17-Supercorp - Os Bruxos.

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Olga suspirou enquanto os rapazes subiam as escadas até a sala que antes era o escritório do antigo proprietário e agora é a central de onde Chance tem trabalhado.

Os quatro chegaram juntos e com a pose marrenta que fez a bela mulher odiar o trabalho.

Caleb é o líder, pele morena e cabelos negros lisos, lábios volumosos e braços fortes.

Reid é loiro e de olhos azuis, tem um corpo bem definido e é de longe o mais cabeça quente e questionador do grupo.

Pogue é o badboy do bando, sempre com uma jaqueta de couro e os cabelos longos bagunçados, além de bonito e charmoso ele sempre está pronto pra ação e de todos eles deve ser o mais confiável para um tiroteio.

Tyler é o menor da ninhada, ele sempre acaba obedecendo os outros e fazendo tudo que ninguém quer fazer, porém ainda que o bando não admita foi ideia dele realizar os assaltos desse jeito.

Mas existia um quinto membro que foi morto durante uma fuga, fato este que obrigou os outros a tomarem mais cuidado.

Eles ficaram ombro a ombro em fila. Caleb por ser o líder sempre falava diretamente com Olga sobre as preocupações dos outros.

— Até agora você foi tão metódica que chega causou tédio e agora quer apressar as coisas por causa da SWAT? Já lidamos com eles antes, oito assaltos perfeitos — ele cruzou olhar com os outros — somos Bruxos! Sempre nos safamos ilesos.

Chance que estava sentado diante a mesa com um notebook a sua frente murmurou em discordância antes de falar.

— Nem sempre, ou esqueceram do quinto "Bruxo"?

Todos ficaram tensos, como se estivessem dispostos a socar o dono do maldoso comentário.

— Não pode falar assim do Chase — Caleb elevou a voz — ele era nosso irmão e não era pra ter acontecido!

Nisso Olga encarou eles muito séria.

— Eu só quero impedir isso de acontecer mais uma vez e se o preço é um pouco de tédio? Preferem a alternativa por acaso?

Eles negaram, dando a deixa pra ela prosseguir.

— Já sabem qual é o alvo, treze milhões e meio por bolsa somente em notas de cem — ela reparou neles rindo — sessenta por cento pro nosso empregador, os outros quarenta são seus, vamos lidar com a distração e situação com a refém, vocês entram, pegam o dinheiro e saem, mas por precaução vão levar armas suficientes pra invadir um país caso a polícia apareça.

Reid ficou rindo debochado e um tanto inquieto com os pés e mãos.

— Não precisa exagerar, aquela Sapatão ruiva e uns comedores de rosquinha não são nada comparados aos Bruxos!

Ela olhou para Chance balançando a cabeça em negação evidenciando que já não tinha mais paciência pra lidar com garotos. E atencioso como é, o moreno assumiria o lugar da parceira dando as diretrizes.

— Certo, os Bruxos não temem nada — ele disse levantando e sentando na beirada da própria mesa — mas porque Los Angeles se National City tem mais empresários e pessoas ricas? Porque não Starling City ou Central City? Ah já sei, Alex Danvers, Barry Allen e Oliver Queen, policiais acima da média e que detonam legiões de criminosos com um talento e habilidade quase inumanos. Não vamos subestimar a Alex Danvers!

Eles ficaram batendo no ombro uns dos outros como se tivesse rolando uma piada interna.

— E acrescentando — Chance riu sozinho — deviam parar de cheirar cocaína, suas mãos já estão tremendo, desse jeito não vão conseguir colocar os maços de dinheiro nas bolsas.

Olga bateu palmas chamando a atenção para si.

— Vão tomar banho, comer carboidrato e beber chá de camomila, tem duas horas pro início do assalto — depois virou para Chance — comece os preparativos e o discurso, ela tem que cooperar.

Porém Caleb ainda tinha mais a dizer.

— Não pode nos tratar assim, somos bons no que fazemos.

Ela riu.

— Tanto que venderam um objeto exclusivo que roubaram de uma residência em um site na internet e foi assim que o meu empregador achou vocês!

Caleb deu um passo a frente, mas Chance ainda estava entre ele e Olga.

— Quem é o seu empregador afinal?

Chance responderia.

— Alguém que não é da sua conta.

Ao terminar de falar, o moreno sentiu a mão da parceira em seu ombro.

— O nosso empregador não investe o dinheiro dele em roubada, ele nos forneceu recursos como armas e equipamento — Olga e seu charme como sempre causando um efeito forte no parceiro — e a vocês ofereceu uma equipe de ponta, vamos fazer o trabalho e pronto!

Encerraram a reunião e algum tempo depois Chance foi até o quarto no porão onde Samantha Arias estava amarrada a uma cadeira e com um saco de pano preto cobrindo o rosto, além de uma mordaça na boca.

Ele se aproximou, os músculos um tanto tensos na camisa verde justa e a expressão casual de sempre, como se não estivesse prestes a falar com uma refém que implorava pela vida algumas horas atrás.

Foi para detrás da mulher e retirou o saco de pano e a mordaça, evitando aparecer no campo de visão dela, enquanto ela percorria o cômodo vazio e com lonas de plástico cobrindo o chão lhe fazendo imaginar as piores situações.

— Você tá me dando trabalho Samantha, assim que chegaram os seus raptores não paravam de falar o quanto você é linda, que é a mulher mais perfeita que eles já viram e como é sexy — ele falou observando ela amarrada e sem ver o rosto dela — tá distraindo eles, mas a boa notícia é que eu tenho um serviço pra você e depois pode sair ilesa de toda essa situação, o que me diz?

Ela não soube o que dizer a princípio, só conseguia pensar que precisa sobreviver a qualquer custo, pela filha, e isso a motivou a pensar bastante.

— Eu tô percebendo que você é o líder aqui, podemos nos entender juntos, eu faço qualquer coisa — ela deixou claro a extensão da proposta — só não me mata, eu sou mãe solteira e a minha filha só tem a mim.

O rapaz colocou a máscara de esquiar que ele jamais precisou usar antes e ficou de pé a frente dela.

— Eu não vou te machucar nem te faltar com o respeito de nenhuma maneira, e tem a minha palavra de que se cooperar vai ver a sua filha, aliás — ele retirou um celular do bolso — vai poder até falar com ela, diga que está bem e que ela poderá encontrar com você em breve, vou mandar a localização e diga para levar cinquenta mil, tudo bem?

A outra nem acreditou, muitas lágrimas começaram a cair no colo dela, alegre por saber que não seria morta ali, provavelmente.

— Sim, eu agradeço muito.

Ele agachou próximo a ela e enxugou uma lágrima do rosto lindo da mulher.

— Imagina, eu só tenho um pedido a fazer depois da ligação, mas não é ilegal, imoral e nem engorda, na verdade você mesma vai implorar pra fazer isso.

Sam ficou aterrorizada novamente, que tipo de pedido seria esse?

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