U M C O N T O D E I N V E R N O

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Capítulo não revisado*

Londres, 31 de Dezembro de 1917

Jungkook se fora.

O Park se lembrava vividamente daquele dia.

Uma memória perturbadora que estava marcada em seu ser, desde aquele maldito dia, sua mente o torturava, fazendo questão de lembrar dos mínimos detalhes.

Não conseguia esquecer o momento no qual Kihyun o puxou pelos braços, seus pés quase falharam enquanto desciam os degraus da escada. A casa já estava quase totalmente tomada pelo fogo, conseguia ver cada detalhe sendo consumido pelas chamas, destruindo cada lugar que continha uma lembrança feliz.

Assim que seus pés descalços sentiram o frio da neve, não lembrava de nada. Nem mesmo do som da mansão ruindo, levando com ela uma parte sua.

Metade da sua alma.

O amor da sua vida.

Durante o caminho de volta para a cidade, todos mantiveram-se calados. A falta de diálogo não mudou, muito menos quando entraram dentro daquele navio, observando a capital inglesa naquela agitada noite de ano novo.

A medida que o navio se afastava do cais, podiam ouvir o badalar do relógio Big Ben do Palácio de Westminster.

Meia-noite.

E então, como um espetáculo, os céus de Londres se iluminaram com o brilho dos fogos de artifício.

1917 havia ficado para trás, um novo ano se iniciaria, uma vida nova. Porém, para Jimin era quase impossível ter esperança, sentia que todo o seu brilho, sua vontade de viver, uma parte de si, aquela que era fundamental não estava mais ali.

As lágrimas ameaçavam transbordavam de seus olhos, céus, como seguiria em frente sem Jungkook?

Aquele sentimento era como uma mala, que mesmo com o passar daquelas duas semanas, parecia ter ficado cada vez mais pesada. Mesmo que tentasse explicar inúmeras vezes para si mesmo que Jungkook não voltaria, seu coração o prendia em uma armadilha dolorosa, o fazendo lembrar de cada toque, cada beijo, cada palavra, o cheiro, a cor e tudo aquilo que ele amava em Jungkook.

Era impensável escolher palavras para encerrar aquele amor.

Com o vento gelado congelando suas mãos, o Park colocou as mãos dentro do bolso do sobretudo, aquele era o sobretudo que Jungkook mais usava. Infelizmente o perfume dele já não estava ali, mas o pano grosso o ajudava a se proteger do frio, mesmo que todo o seu ser desejasse o corpo do mais velho ali, o aquecendo.

Estranhou ao sentir algo se amassando contra seus dedos, tirando de seu bolso uma carta, ela estava um pouco amassada, mas ainda estava selada.

Rompendo o selo, o Park abriu, revelando a caligrafia bonita e já tão conhecida por si.

Teoria do Caos | Jikook [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora