O príncipe Jeon Jungkook está prestes a ser coroado como rei absoluto sobre o clã de lobos concentrados na cidade de Seul, mas essa é ultima coisa que deseja, especialmente depois de descobrir que sua família foi o principal responsável pelo extermí...
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**JUNGKOOK**
Escuto os passos apressados pelo corredor, se aproximando cada vez mais do local onde estou. Deixei muito claro que não desejo ser interrompido em meu treino, mesmo tendo consciência que já estou trancado nessa sala há mais tempo do que deveria.
Enquanto continuo socando o saco de areia e sentindo meus músculos queimando pelo cansaço, quero poder desligar minha mente de tudo que vem acontecendo nessa casa. Meu maior desejo na verdade é sumir e nunca mais voltar, mas uma parte de mim se força a aceitar a responsabilidade que em breve vai cair sobre meus ombros.
Meu pai, o alfa da Alcatéia está muito doente e nossos melhores médicos não parecem muito otimistas quanto a sua recuperação. Isso significa que posso me tornar o alfa e rei da noite para o dia. Duas coisas que eu gostaria de ter o poder de evitar: a morte do meu pai e me tornar rei dessa Alcatéia em meio ao caos atual.
O rei nunca foi o melhor dos pais no quesito atenção e carinho. Sempre preocupado com suas obrigações de rei e alfa de um bando bem rebelde. Sou lembrado apenas quando existe alguma obrigação como seu único herdeiro.
Como resultado de sua ausência paterna, fui criado por babás e serviçais da casa. Não tenho o que reclamar sobre isso, porque fui criado solto no campo e nunca fui tratado com o distanciamento dispensado a família real. Por momentos maravilhosos em minha vida fui tratado como uma pessoa comum como se todos esquecessem que sou o príncipe herdeiro.
Com a vida adulta, minha liberdade começou a ser vigiada e agora existem mais exigências quanto a minha postura diante da Alcatéia. Não sou mais olhado como um deles, sou aquele que um dia irá governá-los. Acho que isso muda toda a perspectiva sobre mim.
— Príncipe Jeon! – a sala é invadida por Park Jimin, seguido de alguns seguranças, que permanecem na porta, quase como estátuas.
— Odeio quando me chama assim! – me viro para encarar o capitão de minha segurança pessoal.
— Esse é o seu nome, não é? — mantém a posição séria embora um sorrisinho ameace despontar.
