12 -Uma visita ao inferno

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"Aqueles que gritam por igualdade, são os que mais querem se diferir"
Mary-D13
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[...]Na última semana me afastei de todo mundo, não ficava em casa, apenas no bunker e a escola, estou quase a terminar esse ano, e terei que começar a me preocupar com faculdades, me inscrevi para algumas, estou esperando cartas de admissão. Mais nada me chama muito a atenção, não sei oque serei daqui quatro ou cinco anos, só sei que serei provavelmente comum.

Não vejo um creepy á muito tempo, e estou grata de certa forma, chega dessa loucura um pouco, amadureci muito nesses últimos meses e não creio que gostaria de passar o resto da vida em um mundo paralelo. Onde eu possa ser morta a qualquer instante.

Eu queria só mais algumas vítimas, algo que ficasse para a história, que daqui 50 anos ainda falassem da minha artimanha, e que nunca saberiam que seria eu. Eu seria como sua vizinha, ou sua melhor amiga e você nem se quer desconfiaria de mim.

[...] Andei planejando muitas coisas nesses últimos dias, até construí uma máscara e capa preta, continham um símbolo de uma cruz ao contrário, como o anti-cristo usaria, dessa forma seria mais aterrorizante ainda. Não mataria com armas, e sim com espadas, facas e garras de metal, tudo com mais esforço e dificuldade é muito mais emocionante.[...]

vítima

14/10/21 •[21:30am]

Paulina Castillo
(1975)

Eu estava observando um grupo de pessoas em frente a um ponto de ônibus, quando essa mulher passou na minha frente, ela não podia me ver por causa do escuro e eu estava completamente parada atrás dessa árvore grande a beira da estrada, parecia caminhar rápido, como se sentisse medo de estar ali, notei uma leve característica, talvez chilena ou mexicana nela.

Kaya: -Boa noite. -Disse com a Katana em mãos e antes mesmo que ela pudesse notar oque estava acontecendo, fiz um único corte fundo em seu pescoço a matando na hora. Com a mesma espada desenhei o símbolo que também continua em minha capa e máscara.

[...]"...A polícia está investigando a morte de Paulina Castillo de 46 anos, uma imigrante vinda do México. Os polícias pedem para que todos fiquem em casa, porque o FBI suspeita que seja um possível assassinato de cunho racial, que a vítima não era de nosso país..."

Já era possível se ouvir em todas as rádios, canais de televisão e ler em matérias ou sites do assassinato brutal de Paulina, belo nome, mas espero que os brancos e privilegiados não estejam achando que estão protegidos por suas cores ou condições sociais, porque não estão.

[...] Depois de um banho gelado, Desci para o café e me sentei a mesa, todos me olharam, mas não deram muita bola, as coisas entre mim e Mike pioraram, ele estava namorando ainda com a tal australiana nojenta, meu tio estava me cobiçando mais que o normal nesses últimos dias, fazendo academia e realmente eztava fazendo efeito, e minha tia como sempre, preocupada comigo, porém ela estava saindo muito esses últimos dias, dizia estar fazendo Yoga entre outras coisas.

A escola era algo que realmente me botava e tirava da realidade, olhar todos aqueles jovens babacas, era como um filme de terror, mas ao mesmo tempo era bom ver as brigas e desentendimentos mesquinhos, as vezes por futebol, as vezes por meninos, ou por meninas, juro que até por causa de "inveja", já vi duas patricinhas puxando cabelo... Fala sério, isso aqui é um caos.

[...]Fui no bunker depois da escola e fiz algumas anotações. Decidi que ia documentar horário, data, nome, como foi, e todos os detalhes da morte de cada vítima minha.

Decidi também acrescentar assassinatos anteriores e detalhes de cada um, de meu pai, Jenna, Paty, Holly, atentado em Pensville(mencionei um parceiro nesse, é claro), Elise, Cheed...

Alguns alterei alguns detalhes, para que não ficasse óbvio quem era a assassina, só pôs alguns detalhes para provar o acontecido.

Estava vendo algumas notícias sobre Paulina, quando ouvi uma voz familiar ás minhas costas:
???: -Oi, eu só vim ver como estava. -Disse sem delongas.
Kaya: -Estou bem Harry, Slen que te mandou? -Interroguei.
Harry: -Na verdade eu e Trhend, estávamos preocupados e o Trhend disse que você iria arrancar os olhos deles se ele viesse, então eu vim. E ele teve que ir ver alguma coisa para o Slenderman no universo deles ou algo assim. -respondeu rápido.

