Harry vai para a escola

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— Você não precisa ficar nervoso. É só o primeiro dia de aula, vai ficar tudo bem. 

A voz calma e controlada de James pareceu acalmar parcialmente o homem ofegante à sua frente, os ombros de Regulus relaxando aos poucos e sua respiração se normalizando. 

— E se ele não gostar de lá? E se ele não fizer amigos ou as pessoas forem más com ele? — As palavras de Regulus não passaram de um sussurro, baixas para não serem ouvidas pelo garotinho que os esperava na sala. 

— Querido, você tem certeza de que estamos falando do mesmo menino? É o Harry! Ele vai se dar super bem com todo mundo. Ele vai ficar bem — James esfregou as laterais de Regulus, tentando passar mais calma ao marido. 

Regulus suspirou baixinho, derretendo contra James e encostando a testa em seu ombro. 

— Você tem razão. É o nosso Harry. Ele pode fazer qualquer coisa. 

— Pode sim, e sempre terá nós dois para ajudá-lo se ele precisar. 

— Sempre. 

xXx

— Papai! Me solta, eu preciso ir! — A voz infantil do menino soou risonha, apesar de tentar repreender seu pai enquanto o mais velho salpicava beijinhos por todo seu rosto e o apertava em seus braços. 

— Eu sei, meu amorzinho, mas o papai vai sentir muito sua falta — A voz de Regulus foi abafada pelos cabelos bagunçados da criança, fungando em um tufo macio de desordem castanha e cacheada. 

— Eu também vou, muito mesmo. Mas eu vou estar em casa no final do dia e o sinal já vai bater, eu não quero chegar atrasado no meu primeiro dia — Harry abraçou seu pai de volta, com o máximo de força que seus bracinhos permitiam e riu alto quando o homem não o deixou se afastar — Papà! Me salva! 

James riu do pedido de socorro do filho, puxando Regulus pelo cintura e o impedindo de esmagar o garoto com mais beijos e abraços. Regulus resmungou em aborrecimento, parando ao lado de James quando ele se abaixou para beijar as bochechas coradas do filho. 

— Papà, você também vai sentir minha falta? — Harry perguntou inocentemente, seus grandes olhos verdes brilhando para James. 

— Eu vou sim, campeão. Mas sabe, não tanto agora que eu tenho seu papai só pra mim o dia todo — James sorriu e piscou para a carranca que se formou no rosto da criança. 

Regulus riu das caretas que seu marido e filho começaram a fazer um para o outro, dando um tapa no braço de James por se comportar como uma criança, mas não conseguindo esconder seu sorriso afetuoso. 


James passou os braços ao redor de Reg enquanto eles observavam Harry seguir a fila indiana com seus coleguinhas atrás da professora, o garotinho já trocando algumas palavras com um garoto ruivo e uma menina de cabelos cacheados e sorriso torto. 

— Ele vai ficar bem — O homem mais alto sussurrou no ouvido do marido, agarrando as mãos de Regulus e brincando com a aliança em seu dedo. 

— Ele vai, sim. 

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