27-Supercorp - O trio de ouro.

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A cidade inteira amanheceu imersa no caos, pessoas querendo deixar a cidade, outras querendo entrar e muitas delas irritadas com a polícia. E uns com os outros, especialmente duas mulheres estavam irritadas ao máximo.

Lena Luthor poderia matar alguém pelo ódio que sentia de toda a situação causada por Tobias, com a cena dele o governo perdeu a credibilidade na L Corp e está revendo todos os contratos com a empresa, o que fez até as nove da manhã o valor das ações da empresa despencarem trinta e dois porcento, além do que a namorada lhe pediu um tempo, como se ela fosse a vítima na história.

Kara estava muito chateada por ter que se encontrar com Lena, e consigo mesma pelo beijo, os dois, e pra piorar teve que acalmar Alex quando soube que ela pretendia ir até a Catco perguntar a Andrea Rojas se ela gosta de respirar, e que se não parar de promover o pânico na cidade, logo mais ela não vai conseguir realizar uma tarefa tão básica pra qualquer ser humano vivo.

Mesmo assim todo o mau humor delas foi colocado em uma aba secundária quando notaram Barry Allen de terno preto, camisa branca e gravata vermelha conversando com alguns policiais da cidade em frente a um café.

Quando ele acenou as duas se olharam pensando pra quem seria o gesto, e por ser Barry ficou claro que para ambas. Porem Lena se sentia ainda mais nervosa pois agora que o rapaz sabe sobre todo o submundo criminoso o que pensaria? E quanto a Kara principalmente, será que ele aprovaria elas duas? Não que fosse preciso ou importante a opinião de outras pessoas, mas para Lena a de três homens importava muito, a de seu irmão Lex, de Jonn pai adotivo das Danvers, e de Barry que já foi o terceiro elemento na relação entre as duas.

Lena ousou vestindo um conjunto social azul, que nela ficou o cúmulo de tão sexy.

Kara estava confortável em seu estilo usando tênis na cor nude, uma calça verde-musgo justíssima e uma camisa social de manga longa preta com detalhes perolados.

Quando se aproximaram, o sorriso de Barry as contagiou.

— Minha nossa quanto tempo — comentou o rapaz — devíamos nos ver com mais frequência.

Um abraço triplo aconteceu. E Kara não se conteve de tanta alegria em ver o grande amigo.

— É muito bom te ver Barry — os olhos azuis da loira cintilando — sinto muito que nessa situação chata.

Lena compartilhava da emoção da loira.

— Digo o mesmo Barry, quando vem na nossa cidade estamos no meio de uma perseguição policial.

Ele laçou cada uma pelo braço ficando no meio e caminhando em direção as mesas do café ao ar livre.

— Até parece que eu me importo com isso — o rapaz fez sinal chamando uma garçonete — três cafés, dois puros sem açúcar, um com menta e estévia e um toque de gengibre.

A garçonete anotou tudo e partiu. O local é bem agradável por ser ao ar livre e no cruzamento entre duas avenidas, ainda que tenham carros e pessoas passando por ali, no cercado onde as mesas ficam é tão reservado quanto possível, e tem uma visão panorâmica do cenário a frente.

A morena ainda não compreendeu o convite, mas se conteve.

— É impressionante você lembrar como eu gosto do café Barry, faz o quê? Cinco anos?

Ele reagiu quase com indiferença ao comentário enquanto encarava o verde dos olhos da questionadora.

— Como se você não soubesse qual é o meu revólver favorito Lena — comentou e começou a ler o cardápio deixando claro que não era uma pergunta, o que demonstrou a extensão da certeza dele.

Kara e Lena se olharam e apesar do clima estranho, sorriram uma pra outra em cumplicidade.

— É um Schofield — e então fez um pausa — não, é o cartucho que se chama Schofield .45 o revólver é o Smith & Wesson N° 3.

Recebeu um pequeno aplauso da loira, antes da mesma complementar.

— E seu ano favorito de fabricação da arma é 1887 porque o seu avô tinha um e te ensinou a atirar com ela quando você completou dezesseis anos — disse orgulhosa — somos peritas em Barry Allen.

Os três começaram a rir como adolescentes, como quando se conheceram. Os cafés foram trazidos e eles conversaram sobre diversas coisas, desde o atentado até as inovações da L Corp e o desejo de Kara em fazer uma pós-graduação em jornalismo mesmo que esteja satisfeita como Comissária de Polícia, mas no meio dos assuntos o rapaz tocou em um delicado.

— E quanto a relacionamentos? Estão saindo com alguém? — Perguntou casualmente, mas fez questão de olhar pra elas pra confirmar que deviam responder.

Kara balançou a cabeça como se estivesse diante de um interrogador e fosse preciso o convencer de que a verdade é a verdade.

— Eu não estou — disse baixo.

Ainda que não tenho dito de uma maneira que entregasse que ela não estava mas a morena sim, foi o que o rapaz concluiu de todo modo.

— E quer me convencer disso porque a Lena está namorando mas não com você, isso é fofo mas eu na verdade sou fã de vocês duas juntas, ficaria feliz — comentou alegre — mas se não Kara "Amorosa" Danvers, quem conquistou o coração da magnífica Lena Luthor?!

Lena não suportou os olhares.

— Eu não estou mais namorando, ela pediu um tempo pra mim ontem anoite — respondeu.

Uma parte da loira ficou feliz ao ouvir isso, mas também se sentiu culpada por essa alegria, mais culpada ainda por terem se beijado duas vezes.

Todavia surpreso mesmo estava Barry, e de tão surpreso precisou causar o mesmo efeito nas duas beldades em sua companhia.

— Mas ela está bem depois do tijolo ter caído na cabeça dela? — Questionou o castanho.

As duas se olharam confusas.

— Como assim Barry? — Kara questionou e pegou o copo de café vazio dele o cheirando — Só sinto o cheiro de café.

Os três riram juntos antes dele responder.

— Só pode ter caído um tijolo ou outra coisa na cabeça dela pra pedir um tempo do namoro com a Lena — respondeu — afinal nós dois já namoramos ela Kara, ela é demais.

Nostalgia tem um efeito poderoso nas pessoas, algumas tendem a imaginar as coisas melhores do que de fato foram. Outras fazem o oposto, imaginam exatamente como foram e principalmente as partes ruins e difíceis, e isso enfatiza as pequenas partes boas, foi como Lena se lembrou de todo o passado com essas pessoas.

— Eu descobri que a minha namorada escondia um segredo de mim, um que altera a minha percepção de quem ela era tanto quanto dos motivos pelo qual eu me apaixonei por ela — suspirou — agora não sei, talvez não tenha me apaixonado por uma versão real dela e sim por uma farsa.

Lena estava pronta pra falar mais, só que antes que isso fosse possível um dirigível sobrevoou o ponto da cidade onde eles estavam e exibia em toda a sua decoração o nome da Catco, e no centro os dizeres: "Fora lei Marcial na Cidade Nacional"

Mesmo Barry sendo um forasteiro, ele sabia que não foi uma coisa inteligente.

— Kara, se você autorizou o fechamento da cidade e esta mensagem é um ataque direto a você — ele riu com certa apreensão — quem ordenou isso tá ferrado! Não é por nada mas até eu tenho mais medo da Alex do que de um tigre ou de varíola!

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