. Não conseguia nem entender o que estava lendo. Minha cabeça estava apenas em Cedrico e na terceira tarefa. As horas se passaram e já era hora de ir à arena, que seria no antigo campo de quadribol. Ao chegar, vi arbustos extremamente altos e logo reparei que era um grande labirinto. Parecia o labirinto que eu sonhei a uns meses atrás. Havia muita gente no local e quase não encontrei Cedrico. Porém, por sorte, ele me avistou de longe e me chamou.
— Becca! — Ouvi sua voz distante e tentei localiza-lo. O vi em uma pequena barraca ao lado da arena com os outros campeões. — Oi! Procurei você por um tempão. — Ele me deu um selinho.
— Que bom que a gente se encontrou, pensei que eu ia me afogar nesse mar de gente. — Ri.
— É mesmo, ah... tem uma pessoa que eu quero que você conheça. Pai, essa é a Rebecca Lupin, minha namorada. Rebecca, esse é o meu pai. — Cedrico me apresentou ao homem que estava ao seu lado.
— Olá, sou Amos Diggory, é um prazer finalmente conhecê-la! — Ele era pouco parecido com o filho. Era um senhor baixo, de cabelos castanhos grisalhos e longos, era rechonchudo e usava óculos redondos. Talvez, Cedrico se parecesse com a mãe.
— Prazer em conhecer o senhor. — Apertei a mão dele.
— Ela é tão bonita, meu filho, parabéns.
— Tive sorte, pai.
— Não a deixe escapar, hein.
— Nunca.
— Então... vou conhecer a senhora Diggory hoje também? — Perguntei.
— Não, minha esposa precisou fazer umas coisas em casa, mas precisamos combinar de você conhecer a família completa, o que acha? — O pai era tão gentil e simpático quanto o filho.
— É uma excelente ideia.
— Amor, você precisa ir agora, tá bom?Dumbledore já vai chegar e anunciar a terceira tarefa.
— Tá bom. Não fique assustado, ok? Vai dar tudo certo, você é um bruxo mais talentoso que imagina, tenho fé de que vai vencer. Boa sorte. — Nos beijamos de forma apaixonada, sem nos importar com as pessoas ao redor, mas ele interrompeu o beijo.
— Assim você vai me desconcentrar. — Cedrico riu.
— Desculpa, — Ri junto. — eu te amo, te amo pra sempre.
— Eu também te amo. — Ele me deu um breve beijo na testa e entrou na barraca.
De repente, o medo que eu sentia quando o torneio tribruxo foi anunciado havia voltado, me fazendo sentir um frio na barriga e um arrepio na nuca. Era como se algo ruim fosse acontecer. Fui à arquibancada e me sentei junto com Fred, Jorge e Angelina, os quais estavam com os rostos pintados de vermelho e amarelo, indicando que torceriam pelo Harry. A banda de Hogwarts tocava animadamente e todos os estudantes estavam eufóricos. Dumbledore saiu da barraca onde os competidores estavam, se dirigiu para a frente das arquibancadas e logo começou a falar.
— Hoje, nossos quatro campeões enfrentarão a última tarefa do Torneio Tribruxo: o labirinto. Dentro dele, haverão criaturas piores que dragões ou sereianos. Os competidores que desistirem da competição lançarão faíscas vermelhas para o céu, por meio do feitiço Periculum e logo alguém irá retirá-los da prova. Os primeiros lugares: Cedrico Diggory e Harry Potter entrarão primeiro ao labirinto. Depois entrará o senhor Krum e, por último, a senhorita Delacour. Boa sorte, competidores. — O canhão disparou e Harry e Cedrico sumiram no meio dos grandes arbustos.
A única coisa que eu queria naquele momento era correr até Cedrico e impedi-lo de entrar dentro daquela mata. Alguma coisa ruim ia acontecer.
