Final de nossa missão

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Kawaki

Boruto pediu seus típicos hambúrguers como refeição, peço uma porção de taiyaki. Mitsuki saiu minutos atrás, para resolver sua análise, me fazendo pensar sobre o poder bizarro que nosso inimigo possuí.

-Então, Kawaki... Como você está?- Ele está constrangido, sem saber como iniciar uma conversa depois de meses.

-Bem, talvez. Só passei semanas trancado no quarto, sem força de vontade nenhuma, para continuar vivendo, e aturar Mitsuki batendo na janela, querendo saber do meu estado. De resto, está tudo bem.

-Você não mudou, nada. Se aturar Mitsuki não te ajudou muito, talvez outra pessoa tenha te ajudado...

-Do que está falando, Boruto?

-N-nada, absolutamente nada.- O loiro, tenta disfarçar a situação, pegando nosso pedido na bandeja do garçom.

Começo provar o doce, sentindo o gosto horrível do taiyaki. Boruto não estava diferente, comendo sem vontade alguma, seu hambúrguer.

-Acho que podemos ir em outro restaurante, se você preferir.- O loiro tenta esconder uma careta, pela comida ruim.

-Não precisa, eu não estava com muita fome.

-Sabe... Tem uma coisa que está me incomodando, uma coisa que Mitsuki havia me perguntado.

-E o que foi?

-Sobre eu te culpar, pela morte do nosso pai.- Desvio meu olhar, tentando não me sentir incomodado por suas palavras.

-Imagino que você deva me culpar, não é?

-É claro que não! Eu não te culpo pelo que aconteceu, entenda Kawaki... Eu também não cumpri uma promessa, se eu te culpasse, estaria sendo hipócrita.

-E se você tivesse cumprido sua promessa, com “não sei quem”, você iria me culpar?

-Não. Talvez, o Boruto de antigamente lhe bateria para descontar a raiva, e mesmo assim, te perdoaria no final. Mas, agora... Eu não vejo culpa nenhuma sua.

-Eu fiquei péssimo, tendo pesadelos e algumas vezes, alucinações. O pior de tudo, foi não conseguir olhar direito para Himawari... Aqueles olhos, me incomodava.

-Por esse motivo, eu não consegui continuar na vila. Eu não aguentaria ver minha mãe destruída, principalmente Himawari. Me distanciar de Konoha, fez com que eu fugisse dessa visão.

-E quando você voltar, qual vai ser seu sentimento?

-Você mesmo, está respondendo a pergunta. Eu só saberei, quando eu voltar.

Ficamos em um longo silêncio confortável, ter essa conversa com Boruto, trouxe-me uma sensação de paz comigo mesmo. Não posso negar, que assim como Mitsuki, eu também estou feliz em vê-lo.

Era de se esperar, que sua personalidade mudaria com o passar dos meses. Mesmo assim, ainda o enxergo sendo um pirralho.

Saímos do restaurante, indo de encontro com o Albino. O dia está escurecendo, me trazendo, uma sensação de cansaço, muitas coisas ocorreram por um dia só.

Me pergunto, como Sarada está em sua missão?

Chegamos em uma cabana no meio do mato, montada pelo próprio Mitsuki. Dentro, está posto seus equipamentos de análise.

-Mitsuki, por que escolheu este local?- Pergunto.

-Foi o único escondido da Vila, no momento, preciso de tempo e concentração. Se eu ficasse no centro, daria tudo errado.

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