Slenderman e a aprendiz

30 - 6 meses

"Éramos como deuses a determinar quando seria o último suspiro, o último grito de dor, podíamos sentir suas almas saindo de seus corpos, era magnífico"
                                                  Mary-D13
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   Já se aproximava das 4h da manhã quando finalmente cheguei em casa e fui fumar um cigarro de maconha. Apreciando a brisa eu peguei recordando os acontecimentos com Cayle, ela era uma garota boa, de fato. Não como aquelas vacas populares comuns, Cayle até se culpava por sua beleza.

Tão ingênua e idiota.

Eu a fiz um favor lhe dando tanta adrenalina antes de morrer, talvez essa tenha sido uma morte bem mais interessante, até porque provavelmente ela teria se suicidado mesmo, sua mente estava uma bagunça enorme.

Poupe-le o trabalho.

6 meses depois...

As sombras dos últimos meses tem sido realmente significativas para a minha estadia aqui, e ao mesmo tão rasas e insuportáveis.

Me sinto em um plano irracional e incompatível com o que gostaria de estar vivendo.

Eu posso estar livre, mas não sinto mais isso, é como se o tesão e o desejo de matar já esteja se esvaindo. No fim, a adrenalina já não me percorre as veias ao cortar um corpo humano como antes.

Bom, é isto, eu vivo pela emoção e se isso não ocorrer mais, então não faz sentido nenhum continuar.

Eu voltei para ver minha "família", estavam sentados a mesa de jantar, apenas me juntei sem dizer nada, enquanto todos falavam animados sobre a nossa formatura e o fim do ano letivo chegando.

Havia passado as últimas horas na floresta onde tudo começou e até ontem era meu lugar de paz.

Faltam dois meses para me instalar na "tão esperada" vida universitária. Eu achei que já soubesse o que queria, me formar e trabalhar no FBI. Minha maior fantasia.

Imagine-se, você se autoinvestigar em um caso de um serial killer a solta em LA ou em outra cidade extremamente deslumbrante como tal. Talvez isso me excita mais.

Tia Diana: -Está tudo bem?
Kayla: -O que? - pergunto claramente acordando de um devaneio.
Tia Diana: -Você não parece tão empolgada para o fim da high school em dois meses, considerando que vocês jovens devem estar excitados ao extremo para ficar longe de seus pais e ter liberdade! -Disse radiante.

Kayla: -Ao meu ver tia, eu já estou longe dos meus pais há algum tempo. E sobre minha liberdade, não acho que irei ter mais do que tenho aqui, lá eu terei de estudar quase o dia todo, então com certeza, terei menos liberdade. -Ela simplesmente se calou e seu semblante era de alguém que perdeu totalmente a saliva que tinha em sua boca.

Mike: -Bom, mãe, eu pensei que poderíamos dar uma festa aqui, no fim do último semestre para comemorar com meus amigos, tudo bem vocês irem para a casa de praia? -tentou e seu pai bufou.

Tio: -Claro, podem ficar a vontade com isso, e você ainda quer que nós saímos de nossa própria casa por um final de semana para você comemorar? -até me excitei com a seriedade irônica que ele usou. Eu ri.

As atenções se voltaram para mim, todos pareciam confusos e Mike um pouco zangado.

Kayla: -Me desculpem, podem continuar. - me limitei, gostaria de ver mais, mas droga tinha que rir?

Meu tio se arrumou em sua cadeira e colocou as duas mãos em seu queixo, analisando Mike e sua mulher através de seus óculos quadrados.
Tio: -Vocês já não fazem festa de formatura? -perguntou sério e calmo dessa vez. Mudança de humor? Tem algo de errado e eu preciso descobrir. Ele não é calmo, e me parece estar considerando a ideia absurda de Mike.

Mike: -Pai, essas formaturas são para familiares curtir, nós os formandos ficamos apenas para as fotos.

Eu vou esperar, isso pode ser divertido...

Notas:
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