Polaris (trans!Regulus)

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trans!Regulus e paternidade trans

— Minha irmãzinha tá aqui, papai? — Harry perguntou com curiosidade, pressionando sua mão contra a pele esticada do abdômen de Regulus.

Regulus segurou um suspiro doloroso quando Harry pressionou um pouco forte demais, o garotinho ainda estava um pouco inconsciente da sua força e da sensibilidade da barriga inchada de seu pai. O homem mais velho sorriu para seu filho mais velho e concordou levemente.

— Sim, querido. Ela está aí, muito agitada, aliás — Regulus murmura para seu filho, alisando o cabelo de Harry quando o menino espalmou suas mãozinhas contra a barriga.

— Mas, papai, tá tão tarde. Ela não deveria estar dormindo?

Regulus riu dos olhos curiosos de Harry.

— Bom, sua irmãzinha ainda é muito nova para seguir horários de sono, meu amor. Ela adora chutar minhas costelas a noite, acho que seja seu hobby favorito neste momento.

— Dói quando ela faz isso?

— Um pouco, sim.

— Meu Deus! — Harry exclamou, colocando as mãos sobre a boca, e Regulus riu do drama do filho — Polaris você não pode machucar nosso papai!

Regulus gargalhou gostosamente quando Harry pressionou a boca contra seu umbigo, como se sua irmãzinha pudesse escutá-lo assim.

— Está tudo bem, querido. Sabe, ela é muito parecida com você quando você também era só um bebezinho.  Você só parava quietinho quando seu pai chegava em casa. Tenho certeza  de que ela vai dormir rapidinho assim que ele chegar.

Como se confirmasse a fala de Regulus, passos puderam ser ouvidos subindo as escadas e em poucos segundos depois a porta do quarto foi aberta. Um James aparentemente cansado sorriu para sua pequena família quando avistou seus dois meninos.

— Eiei, como vocês estão? — o Potter mais velho se aproximou da cama, largando sua bolsa no chão e sentando na beirada, próximo o suficiente para Harry se jogar contra ele e cair direto em seus braços.

— Pai! A Polly não dorme! E agora ela tá chutando o papai e não deixa ele dormir! Você tem que fazer ela dormir porque se ela e o papai não dormem, você não dorme!  E se ninguém dorme, eu não durmo! E.. e amanhã eu vou bem cedinho pra casa da vovó Wally! E eu não vou poder comer as balas azedinhas da vovó Wally se eu estiver com sono! — Harry falou tão rápido e com tanta exasperação, pulando e mexendo os braços em cima dele,  que James teve que segurar o menino firme pelos braços, acalmando sua divagação e sorrindo de forma loucamente carinhosa para seu filho quando Harry se acalmou e sussurrou de forma melancólica a última parte — E eu não posso ficar sem as balas azedinhas da vovó Wally.

— Oi pra você também, carinha. Que energia, hein! — James riu, beijando os cabelos espetados do menino — A Polly tá dando muito trabalho?

— Muito — Harry concordou solenemente.

— Ela só está muito feliz em ver a vovó Wally amanhã, querido. Assim como você — Regulus murmurou, sorrindo cansado ao se ajustar melhor em meio aos cobertores.

— Você pode falar com ela, pai? Eu não quero que ela machuque nosso papai. Mas não briga com ela, é só pra conversar  — Harry perguntou para James, seus grandes olhos cinzentos brilhando para o homem mais velho.

— Tudo bem, amor. Eu vou falar com ela, mas agora você tem que dormir, tudo bem?

— Você não vai brigar com ela, né?

— Eu nunca faria isso, mi corazón.

— Tudo bem! — o pequeno Potter-Black sorriu, beijando a bochecha de seu pai para logo depois pular para beijar Regulus — Boa noite! Eu amo vocês, e digam a Polly que eu também amo muito ela!

— Ele é superprotetor — Regulus murmurou abafado contra o peito desnudo de James, abraçando o torço de seu marido quando ele se juntou a ele na cama após alguns momentos de Harry ter se despedido.

— Puxou os genes da sua mãe. Ela foi exatamente assim durante a gestação de Harry, e eu aposto que ela só não está tão em cima agora porque ela e Harry estão dividindo o posto de guarda-costas — James bufou uma risada divertida, sua mão descansando quase que de forma inconsciente contra a barriga de Regulus.

— Isso porque você não conheceu ela durante a minha transição. Ninguém podia me encarar por mais de cinco segundos sem que ela acusasse de processar a pessoa por transfobia. Ah, e também não podemos esquecer de Sirius, carregando uma buzina de bicicleta por todo lugar e estourando os tímpanos de quem me chamasse pelos pronomes errados ou pelo meu nome morto.

James riu, beijando o topo da cabeça de Regulus e logo em seguida seus lábios.

— É maravilhoso saber que as pessoas que eu amo estão protegidas pelo senso maluco de superproteção dos Black.

Me diga o que acharam, estou morrendo de sdds de vocês !

 Sublime EpiphanyOnde histórias criam vida. Descubra agora