Ano 1764 d.c
L.S
Harry era um bruxo, vivendo em uma aldeia escondida nos confins da Itália, depois da morte trágica de sua irmã, ele havia se tornado o próximo na linha de sucessão para assumir a liderança daquela pequena sociedade, depois de consta...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
☽︎
Amor. O amor é um dos maiores luxos que podemos ter, a chance de amar e ser devidamente amado de volta na mesma intensidade. Quando falamos dele é necessário afirmar que o amor não é para os fracos e nem para os covardes. É necessário coragem para amar e permitir que te amem.
Harry se achava corajoso, ele acreditava naquilo, ele amava a Niall de todo seu coração, amava a sua irmã e talvez amasse o capitão.
Mas não é desse amor que falaremos o ponto aqui é Harry se amava? - Você se ama? - Quando falamos de amor próprio tocamos no ponto fraco de cada um, é estranho como conseguimos odiar a nós mesmos tão facilmente e quando se trata de se amar é uma jornada cansativa e decepcionante.
O Bruxo estava nessa jornada de entender que nem tudo é sua culpa, que há coisas que estão além de seu controle, como a morte.
Aos poucos ele estava entendendo que ele é digno de amor assim como qualquer outra pessoa, e mesmo que a voz de Edna soasse em sua cabeça vez ou outra dizendo que ele não passava de um "cursed", ele estava tentando.
Mas a insegurança quebrava tudo isso. A possibilidade de Louis apenas estar ali o usando, e brincando consigo.
Ele não queria sentir aquilo, seria tão sensacional ficar bem. Ele entendia o passado do pirata, entendia que eles não tinham nada. Não era ciúmes era insegurança unicamente consigo mesmo.
Se ele não fosse o suficiente?
E no meio de toda essa tempestade de incertezas tinha Niall que o olhava com receio de algo, após no fim de tarde o chamar para uma conversa, ali estavam eles sentados na escada que dava para o porão, lado a lado.
- Ni? - Harry chamou ao ver as mãos do amigo trêmulas e o olhar perdido.
- Eu não sei por onde começar - o loiro disse, mantendo os olhos nas mãos, sem coragem de encarar Harry.
O coração de Niall batia a milhão, um caroço de angústia preso na sua garganta e os pensamentos sem foco.
- Pelo começo? - o bruxo disse, ficando nervoso com o comportamento do amigo - aconteceu algo?
-- Eu imploro que não me odeie - o loiro disse em súplica, agarrando as mãos de Harry com as suas, que estavam úmidas pelo suor do nervosismo - Por favor.
Harry franziu o cenho confuso, nada poderia fazer com que ele odiasse Niall, ele era seu melhor amigo.
- Eu nunca te odiaria Niall - ele disse com calma, sutilmente passando energias boas para o amigo, fazendo ele se acalmar um pouco e soltar o ar que estava prendendo.
- Eu menti - ele disse de uma vez, vendo a confusão no rosto de Harry piorar - Sei mais do que disse que sabia...
- O que? - Harry perguntou não deixando Niall continuar.