Kaya: -Ah, entendi. -comentei desapontada.
Harry: -Olha, quer um conselho? se acostume, Slenderman é assim com todo mundo, nem aí. -disse.
Kaya: -Ótimo.
Harry: -Ele gosta de você, mas acha que isso é a fraqueza dele.
Kaya: -O engraçado que foi ele quem me procurou, eu nem queria estar no meio disso tudo. -retruquei irritada.

Harry: -É-é, eu queria te levar em um lugar, mas acho que Slenderman me mataria se descobrisse. -tirou o gato do balaio por fim.
Kaya: -Onde é esse lugar? -perguntei presunçosa.
Harry: -Em baixo. -apontou para o chão e segurou minha mão. Senti um leve frio na barriga e um calor enorme em seguida.

Kaya: -Nossa aqui é mesmo quente! -comentei gritando, pois estava acontecendo uma espécie de festa muito louca lá, Slash no palco tocando um solo de guitarra, tinham pessoas enjauladas chorando em alguns lugares, outras sorrindo, outras completamente quietas, e claro uma grande multidão a frente do palco dançando...

Kaya: -Olha, estou impressionada!
Harry: -Bem-vinda ao meu lar..
Kaya: -E por que me trouxe aqui? -perguntei por fim.
Harry: -Vem comigo. -Disse me guiando entre um corredor, até uma jaula com uma numeração bem grande na porta, nem sabia pronunciar aquele número, eram tantas casas...

Harry: -Oi? eu trouxe alguém que quer te ver... -O ouvi dizer a minha frente e entrei em seguida, era ela...
Destiny: -Oi diaba!
Kaya: -Destiny...Eu- fui interrompida pela mesma.
Destiny: -Para com isso, me conte sobre as novidades, novas vítimas? Harry me contou sobre tudo, ele vem muito aqui me fazer companhia, me contou tudo sobre vocês creepys e tudo mais, e não é culpa sua, o Harry já me contou que me matou e tudo bem, acontece, agora me fala sobre as novas? -Falou de uma vez me deixando sem fala.

Kaya: -E tá tudo bem? como assim? -perguntei incrédula.
Destiny: -Fala sério eu estou no inferno, essa cota de assustador ou diferente já passou, o tempo aqui é diferente, e eu já superei isso, devia superar também. Pare de se culpar por ter me dado meses e até uma morte pra lá de surreal, fala sério? quantas pessoas são mortas por um meio-demônio/meio-creepy. Só espero que minha mãe tenha ficado bem. - Disse por fim, a última frase sem tanto ênfase.

Kaya: -É, ela está bem, vi ela semana passada eu acho, estava ótima e me ajudou muito. -Disse.
Destiny: -Ela é uma mulher extraordinária, deveria aproveitar o que a vida te tirou. um conselho. -Comentou.

[...] Ficamos por horas conversando, eu ainda estava em êxtase por ver ela, parecia tão mágico e tão bom, mas ao mesmo tempo incompreensível e triste. Destiny havia perdoado Harry e eles eram amigos agora, pareciam irmãos mesmo, ele contava tudo a ela e ela a ele, tinham uma ligação muito forte e ele até conseguiu "privilégios para ela lá", ela tinha televisão e uma jaula incrível, era toda decorada, tinha tudo oque se pode imaginar de mais legal, computador, celular, vídeo-game e tudo mais, ela só não podia mandar mensagens para nós aqui em cima claro, mas via tudo e todas as notícias. Harry ia visita-la e levava ela em festas e coisas do tipo, eu percebi que além de mim, tinha alguém se sentindo muito mais culpado ainda.

Eu vi que ele dedicava um tempão da vida dele pra ela, e parecia uma criança quando deixava ela feliz, que estranho, nunca vi um assassino agradar sua vítima, mas talvez eu o entenda... Ele a agradava pra conseguir o meu perdão, ele fazia tudo isso pra me compensar de algum modo. Que loucura...

Bom, espero que estejamos preparados, porque ver ela, me trouxe grandes ideias.

notas da autora:
Votem e esperem por mais! beijos e acompanhem os próximos capítulos, acho que vão gostar, beijinhos!

Slenderman e a aprendizOnde histórias criam vida. Descubra agora