Olga suspirou enquanto os rapazes subiam as escadas até a sala que antes era o escritório do antigo proprietário e agora é a central de onde Chance tem trabalhado.
Os quatro chegaram juntos e com a pose marrenta que fez a bela mulher odiar o trabalho.
Caleb é o líder, pele morena e cabelos negros lisos, lábios volumosos e braços fortes.
Reid é loiro e de olhos azuis, tem um corpo bem definido e é de longe o mais cabeça quente e questionador do grupo.
Pogue é o badboy do bando, sempre com uma jaqueta de couro e os cabelos longos bagunçados, além de bonito e charmoso ele sempre está pronto pra ação e de todos eles deve ser o mais confiável para um tiroteio.
Tyler é o menor da ninhada, ele sempre acaba obedecendo os outros e fazendo tudo que ninguém quer fazer, porém ainda que o bando não admita foi ideia dele realizar os assaltos desse jeito.
Mas existia um quinto membro que foi morto durante uma fuga, fato este que obrigou os outros a tomarem mais cuidado.
Eles ficaram ombro a ombro em fila. Caleb por ser o líder sempre falava diretamente com Olga sobre as preocupações dos outros.
— Até agora você foi tão metódica que chega causou tédio e agora quer apressar as coisas por causa da SWAT? Já lidamos com eles antes, oito assaltos perfeitos — ele cruzou olhar com os outros — somos Bruxos! Sempre nos safamos ilesos.
Chance que estava sentado diante a mesa com um notebook a sua frente murmurou em discordância antes de falar.
— Nem sempre, ou esqueceram do quinto "Bruxo"?
Todos ficaram tensos, como se estivessem dispostos a socar o dono do maldoso comentário.
— Não pode falar assim do Chase — Caleb elevou a voz — ele era nosso irmão e não era pra ter acontecido!
Nisso Olga encarou eles muito séria.
— Eu só quero impedir isso de acontecer mais uma vez e se o preço é um pouco de tédio? Preferem a alternativa por acaso?
Eles negaram, dando a deixa pra ela prosseguir.
— Já sabem qual é o alvo, treze milhões e meio por bolsa somente em notas de cem — ela reparou neles rindo — sessenta por cento pro nosso empregador, os outros quarenta são seus, vamos lidar com a distração e situação com a refém, vocês entram, pegam o dinheiro e saem, mas por precaução vão levar armas suficientes pra invadir um país caso a polícia apareça.
Reid ficou rindo debochado e um tanto inquieto com os pés e mãos.
— Não precisa exagerar, aquela Sapatão ruiva e uns comedores de rosquinha não são nada comparados aos Bruxos!
Ela olhou para Chance balançando a cabeça em negação evidenciando que já não tinha mais paciência pra lidar com garotos. E atencioso como é, o moreno assumiria o lugar da parceira dando as diretrizes.
— Certo, os Bruxos não temem nada — ele disse levantando e sentando na beirada da própria mesa — mas porque Los Angeles se National City tem mais empresários e pessoas ricas? Porque não Starling City ou Central City? Ah já sei, Alex Danvers, Barry Allen e Oliver Queen, policiais acima da média e que detonam legiões de criminosos com um talento e habilidade quase inumanos. Não vamos subestimar a Alex Danvers!
Eles ficaram batendo no ombro uns dos outros como se tivesse rolando uma piada interna.
— E acrescentando — Chance riu sozinho — deviam parar de cheirar cocaína, suas mãos já estão tremendo, desse jeito não vão conseguir colocar os maços de dinheiro nas bolsas.
Olga bateu palmas chamando a atenção para si.
— Vão tomar banho, comer carboidrato e beber chá de camomila, tem duas horas pro início do assalto — depois virou para Chance — comece os preparativos e o discurso, ela tem que cooperar.
Porém Caleb ainda tinha mais a dizer.
— Não pode nos tratar assim, somos bons no que fazemos.
Ela riu.
— Tanto que venderam um objeto exclusivo que roubaram de uma residência em um site na internet e foi assim que o meu empregador achou vocês!
Caleb deu um passo a frente, mas Chance ainda estava entre ele e Olga.
— Quem é o seu empregador afinal?
Chance responderia.
— Alguém que não é da sua conta.
Ao terminar de falar, o moreno sentiu a mão da parceira em seu ombro.
— O nosso empregador não investe o dinheiro dele em roubada, ele nos forneceu recursos como armas e equipamento — Olga e seu charme como sempre causando um efeito forte no parceiro — e a vocês ofereceu uma equipe de ponta, vamos fazer o trabalho e pronto!
Encerraram a reunião e algum tempo depois Chance foi até o quarto no porão onde Samantha Arias estava amarrada a uma cadeira e com um saco de pano preto cobrindo o rosto, além de uma mordaça na boca.
Ele se aproximou, os músculos um tanto tensos na camisa verde justa e a expressão casual de sempre, como se não estivesse prestes a falar com uma refém que implorava pela vida algumas horas atrás.
Foi para detrás da mulher e retirou o saco de pano e a mordaça, evitando aparecer no campo de visão dela, enquanto ela percorria o cômodo vazio e com lonas de plástico cobrindo o chão lhe fazendo imaginar as piores situações.
— Você tá me dando trabalho Samantha, assim que chegaram os seus raptores não paravam de falar o quanto você é linda, que é a mulher mais perfeita que eles já viram e como é sexy — ele falou observando ela amarrada e sem ver o rosto dela — tá distraindo eles, mas a boa notícia é que eu tenho um serviço pra você e depois pode sair ilesa de toda essa situação, o que me diz?
Ela não soube o que dizer a princípio, só conseguia pensar que precisa sobreviver a qualquer custo, pela filha, e isso a motivou a pensar bastante.
— Eu tô percebendo que você é o líder aqui, podemos nos entender juntos, eu faço qualquer coisa — ela deixou claro a extensão da proposta — só não me mata, eu sou mãe solteira e a minha filha só tem a mim.
O rapaz colocou a máscara de esquiar que ele jamais precisou usar antes e ficou de pé a frente dela.
— Eu não vou te machucar nem te faltar com o respeito de nenhuma maneira, e tem a minha palavra de que se cooperar vai ver a sua filha, aliás — ele retirou um celular do bolso — vai poder até falar com ela, diga que está bem e que ela poderá encontrar com você em breve, vou mandar a localização e diga para levar cinquenta mil, tudo bem?
A outra nem acreditou, muitas lágrimas começaram a cair no colo dela, alegre por saber que não seria morta ali, provavelmente.
— Sim, eu agradeço muito.
Ele agachou próximo a ela e enxugou uma lágrima do rosto lindo da mulher.
— Imagina, eu só tenho um pedido a fazer depois da ligação, mas não é ilegal, imoral e nem engorda, na verdade você mesma vai implorar pra fazer isso.
Sam ficou aterrorizada novamente, que tipo de pedido seria esse?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Supercorp Sick Thoughts
FanfictionApós os eventos finais de SnowBarry Majesty, Lena e Kara retornam para National City e seguem suas vidas separadas como podem por 6 meses, mas a atração entre elas que vem desde o internato na Espanha se faz ainda mais intensa agora, e com uma nova...