Unidos Pela Dor

Casa

Sarada

Estou a caminho de Konoha, algumas Células foram deixadas na Vila do Som, enquanto outras, serão prioridades da Vila da Folha. O pôr do sol se faz presente, indicando que meu dia Inteiro de viagem, foi um sucesso.

Passo entre as casas e comércios, indo diretamente até o laboratório de Amado. As ruas, estão bem movimentadas hoje, pela preparação do Festival, que ocorrerá amanhã.

Faltam segundos, para chegar ao meu destino, eu poderia afirmar que ganhei o desafio.

Porém...

-Sarada! Bom dia!- Kawaki diz, chegando no mesmo minuto que eu.

-Empatamos. Bom dia!- Apertamos nossas mãos, parabenizando um ao outro.

De longe, vejo Mitsuki carregando um rapaz, e uma criança o acompanhando. Observo a cena, totalmente confusa.

-Bom dia, Sarada! É bom, termos chegados juntos.- O albino, demonstra um sorriso confortante.

-Sim, é ótimo. Mas, quem são eles?- Pergunto, me referindo aos desconhecidos.

-É uma longa história... Kawaki lhe explicará todos os detalhes, depois.

-O que? Por que eu?- Seu tom, soa desesperado.

-Porque você também estava na missão, algum problema de explicar o que aconteceu, pra Sarada?

-Não, nenhum. E para onde, você vai?

-Eu combinei de sair com o time de Iwabee e Shikadai, e como vocês combinaram de estarem aqui, cuidem da garota e seu pai.- Mitsuki se retira do local, nos deixando encarregados de cuidar dos dois.

Me aproximo da garota, que mantém um olhar assustado, por não nos conhecer.

-Sarada, leve a garota com você, cuidarei desse cara enquanto isso.

Ergo a pequena lentamente em meu colo, seguindo até dentro do laboratório. Amado conversava com Katasuke, surpreendendo por me ver ali.

-Sarada Uchiha... É você mesmo?- Ele larga seu cigarro, me olhando atentamente.

-Não aja como se fizesse anos, que não nos vemos. Eu vim somente tirar uma dúvida.

-Certo, do que precisa?

-Preciso saber, como funciona meu Magekyou Sharingan.- Largo a menina, posicionando ao meu lado.

-Posso tentar te ajudar nisso.

-Ei, velhote. Preciso tirar uma dúvida também.- Kawaki chega, colocando o homem na maca.

-Espere! O que está acontecendo aqui?! Quem são esses dois?!- Katasuke pergunta, completamente assustado.

-Eu já explico, antes, preciso de uma avaliação no meu Karma.

-Aguardem sentados, vocês dois.- Amado nos dá licença, andando até a parte interna do lugar.

-Pode me dizer, o que aconteceu na sua missão?- Pergunto, com um Katasuke curioso, atento na conversa.

-Nosso inimigo, tem o mesmo poder de Juugo. Pela explicação de Mitsuki, isso se deu devido a um roubo de sangue, feito por ele mesmo.

-Entendi... E essa garota, quem é?

-Ela é filha dele, decidimos trazê-la junto.

-Entendo a situação, Kawaki. Deixe que eu mesmo cuide dele.- O cientistas afirma.

-Por mim, tanto faz. Eu só preciso que apliquem uma cura nele, o mais rápido possível.

-Kawaki, você não quer deixar ela com Himawari?- Sugiro.

-É uma boa ideia, posso fazer isso depois que acabarmos nossa avaliação.

Esperamos por um longo tempo a volta de Amado, ele carrega consigo, ferramentas que podem ser úteis para sua análise.

-Kawaki, avaliarei você primeiro. Ative seu Karma.

Me atento no seu trabalho, Kawaki parecia estar mais forte com seu Karma, mesmo que seja artificial. Isso com certeza, seria por treinos que ele teve antes da batalha.

-Está indo como planejado, você se acostumou com esse poder e ficou bem mais forte. Pode se retirar.- O mesmo saí, me dando espaço.- Sarada, ative seu Sharingan.

Permaneço um bom tempo em análise, Amado não parecia estar tendo alguma descoberta nova.

-Sarada, você chegou utilizar seu Magekyou? Ou sentiu algo diferente, usando seu Sharingan?- Kawaki pergunta, ele também está ajudando o cientista.

-Não, eu só usei os poderes normais.

-Estranho, não consigo detectar nada sobre seu Magekyou. Teremos de esperar você usar, ou sentir algo diferente vindo de seu poder.- Amado diz tranquilamente, retornando ao seu cigarro.- Por hoje, a avaliação está terminada.

Nos retiramos da sala, Kawaki segurava a mão da criança.

Foi uma visão inédita.

-E como está Boruto?

-Durante nossa volta da viagem, Mitsuki me disse que Boruto age diferente com os outros. Mas, como era nós que estávamos ali, ele agiu com o mesmo otimismo de antigamente

-Eu não consigo imaginar ele agindo diferente... Boruto para mim, é o mesmo idiota.

-Continue pensando nele assim, porque... Meio que dói, olhar seu outro lado.

-Imagino... Ele sumiu por esses meses, para fugir da tristeza, estou certa?

-Sim, exatamente. Por incrível que pareça, ele está se dando bem com essa nova vida.

-Isso é bom, não vejo a hora de vê-lo também.

A figura pequena, ao lado de Kawaki, transparece cansaço. O fato, é que essa missão ajudou muito ele com seus sentimentos, sua feição parece estar em paz... Só esse detalhe, me fez estar em paz também.

-Sarada, você estará ocupada amanhã?

-Somente a tarde, preciso retornar aos meus estudos. Por que?

-Amanhã acontecerá o Festival da Vila, você gostaria de me acompanhar?- Sinto meu rosto esquentar, pelo convite.

-Claro que eu gostaria, será uma honra.

-Certo, então... Te vejo amanhã.

Ele se despede, me deixando em um estado de processamento, pelo que acabou de acontecer. É primeira vez, que me sinto tão conectada com Kawaki.

Droga! Isso é tão confuso...

-É bom te ver, Sarada.- A voz de konohamaru, chama minha atenção.

-Digo o mesmo, sens... Q-quer dizer... Oitavo Hokage. Como está a reforma da Vila?

-Todos estão se esforçando como podem, hoje terão um pouco mais de trabalho, por conta da preparação para o festival. E como foi a missão no País do Silêncio?

-Lutei contra três ninjas da Vila da Névoa, o problema, são as pessoas que moram por ali. Eles não tem condições de fazerem usos medicinais, como nós. Além, de estarem em perigo o tempo todo.

-Muito obrigado por me reportar isso, Sarada. Montarei uma equipe de Jonins, para cuidar especificamente daquele local.

-Eu espero que dê tudo certo. Amanhã antes da minha aula, entregarei o relatório da missão.

-Tudo bem, não precise se apressar. Descanse e aproveite o Festival amanhã.

Ele retorna ao seu escritório, decido que já é hora de eu ir para casa. Minha mãe deve estar trabalhando neste horário, confesso que senti sua falta durante os dias que passei fora.

Estou feliz por estar em Konoha.

Por estar de volta em casa.

(A ansiedade, de escrever o capítulo do Festival)