Capítulo 6

37 1 1
                                    

Quando finalmente voltei para a minha vida, tive de encarar Laura, que cobrou de mim mais responsabilidade e maturidade para parar de fugir das coisas, claro que ela não sabia o que havia acontecido, e pelo bem de nós dois, decidi deixar dessa maneira. Eu havia voltado, nós já estávamos de bem um do outro, mas ainda sim, o mundo havia perdido suas cores, eu estava o tempo todo triste, e nada parecia sequer me agradar, quando perdi Julia pela primeira vez não sofri tanto, não sabia o que estava acontecendo, claro que Laura, minha parceira a quatro anos, não deixou de notar, e como acima de tudo éramos amigos, ela veio falar comigo.

Eu não gostava de mentir, não sabia mentir, e acabei contando tudo para ela. Não fazia idéia do que iria acontecer, mas imaginava que ela iria explodir em raiva, e depois, só o tempo para dizer.

Acabou que após um tempo voltamos a vida normal, ela não era do tipo de garota que ficava brava por muito tempo, e comigo não foi diferente, após duas semanas dormindo na casa de um amigo, pude enfim voltar para casa.

Minha relação com Julia se contentava em ser apenas por mensagens, por ela estar morando na cidade grande do interior, e até pelo acontecido, foi uma regra que Laura estabeleceu para que pudéssemos ficar juntos. Por muito tempo foi assim.

Passamos mais cinco anos juntos, eu já terminara a faculdade, e estava trabalhando em uma empresa não tão grande quanto eu esperava. Então decidirmos adotar uma criança, uma decisão que havia partido de ambas partes, de mim, por ser um desejo desde que mais novo, e dela, por não querer engravidar. A gente estabeleceu algumas regras básicas para isso, a primeira, era que a criança deveria ter mais de cinco anos, e a segunda, a criança não poderia em hipótese alguma ser ariana. Essas regras foram estabelecidas com base nas informações que tínhamos, sobre as crianças que tinham menor chance de sair do orfanato por meio de adoção. Acabamos por adotar um garoto, Filipe, na época doze anos, ele se apegou muito fácil a nós, e em pouco tempo, criamos uma intimidade enorme.

Meu desejo de adotar ao menos uma criança, veio da história que minha avó me contou, sobre as minhas tias, que eram adotadas. Desde aquele momento, esse foi um objetivo de vida. A ideia de mudar a vida de alguém que teria de tudo para dar errado, apenas com amor e carinho me deixava maravilhado.

Filipe era um garoto bom, tanto Laura como eu, estávamos dispostos a dar o máximo de nós, para que ele tivesse uma vida boa, bem diferente da antiga.

Depois de toda aquela história com Julia, nós conversávamos apenas por internet, por alguns meses, depois perdemos contato novamente, embora eu não quisesse isso, ainda sim, eu precisava respeitar o que Laura havia me imposto.

Passamos por diversas brigas nesses cinco anos, mas nada parecia abalar nosso relacionamento, amizade e companheirismo. Mas, apesar disso tudo, algo surpreendente aconteceu, não conseguiria imaginar isso, principalmente vindo de Julia.

Em uma tarde de outono, aquela temperatura nem quente, nem fria, aconteceu de eu encontrar com Julia, talvez nem tão por acaso, mas isso eu iria descobrir depois. Ela me viu e veio até mim, começou a conversar comigo, falando desses três anos que não nos falamos, perguntou do meu trabalho, falou do dela, perguntou sobre a Laura, e mostrou insatisfação ao saber que ainda continuava com ela, e isso ficou bem evidente.

Meu desejo de adotar ao menos uma criança, veio da história que minha avó me contou, sobre as minhas tias, que eram adotadas. Desde aquele momento, esse foi um objetivo de vida. A ideia de mudar a vida de alguém que teria de tudo para dar errado, apenas com amor e carinho me deixava maravilhado.

Filipe era um garoto bom, tanto Laura como eu, estávamos dispostos a dar o máximo de nós, para que ele tivesse uma vida boa, bem diferente da antiga.

Depois de toda aquela história com Julia, nós conversávamos apenas por internet, por alguns meses, depois perdemos contato novamente, embora eu não quisesse isso, ainda sim, eu precisava respeitar o que Laura havia me imposto.

Eu e Laura passamos por diversas brigas nesses cinco anos, mas nada parecia abalar nosso relacionamento, amizade e companheirismo. Mas, apesar disso tudo, algo surpreendente aconteceu, não conseguiria imaginar isso, principalmente vindo de Julia.

Em uma tarde de outono, aquela temperatura nem quente, nem fria, aconteceu de eu encontrar com Julia, talvez nem tão por acaso, mas isso eu iria descobrir depois. Ela me viu e veio até mim, começou a conversar comigo, falando desses três anos que não nos falamos, perguntou do meu trabalho, falou do dela, perguntou sobre a Laura, e mostrou insatisfação ao saber que ainda continuava com ela, e isso ficou bem evidente.

Escárnio do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora