Capitulo 06 - Ultimos Capitulos

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O esquema estava montado. Sasuke explicou que a entrevista de Sakura na
revista seria às quatro horas e que ela ficaria hospedada em um hotel o resto
da semana.
A viagem de carro foi feita em silêncio. Depois de tê-lo acusado de razões
escusas para levá-la a Londres, Sakura preferiu ficar calada. Ao menos não
correria o risco de cometer mais erros.
Estavam chegando aos arredores da capital quando o celular de Sakura
tocou.
Era Gaara, o que não a surpreendeu. E antes que pudesse dizer a ele onde
se encontrava, Gaara pôs-se a fazer comentários pouco lisonjeiros sobre o
americano.
Preocupada que Sasuke ouvisse os termos desagradáveis sobre sua pessoa,
Sakura mudou o fone para o outro ouvido. Tentou dar uma entonação de alerta ao ex-chefe sobre o fato de não estar sozinha. Como ele não entendesse, ela decidiu perguntar se ele estava ligando para falar com Sasuke que
estava a seu lado.
A surpresa deixou Gaara mudo por um instante. As perguntas choveram
em seguida. A primeira dizia respeito ao carro de Sakura. Afinal, como ele iria
para o trabalho se o mecânico ainda não havia terminado o conserto de seu
automóvel?

― Você concorda com ele? ― Sasuke perguntou assim que Gaara desligou. ―
Sou um idiota arrogante?

Sakura tentou ganhar tempo.

― Por que achou que Gaara estava falando sobre você?
― Porque não sei de nenhum outro americano imbecil na Eastwich.
― Não sabe que é feio escutar conversas alheias? ― Sakura perguntou, constrangida, ao descobrir que Sasuke havia ouvido muito mais do que ela
supunha.
― Mesmo quando acontece dentro de seu próprio carro e que a pessoa
envolvida é sua convidada?

Dessa vez, Sakura não retrucou. Ele estava completamente certo. Fora
ridícula em acusá-lo. Os únicos culpados ali eram ela própria e Gaara.

― Desculpe. Por outro lado, procure pensar que é normal os funcionários
falarem do patrão pelas costas.
― Acha que me importo com a opinião dos outros? ― Sasuke perguntou,
ríspido.

Ela poderia responder que sim. Era o que estava pensando. Mas não teve
coragem para continuar irritando-o. Alguns minutos depois, Sasuke pediu sua ajuda para se localizarem.
Havia um mapa da cidade no porta-luvas, mas Sakura não precisou
consultá-lo. Ela conhecia bem a parte de Londres onde aconteceria sua
entrevista.
Diante do prédio da Toi, eles desceram e Sakura pediu que Sasuke abrisse o
porta-malas.

― Para quê? Eu virei buscá-la quando terminar sua entrevista para levá-la
ao hotel.
― Não é preciso ― Sakura se apressou a recusar. ― Posso pegar um táxi.
― Que a levará para qual endereço? ― Sasuke caçoou.
― Não sei. Em que hotel deverei ficar?
― Minha secretária se encarregou da reserva. Ainda não liguei para o
escritório.
― Ok ― Sakura decidiu não prolongar o assunto. ― Ficarei esperando por
você.
― Ligarei quando estiver chegando ― Sasuke prometeu. ― Qual é o número
de seu celular?
― Não seria melhor eu escrevê-lo em um papel? ― Sakura sugeriu.
― Eu não me esquecerei. Diga.

Depois de informar o número, Sakura consultou seu relógio de pulso.

― Está na hora. Não quero me atrasar.
― Boa sorte.
― Pensei que o emprego já fosse meu.
― Ele é ― Sasuke garantiu. ― Essa é a parte fácil.

Sakura engoliu em seco e entrou no escritório. A recepcionista encarou-a
como se a reconhecesse quando lhe disse o nome e pediu que aguardasse.
Sakura mal havia se sentado e aberto a mais nova edição da revista Toi
quando uma loira se aproximou e pediu que a acompanhasse à sala do diretor
do departamento pessoal.
Conforme Sasuke havia prometido, a entrevista foi mera formalidade. O
diretor, em questão, não pareceu simpatizar com ela. Chegou a lembrá-la de que, devido às circunstâncias inusitadas de sua contratação, ela poderia se sentir hostilizada pelo restante da equipe.

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